Ministra da Cultura sublinha originalidade de Lídia Jorge premiada em Guadalajara

21-09-2020
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A ministra da Cultura, Graça Fonseca, sublinhou esta sexta-feira “a originalidade e subtiliza” de Lídia Jorge, na mensagem de felicitações à escritora, pela conquista do Prémio de Literatura em Línguas Românicas, esta sexta-feira atribuído pela Feira Internacional do Livro de Guadalajara.

“Este prémio, que assinala a originalidade e a subtiliza do estilo literário de Lídia Jorge, junta-se aos demais prémios nacionais e internacionais já recebidos pela escritora, nomeadamente o Prémio Luso-Espanhol de Cultura, em 2014, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, em 2000, ou, ainda, o Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass, em 2006″, assim como os prémios “portugueses mais importantes”, como o D. Diniz e o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, acrescenta Graça Fonseca.

A atribuição do prémio máximo da Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL Guadalajara) “demonstra também o destaque que a literatura em língua portuguesa tem alcançado no panorama internacional, reconhecendo a originalidade e a mestria no estilo dos nossos autores”, escreve a ministra da Cultura.

“Com uma obra vasta, que os géneros literários nunca conseguiram capturar [em exclusivo] por completo, a escrita de Lídia Jorge destaca-se pela qualidade, pela abrangência e pelo diálogo permanente com a experiência histórica e literária portuguesas”, refere Graça Fonseca.

A ministra da Cultura cita ainda a autora, na sua mensagem: “‘A escrita é redentora. A escrita faz com que o autor, independentemente do reconhecimento, tenha uma história de vida magnífica’, história esta que vem consolidada com este Prémio”, conclui Graça Fonseca.

António Lobo Antunes foi o primeiro escritor português a receber o prémio maior de Guadalajara, em 2008, sucedendo-lhe Lídia Jorge, 12 anos depois. Os brasileiros Ruben Fonseca, premiado em 2003, e Nélida Piñon, em 1995, são os outros autores de língua portuguesa distinguidos até agora com o principal prémio da FIL de Guadalajara, atribuído desde 1991.

A atribuição de prémio a Lídia Jorge foi feita esta sexta-feira, numa conferência de imprensa pela internet.

A escritora portuguesa é a 30.ª distinguida com o prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas.

Na mesma sessão de anúncio, realizada ‘online’ pela feira, Lídia Jorge afirmou que “a literatura é um ato de resistência absolutamente indispensável”, em tempos de pandemia, e manifestou-se “muito feliz” por receber o prémio.

“Um prémio como este diz: ‘Os teus livros valem alguma coisa para os leitores’ e dá um sentido à nossa vida pessoal. Em primeiro lugar, a literatura é uma grande alegria interior, íntima, e depois quando passa para a audiência, para as pessoas, para o público que a lê e ama, é um milagre”, afirmou Lídia Jorge.

O Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas, com um valor monetário de 150 mil dólares (cerca de 126 mil euros), será entregue — “se a pandemia permitir”, alertou a autora — em 28 de novembro, em Guadalajara, por ocasião da feira.

Na mesma sessão de anúncio, Lídia Jorge revelou que está a trabalhar numa nova obra, que poderá ter por título “Misericórdia”, influenciada pela recente perda da mãe e pela pandemia da covid-19.

“O homem é um hospedeiro e o hóspede é o Covid-19. Tem milhares de letras no seu genoma, mas não o conhecemos. É insidioso. Pensamos na ‘Origem das Espécies’, que explica que uns comem os outros. A natureza é uma questão de fome”, disse.

“As pessoas compreendem que a leitura é um exercício fundamental sem o qual as outras artes serão menores, serão superficiais. Esta pandemia é uma espécie de tomada de consciência e que devemos regressar à leitura silenciosa”, disse.

Lídia Jorge esteve em 2018 na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no ano em que Portugal foi o país convidado.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, sublinhou esta sexta-feira “a originalidade e subtiliza” de Lídia Jorge, na mensagem de felicitações à escritora, pela conquista do Prémio de Literatura em Línguas Românicas, esta sexta-feira atribuído pela Feira Internacional do Livro de Guadalajara.

“Este prémio, que assinala a originalidade e a subtiliza do estilo literário de Lídia Jorge, junta-se aos demais prémios nacionais e internacionais já recebidos pela escritora, nomeadamente o Prémio Luso-Espanhol de Cultura, em 2014, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia, em 2000, ou, ainda, o Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass, em 2006″, assim como os prémios “portugueses mais importantes”, como o D. Diniz e o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, acrescenta Graça Fonseca.

A atribuição do prémio máximo da Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL Guadalajara) “demonstra também o destaque que a literatura em língua portuguesa tem alcançado no panorama internacional, reconhecendo a originalidade e a mestria no estilo dos nossos autores”, escreve a ministra da Cultura.

“Com uma obra vasta, que os géneros literários nunca conseguiram capturar [em exclusivo] por completo, a escrita de Lídia Jorge destaca-se pela qualidade, pela abrangência e pelo diálogo permanente com a experiência histórica e literária portuguesas”, refere Graça Fonseca.

A ministra da Cultura cita ainda a autora, na sua mensagem: “‘A escrita é redentora. A escrita faz com que o autor, independentemente do reconhecimento, tenha uma história de vida magnífica’, história esta que vem consolidada com este Prémio”, conclui Graça Fonseca.

António Lobo Antunes foi o primeiro escritor português a receber o prémio maior de Guadalajara, em 2008, sucedendo-lhe Lídia Jorge, 12 anos depois. Os brasileiros Ruben Fonseca, premiado em 2003, e Nélida Piñon, em 1995, são os outros autores de língua portuguesa distinguidos até agora com o principal prémio da FIL de Guadalajara, atribuído desde 1991.

A atribuição de prémio a Lídia Jorge foi feita esta sexta-feira, numa conferência de imprensa pela internet.

A escritora portuguesa é a 30.ª distinguida com o prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas.

Na mesma sessão de anúncio, realizada ‘online’ pela feira, Lídia Jorge afirmou que “a literatura é um ato de resistência absolutamente indispensável”, em tempos de pandemia, e manifestou-se “muito feliz” por receber o prémio.

“Um prémio como este diz: ‘Os teus livros valem alguma coisa para os leitores’ e dá um sentido à nossa vida pessoal. Em primeiro lugar, a literatura é uma grande alegria interior, íntima, e depois quando passa para a audiência, para as pessoas, para o público que a lê e ama, é um milagre”, afirmou Lídia Jorge.

O Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas, com um valor monetário de 150 mil dólares (cerca de 126 mil euros), será entregue — “se a pandemia permitir”, alertou a autora — em 28 de novembro, em Guadalajara, por ocasião da feira.

Na mesma sessão de anúncio, Lídia Jorge revelou que está a trabalhar numa nova obra, que poderá ter por título “Misericórdia”, influenciada pela recente perda da mãe e pela pandemia da covid-19.

“O homem é um hospedeiro e o hóspede é o Covid-19. Tem milhares de letras no seu genoma, mas não o conhecemos. É insidioso. Pensamos na ‘Origem das Espécies’, que explica que uns comem os outros. A natureza é uma questão de fome”, disse.

“As pessoas compreendem que a leitura é um exercício fundamental sem o qual as outras artes serão menores, serão superficiais. Esta pandemia é uma espécie de tomada de consciência e que devemos regressar à leitura silenciosa”, disse.

Lídia Jorge esteve em 2018 na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no ano em que Portugal foi o país convidado.

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