Sindicato dos Enfermeiros critica “inqualificável resposta do setor privado à pandemia” – O Jornal Económico

04-11-2020
marcar artigo

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) critica a postura do setor privado, face à importância, diz, de “ser engajado na resposta” à segunda vaga da Covid-19 em Portugal. José Carlos Martins E alerta ainda que serão sempre “insuficientes” novas medidas restritivas se não houver um perfeito controlo das cadeias de transmissão. E defende o reforço de equipas e necessidade de agir sobre os idosos como os dois pilares centrais no combate à pandemia.

O SEP aponta como” vergonhoso e inqualificável a postura do setor privado, na importância de ser engajado na resposta ao Covid”. No site do SEP José Carlos Martins realça: “dizer aos Portugueses que a saúde deles não é relevante. O que importa é manter os hospitais privados limpos de Covid de modo a conseguirem o volume de negócios e taxas de rentabilidade”.

Recorde-se que os hospitais privados dizem que continuam à espera de um plano de atuação e propostas concretas do Ministério da Saúde para ajudarem no combate à pandemia. Ao mesmo tempo que reafirmam estar disponíveis, tendo já negado que recusaram colaborar com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ASRLVT).

A antiga ministra da Saúde Ana Jorge já considerou que os privados podem ser envolvidos na luta contra a pandemia, recebendo doentes não covid-19, mas avisa que é preciso um “equilibro” nessa ação, depois de estes não terem entrado no “combate” numa primeira fase.

Também no final da semana passada à saída do encontro com o primeiro-ministro sobre medidas de combate à pandemia, a líder do BE, Catarina Martins, defendeu a requisição civil dos setores privado e social. Considera que esta está já prevista na Lei de Bases da Saúde “em caso de epidemia”. A possibilidade de requisição civil de equipamentos e recursos humanos do setor privado foi já avançada como uma possibilidade pelo primeiro-ministro ao apontar como uma das quatro razões para ter pedido ao Presidente da República para ponderar um novo estado de emergência ainda que mais limitado.

A dirigente bloquista diz que “o governo deve utilizar todos os mecanismos ao seu dispor” porque é essencial dar resposta quer a doentes covid, que a doentes não covid. O setor privado e social deve ser mobilizado “em condições de transparência, proteção do SNS e do serviço público”.

SEP apela a reforço de controlo epidemiológico

Sobre o eventual confinamento, o presidente do SEP defende que é mais importante reforçar as equipas de controlo epidemiológico e agir sobre os idosos, do que limitar a ação das pessoas.

“Por mais medidas que restrinjam liberdades de circulação ou de contacto, serão sempre insuficientes se não houver um perfeito controlo das cadeias de transmissão. São elas que dinamizam o aumento do número de novos casos. (…) Por outro lado, a grande questão é se não agirmos sobre os idosos”, afirma José Carlos Martins.

O Sindicato defende um plano para apoiar os idosos que todos os anos vão com frequência às urgências e muitas vezes são internados em enfermarias ou nos cuidados intensivos.

Segundo o presidente do sindicato, este plano consistia em admitir mais enfermeiros para as unidades de cuidados na comunidade que funcionam junto dos centros de saúde, sendo a principal missão fazer visitas regulares a estes idosos e acompanhá-los permanentemente para evitar deslocações às urgências.

José Carlos Martins afirmou, na semana passada, que “há um enorme défice de resposta” aos cerca de 3,5 milhões de idosos que não vivem nos lares. O presidente do SEP defendeu já junto de Marcelo Rebelo de Sousa um reforço das unidades de saúde pública que fazem os inquéritos epidemiológicos, considerando ser uma questão determinante para travar o aumento dos casos.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) critica a postura do setor privado, face à importância, diz, de “ser engajado na resposta” à segunda vaga da Covid-19 em Portugal. José Carlos Martins E alerta ainda que serão sempre “insuficientes” novas medidas restritivas se não houver um perfeito controlo das cadeias de transmissão. E defende o reforço de equipas e necessidade de agir sobre os idosos como os dois pilares centrais no combate à pandemia.

O SEP aponta como” vergonhoso e inqualificável a postura do setor privado, na importância de ser engajado na resposta ao Covid”. No site do SEP José Carlos Martins realça: “dizer aos Portugueses que a saúde deles não é relevante. O que importa é manter os hospitais privados limpos de Covid de modo a conseguirem o volume de negócios e taxas de rentabilidade”.

Recorde-se que os hospitais privados dizem que continuam à espera de um plano de atuação e propostas concretas do Ministério da Saúde para ajudarem no combate à pandemia. Ao mesmo tempo que reafirmam estar disponíveis, tendo já negado que recusaram colaborar com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ASRLVT).

A antiga ministra da Saúde Ana Jorge já considerou que os privados podem ser envolvidos na luta contra a pandemia, recebendo doentes não covid-19, mas avisa que é preciso um “equilibro” nessa ação, depois de estes não terem entrado no “combate” numa primeira fase.

Também no final da semana passada à saída do encontro com o primeiro-ministro sobre medidas de combate à pandemia, a líder do BE, Catarina Martins, defendeu a requisição civil dos setores privado e social. Considera que esta está já prevista na Lei de Bases da Saúde “em caso de epidemia”. A possibilidade de requisição civil de equipamentos e recursos humanos do setor privado foi já avançada como uma possibilidade pelo primeiro-ministro ao apontar como uma das quatro razões para ter pedido ao Presidente da República para ponderar um novo estado de emergência ainda que mais limitado.

A dirigente bloquista diz que “o governo deve utilizar todos os mecanismos ao seu dispor” porque é essencial dar resposta quer a doentes covid, que a doentes não covid. O setor privado e social deve ser mobilizado “em condições de transparência, proteção do SNS e do serviço público”.

SEP apela a reforço de controlo epidemiológico

Sobre o eventual confinamento, o presidente do SEP defende que é mais importante reforçar as equipas de controlo epidemiológico e agir sobre os idosos, do que limitar a ação das pessoas.

“Por mais medidas que restrinjam liberdades de circulação ou de contacto, serão sempre insuficientes se não houver um perfeito controlo das cadeias de transmissão. São elas que dinamizam o aumento do número de novos casos. (…) Por outro lado, a grande questão é se não agirmos sobre os idosos”, afirma José Carlos Martins.

O Sindicato defende um plano para apoiar os idosos que todos os anos vão com frequência às urgências e muitas vezes são internados em enfermarias ou nos cuidados intensivos.

Segundo o presidente do sindicato, este plano consistia em admitir mais enfermeiros para as unidades de cuidados na comunidade que funcionam junto dos centros de saúde, sendo a principal missão fazer visitas regulares a estes idosos e acompanhá-los permanentemente para evitar deslocações às urgências.

José Carlos Martins afirmou, na semana passada, que “há um enorme défice de resposta” aos cerca de 3,5 milhões de idosos que não vivem nos lares. O presidente do SEP defendeu já junto de Marcelo Rebelo de Sousa um reforço das unidades de saúde pública que fazem os inquéritos epidemiológicos, considerando ser uma questão determinante para travar o aumento dos casos.

marcar artigo