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12-10-2020
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Francisco José da Conceição Espadinha nasceu a 30 de junho de 1934, era licenciado em Direito, pela Universidade de Lisboa, e fundou a Editorial Presença em 1960.

“A década inaugural de 1960 foi marcada pela publicação de teatro e de ensaio. A imagem do editor fica ligada a essa vertente inovadora. O primeiro livro a ser publicado foi Kean, uma peça de teatro, do filósofo francês Jean-Paul Sartre. Molloy, de Samuel Beckett foi também lançado nessa época. Destacou-se na área da poesia com a coleção de referência Forma, e o livro de estreia de Daniel Filipe, A Invenção do Amor“, refere a mesma fonte.

Francisco José da Conceição Espadinha foi membro da Comissão Consultiva do Instituto Português do Livro e da Leitura (1986-87), presidente da Associação Portuguesa dos Editores e Livreiros (APEL) de 1987 a 1992, tendo nestes anos dirigido a revista “Livros de Portugal”, editada pela APEL.

Espadinha fez ainda parte da Comissão Nacional da Língua Portuguesa (1988-1990), foi delegado português na Federação de Editores Europeus e Membro do Conselho Superior das Bibliotecas Portuguesas (1991). Em 2015 o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, condecorou-o com a Comenda da Ordem de Mérito.

No mesmo comunicado a Presença realça “o selo de identidade e independência reconhecido a Francisco Espadinha e a sua capacidade de adaptação” e cita o fundador, segundo o qual a Editorial Presença, que completou 60 anos, é “uma obra que está sempre em movimento”. “Cumpre ao Grupo Presença honrar o legado que nos deixa e prosseguir o seu projeto de vida”, lê-se no mesmo comunicado

Tendo em conta o atual contexto de pandemia, a cerimónia fúnebre será exclusivamente reservada à família.

Graça Fonseca: “Francisco Espadinha será sempre uma figura marcante no mundo editorial português”

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lembrou em comunicado o percurso editorial de Francisco Espadinha, “um dos nomes que mais marcou o setor do livro nos últimos 70 anos em Portugal”.

“Com uma vocação inicial mais centrada na edição de obras de ensaio e teatro, desde cedo o catálogo da Presença manifestou a especial aptidão do seu editor para descobrir grandes sucessos de crítica e vendas, tornando-se cada vez mais amplo e abrangente. Exemplo disso é a ‘Coleção Forma’, modelar no género da poesia, com um arranjo e paginação que pautavam pela sobriedade e que combinava a edição de grandes autores com a estreia de poetas mais jovens, tornando-se uma das coleções mais imediatamente reconhecíveis e elogiadas entre os leitores de poesia”, afirmou a governante.

Recordando que foi durante a presidência do editor na Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) que a Feira do Livro de Lisboa se mudou para o Parque Eduardo VII, onde ainda hoje é realizada, Graça Fonseca descreveu essa iniciativa como “uma decisão corajosa e que o sucesso das consecutivas edições deste evento literário veio confirmar como acertada”.

“Francisco Espadinha será sempre uma figura marcante no mundo editorial português, pertencente a uma geração de grandes editores que começou o seu trabalho no anos 70”, concluiu a ministra.

Artigo atualizado às 16h44 com o comunicado da ministra da Cultura

Francisco José da Conceição Espadinha nasceu a 30 de junho de 1934, era licenciado em Direito, pela Universidade de Lisboa, e fundou a Editorial Presença em 1960.

“A década inaugural de 1960 foi marcada pela publicação de teatro e de ensaio. A imagem do editor fica ligada a essa vertente inovadora. O primeiro livro a ser publicado foi Kean, uma peça de teatro, do filósofo francês Jean-Paul Sartre. Molloy, de Samuel Beckett foi também lançado nessa época. Destacou-se na área da poesia com a coleção de referência Forma, e o livro de estreia de Daniel Filipe, A Invenção do Amor“, refere a mesma fonte.

Francisco José da Conceição Espadinha foi membro da Comissão Consultiva do Instituto Português do Livro e da Leitura (1986-87), presidente da Associação Portuguesa dos Editores e Livreiros (APEL) de 1987 a 1992, tendo nestes anos dirigido a revista “Livros de Portugal”, editada pela APEL.

Espadinha fez ainda parte da Comissão Nacional da Língua Portuguesa (1988-1990), foi delegado português na Federação de Editores Europeus e Membro do Conselho Superior das Bibliotecas Portuguesas (1991). Em 2015 o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, condecorou-o com a Comenda da Ordem de Mérito.

No mesmo comunicado a Presença realça “o selo de identidade e independência reconhecido a Francisco Espadinha e a sua capacidade de adaptação” e cita o fundador, segundo o qual a Editorial Presença, que completou 60 anos, é “uma obra que está sempre em movimento”. “Cumpre ao Grupo Presença honrar o legado que nos deixa e prosseguir o seu projeto de vida”, lê-se no mesmo comunicado

Tendo em conta o atual contexto de pandemia, a cerimónia fúnebre será exclusivamente reservada à família.

Graça Fonseca: “Francisco Espadinha será sempre uma figura marcante no mundo editorial português”

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lembrou em comunicado o percurso editorial de Francisco Espadinha, “um dos nomes que mais marcou o setor do livro nos últimos 70 anos em Portugal”.

“Com uma vocação inicial mais centrada na edição de obras de ensaio e teatro, desde cedo o catálogo da Presença manifestou a especial aptidão do seu editor para descobrir grandes sucessos de crítica e vendas, tornando-se cada vez mais amplo e abrangente. Exemplo disso é a ‘Coleção Forma’, modelar no género da poesia, com um arranjo e paginação que pautavam pela sobriedade e que combinava a edição de grandes autores com a estreia de poetas mais jovens, tornando-se uma das coleções mais imediatamente reconhecíveis e elogiadas entre os leitores de poesia”, afirmou a governante.

Recordando que foi durante a presidência do editor na Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) que a Feira do Livro de Lisboa se mudou para o Parque Eduardo VII, onde ainda hoje é realizada, Graça Fonseca descreveu essa iniciativa como “uma decisão corajosa e que o sucesso das consecutivas edições deste evento literário veio confirmar como acertada”.

“Francisco Espadinha será sempre uma figura marcante no mundo editorial português, pertencente a uma geração de grandes editores que começou o seu trabalho no anos 70”, concluiu a ministra.

Artigo atualizado às 16h44 com o comunicado da ministra da Cultura

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