"Ele marcou uma era". Morreu o ator Tozé Martinho aos 72 anos

29-02-2020
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Na lista de telenovelas escritas, entre 1996 e 2012 contam-se ainda “Roseira Brava”, “Vidas de Sal” e “A Grande Aposta” todas na RTP e sete já na TVI: “Todo o Tempo do Mundo”, “Olhos de Água”, “Amanhecer”, “Dei-te Quase Tudo”, “A Outra”, “Sentimentos”.

Numa entrevista ao site ‘a televisão’ o ator e argumentista não poupou críticas às opções atuais nas telenovelas em Portugal e explicou que passou da representação para o guionismo depois de ter começado a fazer algumas sugestões ao autor da novela “Origens”. Tozé Martinho assume que começou a escrever novelas também para fazer frente às telenovelas brasileiras que conquistavam mais audiências e tinham entrado na televisão portuguesa através dos canais privados.

Além da carreira na representação e escrita televisiva, Tozé Martinho é também autor dos livros “Coisas do Dinheiro” e “Dá-me Apenas Um Beijo”.

Em 2016, depois da morte de Nicolau Breyner, Tozé Martinho emocionou-se em direto num programa da TVI enquanto falava do colega e amigo.

Na política, Tozé Martinho era militante do PSD pelo qual concorreu, em 2009, à Assembleia Municipal de Benavente, no distrito de Santarém. Tozé Martinho era natural de Salvaterra de Magos.

O eurodeputado do PSD Paulo Rangel já reagiu através do Twitter à morte do ator e argumentista afirmando que “a televisão fica mais pobre”.

Gostava imenso de Tozé Martinho. Cruzei-me com ele uma poucas vezes. Um grande actor, um grande amante de tudo o que diz respeito às artes cénicas. Um forte abraço à família e a todos os colegas. A televisão fica mais pobre. https://t.co/1sLfkoYO3s — Paulo Rangel (@PauloRangel_pt) February 16, 2020

Marcelo Rebelo de Sousa sobre Tozé Martinho: “Tornou-se num dos atores e guionistas portugueses mais ativos”

Numa nota publicada no site da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa recordou o início da carreira do ator e argumentista, ao lado da mãe Tareka e as décadas que se seguiram. “Tornou-se num dos atores e guionistas portugueses mais ativos, em novelas da RTP e da TVI, além de séries, telefilmes e algum cinema”, escreveu o Presidente da República.

“Durante todos esses anos esteve presente no nosso imaginário pelos recorrentes papéis de personagens empáticas, decentes, confiáveis”, acrescentou antes de terminar a nota apresentando “os sentidos pêsames à família”.

Ministra da Cultura recorda “vivência profissional e cordialidade”

Em comunicado, assinado por Graça Fonseca, o ministério da Cultura lembra o início do percurso de Tozé Martinho e endereça “sentidas condolências à família e amigos” do ator e argumentista.

“A sua vivência profissional e cordialidade suscitaram um largo apreço e empatia junto de várias gerações do público português e da comunidade de atores e autores nacionais”, pode ler-se.

José Eduardo Moniz: “Há figuras que a historia deve preservar e que deve saber enaltecer”

Há figuras que a historia deve preservar e que deve saber enaltecer e, obviamente, no panorama da televisão ele é uma dessas figuras”, disse à Rádio Observador o ex-diretor-geral da TVI

José Eduardo Moniz afirmou estar “chocado” com a notícia da morte de Tozé Martinho, mas diz que guardará “muito boas recordações de manhãs e tardes de trabalho” com o ator e argumentista que, nota, “marcou uma época da televisão em Portugal”.

“Era um homem cheio de projetos, muitos deles não viram a luz do dia, mas é a vida e a televisão é isso mesmo, sobretudo quando vivemos num clima que é cada vez mais concorrencial, mas a verdade é que ele marcou uma era e essa homenagem tem que lhe ser prestada com as devidas honras”, disse acrescentando que irá guardar o “exemplo de tenacidade, vontade de estar sempre a criar e a fazer melhor que o projeto anterior”.

O ex-diretor da estação onde Tozé Martinho passou grande parte da sua carreira desafiou ainda “quem hoje em dia tem a responsabilidade de gerir as estações de televisão” a prestar a “devida homenagem” ao ator.

Também a Adelaide Ferreira, que contracenou com Tozé Martinho se mostrou “chocada” com a notícia. “Gostei muito de trabalhar com ele, era um ser humano excelente. Quando nos são próximos e pessoas queridas choca mais”, afirmou a atriz e cantora à Rádio Observador.

Também o diretor de programas, Nuno Santos, já reagiu, em nome da TVI, à morte do ator no Instagram. “A história de uma novela conta-se numa caixa de fósforos”, escreveu num texto de homenagem “a uma das maiores figuras da sua cultura popular”. “Actor, além de autor, tornou-se uma figura familiar que deixa saudades a todos com quem se cruzou durante décadas. Pioneiro da indústria das novelas portuguesas, a sua longa carreira inspirou os guionistas nacionais abrindo portas para uma actividade que hoje mobiliza centenas de pessoas”, escreveu.

Júlio Isidro “é sempre uma pena perder mais alguém da minha geração”

Numa curta declaração à Rádio Observador, Júlio Isidro recordou o facto de Tozé Martinho ter terminado o curso de direito e ser advogado.

“Morreu não só um ator talentoso, um autor talentoso, também advogado, e é sempre uma pena perder mais alguém da minha geração”, afirmou.

Também Simone de Oliveira recordou um “amigo correto e boa pessoa” que “deixa uma saudade muito grande”.

Já Vitor Espadinha lembrou a estreia de Tozé Martinho no teatro. “Estreou-se em teatro comigo, nos anos 80, numa comédia no teatro ABC, na comédia “Helena a terrível” e mais tarde contracenámos em novelas”, disse.

Na lista de telenovelas escritas, entre 1996 e 2012 contam-se ainda “Roseira Brava”, “Vidas de Sal” e “A Grande Aposta” todas na RTP e sete já na TVI: “Todo o Tempo do Mundo”, “Olhos de Água”, “Amanhecer”, “Dei-te Quase Tudo”, “A Outra”, “Sentimentos”.

Numa entrevista ao site ‘a televisão’ o ator e argumentista não poupou críticas às opções atuais nas telenovelas em Portugal e explicou que passou da representação para o guionismo depois de ter começado a fazer algumas sugestões ao autor da novela “Origens”. Tozé Martinho assume que começou a escrever novelas também para fazer frente às telenovelas brasileiras que conquistavam mais audiências e tinham entrado na televisão portuguesa através dos canais privados.

Além da carreira na representação e escrita televisiva, Tozé Martinho é também autor dos livros “Coisas do Dinheiro” e “Dá-me Apenas Um Beijo”.

Em 2016, depois da morte de Nicolau Breyner, Tozé Martinho emocionou-se em direto num programa da TVI enquanto falava do colega e amigo.

Na política, Tozé Martinho era militante do PSD pelo qual concorreu, em 2009, à Assembleia Municipal de Benavente, no distrito de Santarém. Tozé Martinho era natural de Salvaterra de Magos.

O eurodeputado do PSD Paulo Rangel já reagiu através do Twitter à morte do ator e argumentista afirmando que “a televisão fica mais pobre”.

Gostava imenso de Tozé Martinho. Cruzei-me com ele uma poucas vezes. Um grande actor, um grande amante de tudo o que diz respeito às artes cénicas. Um forte abraço à família e a todos os colegas. A televisão fica mais pobre. https://t.co/1sLfkoYO3s — Paulo Rangel (@PauloRangel_pt) February 16, 2020

Marcelo Rebelo de Sousa sobre Tozé Martinho: “Tornou-se num dos atores e guionistas portugueses mais ativos”

Numa nota publicada no site da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa recordou o início da carreira do ator e argumentista, ao lado da mãe Tareka e as décadas que se seguiram. “Tornou-se num dos atores e guionistas portugueses mais ativos, em novelas da RTP e da TVI, além de séries, telefilmes e algum cinema”, escreveu o Presidente da República.

“Durante todos esses anos esteve presente no nosso imaginário pelos recorrentes papéis de personagens empáticas, decentes, confiáveis”, acrescentou antes de terminar a nota apresentando “os sentidos pêsames à família”.

Ministra da Cultura recorda “vivência profissional e cordialidade”

Em comunicado, assinado por Graça Fonseca, o ministério da Cultura lembra o início do percurso de Tozé Martinho e endereça “sentidas condolências à família e amigos” do ator e argumentista.

“A sua vivência profissional e cordialidade suscitaram um largo apreço e empatia junto de várias gerações do público português e da comunidade de atores e autores nacionais”, pode ler-se.

José Eduardo Moniz: “Há figuras que a historia deve preservar e que deve saber enaltecer”

Há figuras que a historia deve preservar e que deve saber enaltecer e, obviamente, no panorama da televisão ele é uma dessas figuras”, disse à Rádio Observador o ex-diretor-geral da TVI

José Eduardo Moniz afirmou estar “chocado” com a notícia da morte de Tozé Martinho, mas diz que guardará “muito boas recordações de manhãs e tardes de trabalho” com o ator e argumentista que, nota, “marcou uma época da televisão em Portugal”.

“Era um homem cheio de projetos, muitos deles não viram a luz do dia, mas é a vida e a televisão é isso mesmo, sobretudo quando vivemos num clima que é cada vez mais concorrencial, mas a verdade é que ele marcou uma era e essa homenagem tem que lhe ser prestada com as devidas honras”, disse acrescentando que irá guardar o “exemplo de tenacidade, vontade de estar sempre a criar e a fazer melhor que o projeto anterior”.

O ex-diretor da estação onde Tozé Martinho passou grande parte da sua carreira desafiou ainda “quem hoje em dia tem a responsabilidade de gerir as estações de televisão” a prestar a “devida homenagem” ao ator.

Também a Adelaide Ferreira, que contracenou com Tozé Martinho se mostrou “chocada” com a notícia. “Gostei muito de trabalhar com ele, era um ser humano excelente. Quando nos são próximos e pessoas queridas choca mais”, afirmou a atriz e cantora à Rádio Observador.

Também o diretor de programas, Nuno Santos, já reagiu, em nome da TVI, à morte do ator no Instagram. “A história de uma novela conta-se numa caixa de fósforos”, escreveu num texto de homenagem “a uma das maiores figuras da sua cultura popular”. “Actor, além de autor, tornou-se uma figura familiar que deixa saudades a todos com quem se cruzou durante décadas. Pioneiro da indústria das novelas portuguesas, a sua longa carreira inspirou os guionistas nacionais abrindo portas para uma actividade que hoje mobiliza centenas de pessoas”, escreveu.

Júlio Isidro “é sempre uma pena perder mais alguém da minha geração”

Numa curta declaração à Rádio Observador, Júlio Isidro recordou o facto de Tozé Martinho ter terminado o curso de direito e ser advogado.

“Morreu não só um ator talentoso, um autor talentoso, também advogado, e é sempre uma pena perder mais alguém da minha geração”, afirmou.

Também Simone de Oliveira recordou um “amigo correto e boa pessoa” que “deixa uma saudade muito grande”.

Já Vitor Espadinha lembrou a estreia de Tozé Martinho no teatro. “Estreou-se em teatro comigo, nos anos 80, numa comédia no teatro ABC, na comédia “Helena a terrível” e mais tarde contracenámos em novelas”, disse.

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