O Pafúncio

24-06-2020
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Ó pobre Portugal, mandado por todos, ludíbrio das gentes,triste nação já saqueada do que possuías no Orientepara «ganhares» a dinastia brigantinae agora ameaçada de perderes a Áfricapara conservares os teus reis «liberais» e forasteiros! Eles que não tinham nas veias sangue português,não coravam de vender a nação...(Oliveira Martins - Portugal Contemporâneo)FINIS PATRIAE *(A Mocidade das Escolas)É negra a terra, é negra a noite, é negro o luar.Na escuridão, ouvi! há sombras a falar:Falam as escolas em ruínas:A alma da infância é um passarinho;Gorjeia o ninho e a escola chora:Na infância cai a noite; e o ninhoTem sobre as plúmulas d'arminho A aurora.A alma da infância é flor mimosa;A escola é triste e a flor vermelha:Na escola paira a c'ruja odiosa,E sobre o cálice da rosa A abelha.Tu fazes, Pátria, as almas cegas,Prendendo a infância num covil.Aves não cantam nas adegas;Se a infância é flor, porque lhe negas Abril?!Guerra Junqueiro(in Patria, 1890))* O Finis Patriae foi escrito a propósito da afonta sofrida por Portugal aquando do Ultimatum (1890) mas muito do seu conteúdo continua a fazer sentido no Portugal dos nossos dias, afrontado pelos nossos governantes e pelas directivas europeias que os governam a eles. Aconselho a sua leitura integral.


Ó pobre Portugal, mandado por todos, ludíbrio das gentes,triste nação já saqueada do que possuías no Orientepara «ganhares» a dinastia brigantinae agora ameaçada de perderes a Áfricapara conservares os teus reis «liberais» e forasteiros! Eles que não tinham nas veias sangue português,não coravam de vender a nação...(Oliveira Martins - Portugal Contemporâneo)FINIS PATRIAE *(A Mocidade das Escolas)É negra a terra, é negra a noite, é negro o luar.Na escuridão, ouvi! há sombras a falar:Falam as escolas em ruínas:A alma da infância é um passarinho;Gorjeia o ninho e a escola chora:Na infância cai a noite; e o ninhoTem sobre as plúmulas d'arminho A aurora.A alma da infância é flor mimosa;A escola é triste e a flor vermelha:Na escola paira a c'ruja odiosa,E sobre o cálice da rosa A abelha.Tu fazes, Pátria, as almas cegas,Prendendo a infância num covil.Aves não cantam nas adegas;Se a infância é flor, porque lhe negas Abril?!Guerra Junqueiro(in Patria, 1890))* O Finis Patriae foi escrito a propósito da afonta sofrida por Portugal aquando do Ultimatum (1890) mas muito do seu conteúdo continua a fazer sentido no Portugal dos nossos dias, afrontado pelos nossos governantes e pelas directivas europeias que os governam a eles. Aconselho a sua leitura integral.

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