David Rosas constrói Casa milionária para a filigrana no Porto

13-03-2020
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O grupo David Rosas resolveu dar "abrigo" contemporâneo a uma das mais antigas, prestigiadas e ameaçadas técnicas de ourivesaria, num "investimento de arranque" avaliado em 1,5 milhões de euros, que contabiliza o espaço ocupado no imóvel, as obras de reabilitação, o trabalho de investigação e a compra de espólio.

Batizado como Casa da Filigrana ("House of Filigree" no original em inglês), este novo projeto da empresa ocupa 400 metros quadrados no primeiro andar de um edifício emblemático do século XIX, comprado pela família há cinco anos. No piso térreo há uma loja de joalharia de luxo e nos restantes funciona há um ano um hotel gerido pelo grupo Pestana, com a mesma temática da ourivesaria.

Inaugurado esta sexta-feira, 6 de dezembro, pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, e pelo autarca da Invicta, Rui Moreira, o espaço tem a assinatura do arquiteto Nuno Graça Moura e entrada pela Rua do Almada, paralela aos Aliados. O ingresso custa dez euros e além do museu sobre a história da arte da filigrana portuguesa, com curadoria de Paulo Valente e exemplares dos últimos três séculos, dá acesso a uma oficina com artesãos a trabalhar ao vivo e à "boutique" com peças desenvolvidas por filigraneiros.

Luísa Rosas é o rosto da nova "House of Filigree", no Porto. Paulo Duarte

"Percebemos que a filigrana [produzida à mão] está ameaçada por haver cada vez mais uma proliferação de peças feitas por injeção. E quisemos ser parte ativa nesta causa – até porque nos diz respeito – e abrir uma casa que dignifique a filigrana artesanal, que lhe preste uma homenagem e que lhe dê futuro", disse ao Negócios a acionista da empresa, Luísa Rosas, responsável por este projeto que emprega oito pessoas a tempo inteiro e que estima receber 30 mil visitantes no primeiro ano.

Oito lojas e uma marca de joias

Pertencentes à quinta geração de uma família com ligações à ourivesaria desde meados do século XIX, Luísa Isabel e o irmão Pedro Rosas (atual CEO) são os herdeiros do falecido empresário David Rosas, sendo que a mãe deles, Maria Luísa, "continua a estar muito presente nas grandes decisões" do grupo, que tem feito vários investimentos imobiliários nos últimos anos.

Fundada em 1984, a empresa de joalharia conta atualmente com oito lojas – três no Porto, três em Lisboa, uma no Algarve e outra no Funchal -, assegurando cerca de uma centena de postos de trabalho. Não tem lojas próprias fora do país, mas soma "muitos clientes estrangeiros" nos pontos de venda em Portugal e está presente em vários países do mundo através da marca de joias (Luísa Rosas) do grupo.

O grupo David Rosas resolveu dar "abrigo" contemporâneo a uma das mais antigas, prestigiadas e ameaçadas técnicas de ourivesaria, num "investimento de arranque" avaliado em 1,5 milhões de euros, que contabiliza o espaço ocupado no imóvel, as obras de reabilitação, o trabalho de investigação e a compra de espólio.

Batizado como Casa da Filigrana ("House of Filigree" no original em inglês), este novo projeto da empresa ocupa 400 metros quadrados no primeiro andar de um edifício emblemático do século XIX, comprado pela família há cinco anos. No piso térreo há uma loja de joalharia de luxo e nos restantes funciona há um ano um hotel gerido pelo grupo Pestana, com a mesma temática da ourivesaria.

Inaugurado esta sexta-feira, 6 de dezembro, pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, e pelo autarca da Invicta, Rui Moreira, o espaço tem a assinatura do arquiteto Nuno Graça Moura e entrada pela Rua do Almada, paralela aos Aliados. O ingresso custa dez euros e além do museu sobre a história da arte da filigrana portuguesa, com curadoria de Paulo Valente e exemplares dos últimos três séculos, dá acesso a uma oficina com artesãos a trabalhar ao vivo e à "boutique" com peças desenvolvidas por filigraneiros.

Luísa Rosas é o rosto da nova "House of Filigree", no Porto. Paulo Duarte

"Percebemos que a filigrana [produzida à mão] está ameaçada por haver cada vez mais uma proliferação de peças feitas por injeção. E quisemos ser parte ativa nesta causa – até porque nos diz respeito – e abrir uma casa que dignifique a filigrana artesanal, que lhe preste uma homenagem e que lhe dê futuro", disse ao Negócios a acionista da empresa, Luísa Rosas, responsável por este projeto que emprega oito pessoas a tempo inteiro e que estima receber 30 mil visitantes no primeiro ano.

Oito lojas e uma marca de joias

Pertencentes à quinta geração de uma família com ligações à ourivesaria desde meados do século XIX, Luísa Isabel e o irmão Pedro Rosas (atual CEO) são os herdeiros do falecido empresário David Rosas, sendo que a mãe deles, Maria Luísa, "continua a estar muito presente nas grandes decisões" do grupo, que tem feito vários investimentos imobiliários nos últimos anos.

Fundada em 1984, a empresa de joalharia conta atualmente com oito lojas – três no Porto, três em Lisboa, uma no Algarve e outra no Funchal -, assegurando cerca de uma centena de postos de trabalho. Não tem lojas próprias fora do país, mas soma "muitos clientes estrangeiros" nos pontos de venda em Portugal e está presente em vários países do mundo através da marca de joias (Luísa Rosas) do grupo.

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