Covid-19. Estado não paga todos os tratamentos no privado. Hospitais dizem-se enganados (e já estão reunidos)

15-04-2020
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A ministra da Saúde esclareceu, este sábado, que o Estado só suportará as despesas do tratamento em hospitais privados de doentes infetados pelo novo coronavírus caso o encaminhamento para essas unidades seja feito através do Serviço Nacional de Saúde.

“O que ninguém entenderia certamente era que o SNS, de um momento para o outro, fosse também responsável financeiramente por aquilo que têm sido os atendimentos dos utentes que pela sua livre vontade, por sua iniciativa, escolheram dirigir-se a um prestador privado”, afirmou Marta Temido em conferência de imprensa ao início da tarde.

“Sempre dissemos que a porta de entrada é desejavelmente a SNS 24 e, portanto, não faria muito sentido que utilizássemos agora um entendimento distinto”, frisou a ministra da Saúde.

As declarações de Marta Temido não terão caído bem aos responsáveis dos hospitais privados e o Expresso sabe que a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada tem uma reunião marcada para esta tarde.

“Agora é nossa função decidir o que vamos fazer e perceber como nos vamos comportar em relação a isto”, adiantou fonte oficial do Hospital Lusíadas, para quem esta “é uma atitude muito injusta” e constitui “um passo atrás quando já uma série de coisas foram feitas”.

A mesma fonte oficial dos Lusíadas recorda que, “há três semanas, fomos chamados ao ministério e à DGS, onde nos foi pedido para disponibilizarmos ajuda”, altura em que “Graça Freitas disse que não havia problema nenhum, pediu-nos para ficarmos tranquilos, porque falaríamos disso depois”.

A mesma fonte salienta que “15% dos infetados foram testados pelos privados” e “mais de 100 doentes estão internados neste momento em hospitais privados”.

“Será que o Estado tinha capacidade de o fazer? Tenho sérias dúvidas”, alvitra.

Entretanto, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda já interrogou o Governo no sentido de perceber se existe ou não algum acordo com os hospitais privados que contemple o encargo de todas as despesas inerentes ao tratamento de infetados com covid-19.

A ministra da Saúde esclareceu, este sábado, que o Estado só suportará as despesas do tratamento em hospitais privados de doentes infetados pelo novo coronavírus caso o encaminhamento para essas unidades seja feito através do Serviço Nacional de Saúde.

“O que ninguém entenderia certamente era que o SNS, de um momento para o outro, fosse também responsável financeiramente por aquilo que têm sido os atendimentos dos utentes que pela sua livre vontade, por sua iniciativa, escolheram dirigir-se a um prestador privado”, afirmou Marta Temido em conferência de imprensa ao início da tarde.

“Sempre dissemos que a porta de entrada é desejavelmente a SNS 24 e, portanto, não faria muito sentido que utilizássemos agora um entendimento distinto”, frisou a ministra da Saúde.

As declarações de Marta Temido não terão caído bem aos responsáveis dos hospitais privados e o Expresso sabe que a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada tem uma reunião marcada para esta tarde.

“Agora é nossa função decidir o que vamos fazer e perceber como nos vamos comportar em relação a isto”, adiantou fonte oficial do Hospital Lusíadas, para quem esta “é uma atitude muito injusta” e constitui “um passo atrás quando já uma série de coisas foram feitas”.

A mesma fonte oficial dos Lusíadas recorda que, “há três semanas, fomos chamados ao ministério e à DGS, onde nos foi pedido para disponibilizarmos ajuda”, altura em que “Graça Freitas disse que não havia problema nenhum, pediu-nos para ficarmos tranquilos, porque falaríamos disso depois”.

A mesma fonte salienta que “15% dos infetados foram testados pelos privados” e “mais de 100 doentes estão internados neste momento em hospitais privados”.

“Será que o Estado tinha capacidade de o fazer? Tenho sérias dúvidas”, alvitra.

Entretanto, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda já interrogou o Governo no sentido de perceber se existe ou não algum acordo com os hospitais privados que contemple o encargo de todas as despesas inerentes ao tratamento de infetados com covid-19.

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