O Pafúncio: Reflexões na ressaca da Festa do Avante

26-03-2020
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Festa do Avante 2008Diz uma amiga de longa data que quem já por lá andou acaba por lá voltar. Eu tendo a concordar com ela porque faço parte dos que sempre voltam à Festa do Avante. Em absoluto não temo conotações políticas. Sou de esquerda, desde que ganhei consciência sempre fui e isso basta-me. Tal como alguns têm a sua própria concepção de divino eu tenho a minha própria concepção da esquerda e essa já se tornou num princípio, já ninguém ma tira. Estou do lado do que me parece justo e verdadeiro. Com muito cuidado para não me deixar levar pelas aparências. E isto porque a esquerda não é linear. Não há só uma esquerda, há muitas tendências de esquerda que enveredaram por formar partidos políticos diversos. Ora o triunfo da esquerda sobre o sistema capitalista depende da unidade de todas as vozes contra esse poderoso inimigo do bem estar dos povos. Quanto mais a esquerda se dividir, mais o capitalismo se fortalece. Já houve um tempo em que o capitalismo era próspero, na medida em que investia e produzia, gerava emprego e não desemprego, apesar de sempre ter sido explorador da força de trabalho, desvalorizando-o face aos meios de produção e graças à invenção do seu direito à propriedade privada. Mas hoje o capitalismo produz em excesso e consome em excesso, apropriando-se e destruindo indiscriminada e irracionalmente todos os recursos. O capital financeiro que nada produz senão lucros e prejuízos; a ambição desenfreada do lucro rápido e desmedido obtido através da desvalorização do trabalho e do despedimento em massa, são hoje estratégias desesperadas que minam as sociedades. Guerras, fomes, catástrofes ambientais são hoje consequências do desregramento e do egoísmo de muitos séculos de sistema feudal e gestão irracional. A "globalização" veio instituir o capitalismo como o modelo vencedor mas a realidade mundial desmente a sua eficácia em gerir racionalmente o planeta.Quanto ao socialismo ainda está por cumprir mas a falência da actual ordem mundial exige a mudança de rumo. Ou queremos continuar a esgotar o planeta e oferecer de mão beijada os recursos que permitem a sobrevivência da Humanidade ou nos unimos e lutamos por uma nova ordem mundial capaz de os repartir com mais justiça e equidade.


Festa do Avante 2008Diz uma amiga de longa data que quem já por lá andou acaba por lá voltar. Eu tendo a concordar com ela porque faço parte dos que sempre voltam à Festa do Avante. Em absoluto não temo conotações políticas. Sou de esquerda, desde que ganhei consciência sempre fui e isso basta-me. Tal como alguns têm a sua própria concepção de divino eu tenho a minha própria concepção da esquerda e essa já se tornou num princípio, já ninguém ma tira. Estou do lado do que me parece justo e verdadeiro. Com muito cuidado para não me deixar levar pelas aparências. E isto porque a esquerda não é linear. Não há só uma esquerda, há muitas tendências de esquerda que enveredaram por formar partidos políticos diversos. Ora o triunfo da esquerda sobre o sistema capitalista depende da unidade de todas as vozes contra esse poderoso inimigo do bem estar dos povos. Quanto mais a esquerda se dividir, mais o capitalismo se fortalece. Já houve um tempo em que o capitalismo era próspero, na medida em que investia e produzia, gerava emprego e não desemprego, apesar de sempre ter sido explorador da força de trabalho, desvalorizando-o face aos meios de produção e graças à invenção do seu direito à propriedade privada. Mas hoje o capitalismo produz em excesso e consome em excesso, apropriando-se e destruindo indiscriminada e irracionalmente todos os recursos. O capital financeiro que nada produz senão lucros e prejuízos; a ambição desenfreada do lucro rápido e desmedido obtido através da desvalorização do trabalho e do despedimento em massa, são hoje estratégias desesperadas que minam as sociedades. Guerras, fomes, catástrofes ambientais são hoje consequências do desregramento e do egoísmo de muitos séculos de sistema feudal e gestão irracional. A "globalização" veio instituir o capitalismo como o modelo vencedor mas a realidade mundial desmente a sua eficácia em gerir racionalmente o planeta.Quanto ao socialismo ainda está por cumprir mas a falência da actual ordem mundial exige a mudança de rumo. Ou queremos continuar a esgotar o planeta e oferecer de mão beijada os recursos que permitem a sobrevivência da Humanidade ou nos unimos e lutamos por uma nova ordem mundial capaz de os repartir com mais justiça e equidade.

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