O Pafúncio: Quantos deles...

26-03-2020
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Um ano novo traz tanta mentira quanta verdade A passagem de ano é um mito de renovação A Humanidade precisa dessa sensação De mudança de poder começar de novo Se renovar para a eternidade. Mas algo termina Ali se despede da vida daquele outro ano Que se foi para outra eternidade mais determinada Por quê tanto contentamento, minha gente Estamos todos mais perto do final feliz Estoira o ano arde gente viva na igreja E mais uma bala sai disparatada festa acabada. A procura do divertimento a qualquer preço Seja na bebedeira certeira seja no conforto do sofá Basta-se por vezes frente à televisão programa Colorido onde se assiste sem esforço à festa a ser telefeita Briga-se com a desfeita e sai-se em busca de alegria nos outros na dança e na bebida e no cigarro breve Ela é que já não presta para sentir alegria Cansada a Humanidade de se apagar quer naturalmente se divertir a louca e acredita em todas as possibilidades Nesse novo ano novo em que tudo vai mudar Mas toda a mudança é lenta quando não é brusca E a ressaca fará com que tudo volte à normalidade Cansados de tanta inventamos os anos novos Como se fossemos donos do tempo congratulando-nos Por ver mais esse passar e um outro chegar Bombardeia-se o ano novo com desejos Quantos deles se hão-de converter em verdades E em mentiras que se renovam cada novo ano?


Um ano novo traz tanta mentira quanta verdade A passagem de ano é um mito de renovação A Humanidade precisa dessa sensação De mudança de poder começar de novo Se renovar para a eternidade. Mas algo termina Ali se despede da vida daquele outro ano Que se foi para outra eternidade mais determinada Por quê tanto contentamento, minha gente Estamos todos mais perto do final feliz Estoira o ano arde gente viva na igreja E mais uma bala sai disparatada festa acabada. A procura do divertimento a qualquer preço Seja na bebedeira certeira seja no conforto do sofá Basta-se por vezes frente à televisão programa Colorido onde se assiste sem esforço à festa a ser telefeita Briga-se com a desfeita e sai-se em busca de alegria nos outros na dança e na bebida e no cigarro breve Ela é que já não presta para sentir alegria Cansada a Humanidade de se apagar quer naturalmente se divertir a louca e acredita em todas as possibilidades Nesse novo ano novo em que tudo vai mudar Mas toda a mudança é lenta quando não é brusca E a ressaca fará com que tudo volte à normalidade Cansados de tanta inventamos os anos novos Como se fossemos donos do tempo congratulando-nos Por ver mais esse passar e um outro chegar Bombardeia-se o ano novo com desejos Quantos deles se hão-de converter em verdades E em mentiras que se renovam cada novo ano?

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