O Ministério da Cultura desconhece o paradeiro de 112 obras da Coleção de Arte do Estado e não de 94, como a ministra Graça Fonseca tem afirmado publicamente até agora, revela o “Público” esta sexta-feira.
O número divulgado por Graça Fonseca resultou de um trabalho de revisão do inventário provisório, datado de 2011, daquela que é conhecida como Coleção SEC, trabalho que agora permitiu à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) localizar dezenas das obras dadas como desaparecidas.
Em todo o caso, o jornal escreve que ao fixar-se nas 94 pinturas, gravuras ou esculturas cujo destino está por apurar, a titular da pasta da Cultura tem deixado de fora 18 fotografias que deviam estar à guarda do Centro Português de Fotografia (CPF) e que ninguém sabe onde param.
Deste núcleo fazem parte, por exemplo, Nazaré (1958), de Carlos Afonso Dias; The Taj Mahal (1870), ou Migrant Mother (1936), de Dorothea Lange, uma das fotografias mais icónicas do século XX. Estas fotografias foram compradas por Jorge Calado para a então Coleção SEC, no final dos anos 80.
O gabinete de Graça Fonseca justifica a não-inclusão destas 18 imagens alegando que não fazem parte da Coleção de Arte do Estado de 1997, mas antes da Coleção Nacional de Fotografia.
Todavia, de acordo com os documentos consultados pelo jornal, os próprios serviços do MC parecem não estar muito certos sobre como delimitar os acervos.
Ora, o anexo 10 do relatório da DGPC é dedicado ao núcleo de fotografia da Coleção SEC em depósito no CPF e integrado na Coleção Nacional de Fotografia, que é tutelado pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), outro organismo do Ministério da Cultura.
“Deve referir-se que o inventário da Coleção de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura (Coleção SEC) integra os registos das 346 imagens pertencentes à coleção de fotografia organizada por Jorge Calado entre 1989 e 1990”, lê-se no anexo.
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O Ministério da Cultura desconhece o paradeiro de 112 obras da Coleção de Arte do Estado e não de 94, como a ministra Graça Fonseca tem afirmado publicamente até agora, revela o “Público” esta sexta-feira.
O número divulgado por Graça Fonseca resultou de um trabalho de revisão do inventário provisório, datado de 2011, daquela que é conhecida como Coleção SEC, trabalho que agora permitiu à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) localizar dezenas das obras dadas como desaparecidas.
Em todo o caso, o jornal escreve que ao fixar-se nas 94 pinturas, gravuras ou esculturas cujo destino está por apurar, a titular da pasta da Cultura tem deixado de fora 18 fotografias que deviam estar à guarda do Centro Português de Fotografia (CPF) e que ninguém sabe onde param.
Deste núcleo fazem parte, por exemplo, Nazaré (1958), de Carlos Afonso Dias; The Taj Mahal (1870), ou Migrant Mother (1936), de Dorothea Lange, uma das fotografias mais icónicas do século XX. Estas fotografias foram compradas por Jorge Calado para a então Coleção SEC, no final dos anos 80.
O gabinete de Graça Fonseca justifica a não-inclusão destas 18 imagens alegando que não fazem parte da Coleção de Arte do Estado de 1997, mas antes da Coleção Nacional de Fotografia.
Todavia, de acordo com os documentos consultados pelo jornal, os próprios serviços do MC parecem não estar muito certos sobre como delimitar os acervos.
Ora, o anexo 10 do relatório da DGPC é dedicado ao núcleo de fotografia da Coleção SEC em depósito no CPF e integrado na Coleção Nacional de Fotografia, que é tutelado pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), outro organismo do Ministério da Cultura.
“Deve referir-se que o inventário da Coleção de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura (Coleção SEC) integra os registos das 346 imagens pertencentes à coleção de fotografia organizada por Jorge Calado entre 1989 e 1990”, lê-se no anexo.