Perfil. O dia em que Graça Fonseca foi ultrapassada pelo chefe

30-08-2020
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PolíticaPerfil. O dia em que Graça Fonseca foi ultrapassada pelo chefe30-05-2020Graça Fonseca está fragilizada e enfrenta contestação crescente do sectorTIAGO petingaChegou a um ministério difícil como protegida de Costa. Mas perdeu força e somou polémicas. A ministra da Cultura resistirá?Alexandra CaritaMiguel Santos CarrapatosoA notícia caiu como uma bomba no Palácio da Ajuda, morada do Ministério da Cultura. Sexta-feira, 22 de maio. Em Coimbra, António Costa acabava de anunciar um programa de 30 milhões de euros para as autarquias no apoio à Cultura. No retrato de família estavam lá todos: primeiro-ministro, ministro do Planeamento, ministra da Coesão, ministra da Modernização, secretários de Estado, dirigentes autárquicos... Todos menos, precisamente, Graça Fonseca, a braços com a contestação crescente do sector e afastada do único anúncio que lhe daria algum capital político para aguentar futuros embates. A ministra da Cultura tinha sido ultrapassada: não só porque sempre dissera junto do sector que não havia mais dinheiro para enfrentar os efeitos da pandemia como não sabia sequer que o anúncio ia ser feito ali e naqueles termos. Dizer que Graça Fonseca reagiu mal é eufemismo; que o eco desse desagrado tenha chegado a António Costa é um exagero. Só as paredes do Ministério da Cultura foram testemunhas da irritação de Graça Fonseca. Figura política da criação de Costa, não se lhe conhecem momentos de confronto com o primeiro-ministro. Bem pelo contrário. Graça Fonseca pertence ao grupo de delfins de António Costa, com tudo o que isso tem de positivo e de negativo. Chegou ao PS pela mão de João Tiago Silveira, um socialista influente que coordenou o programa eleitoral, e por influência de Ana Catarina Mendes, até há pouco tempo número dois do PS e agora líder parlamentar. Costa respeita-a, reconhece-lhe muitas competências e confia nela. Só assim se justifica um percurso de mais de 20 anos em conjunto (Ministério da Justiça, Ministério da Administração Interna, vereadora na Câmara de Lisboa e, finalmente, funções executivas no Governo). É membro de pleno direito do núcleo de António Costa, mas os dois nunca esquecem quem deve o quê a quem. Por outras palavras: ao contrário de outras figuras do ‘costismo’, não estão no mesmo plano político. Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso. Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.Para continuar a ler este artigo clique AQUIÚltimasA montra do império. Viagem ao estranho mundo da Exposição Colonial do Porto de 1934Há 13 minutosLuís MansoPSD e PCP admitem mais incompatibilidades para autarcasHá 44 minutosIsabel PauloDGS não revela parecer técnico final enviado à organização da Festa do AvanteHá uma horaHugo FrancoCovid-19. EUA admitem acelerar processo de autorização de qualquer futura vacinaHá uma horaLusaArouca regista quase 130 casos ativos de covid-19Há uma horaNovo ano parlamentar. Orçamento do Estado vai marcar regresso dos trabalhosHá uma horaDescodificador: como escolher a box de TVHá uma horaHugo SénecaGrupo de moradores de Amora vai manifestar-se na véspera do início do AvanteHá uma horaMorreu a ex- jornalista La Salette Fernandes, primeira diretora do Diário EconómicoHá uma horaLusaCovid-19. Corrida apressada às vacinas pode piorar a pandemia19:13Expresso

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