Nelson de Souza é o novo ministro do Planeamento

08-11-2020
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Nelson de Souza, atual secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, é o novo ministro do Planeamento, segundo apurou o Dinheiro Vivo. O nome já tinha sido apontado para várias pastas, mas é na cadeira do Planeamento que vai sentar-se, ficando responsável pelos fundos estruturais comunitários.

António Costa, primeiro ministro, prepara-se para remodelar o governo depois de incluir nas listas do PS às eleições europeias os atuais ministros Pedro Marques e Maria Manuel Leitão Marques (ministra Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa), cujo anuncio oficial será realizado amanhã, sábado.

O Planeamento é uma pasta do ministério de Pedro Marques, que fica assim entregue a Nelson Souza. Já as áreas Infraestruturas, Transportes e Habitação, também dossiers de Marques, passam para as mãos de Pedro Nuno Santos, atual Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Para o lugar de Maria Manuel Leitão Marques, tem sido apontado o nome do Secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro, jurista e militante do PS, muito próximo do primeiro-ministro; bem como o nome de Sérgio Humberto Rocha de Ávila, homem do PS, vice-presidente do Governo dos Açores e muito próximo de Carlos César.

Nos últimos dias especulou-se acerca da saída do governo do ministro do Ambiente, mas fontes próximas do executivo avançam que Costa deverá segurar João Matos Fernandes no lugar, mesmo depois das recentes e polémicas declarações acerca dos veículos a Diesel e que incendiaram o comércio e a indústria automóvel que tem avultados investimentos em Portugal.

Quem é Nelson de Souza, o “senhor das PME” que vai tomar conta dos fundos europeus?

Está longe de igualar Pedro Nuno Santos na escala do mediatismo, mas tem argumentos no currículo que justificam o novo cargo.

O nome de Nelson de Souza soará estranho para boa parte do grande público, mais por ausência de tempo de antena de um homem que não é político de profissão do que por falta de experiência e créditos.

Nelson de Souza, Ângelo de primeiro nome, nasceu em Goa em 1954. Veio para Portugal com a família aos sete anos, altura em que o pai, jornalista, foi trabalhar para o gabinete de imprensa da TAP. A infância foi passada na zona da Ajuda.

Tirou o curso de Finanças no Instituto Superior de Economia (ISCEF,) que concluiu em 1975. Entre os companheiros de vida académica estiveram o agora colega de Governo Vieira da Silva, ministro da Segurança Social, mas também Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, ou o economista Augusto Mateus.

Começou a trabalhar ainda antes de terminar os estudos, mas foi em 1977 que chegou pela primeira vez à administração pública, então como técnico do Ministério da Indústria, onde foi subindo degraus até chegar a diretor-geral.

Define-se como um “velho industrialista” e não é por acaso. Antes de chegar a ministro foi gestor do Programa Específico de Desenvolvimento da Indústria Portuguesa (Pedip), um programa europeu que foi criado em 1988 para modernizar o tecido industrial do país.

De todos os cargos que ocupou, garante que foi esse que o marcou mais. “Desenhado há 30 anos por uma pequena equipa que coordenei, preconizava que a sustentabilidade do crescimento dependia da produtividade e esta de fatores de competitividade imateriais como capacidades de I&D e gestão, cadeias de distribuição e modelos de organização do trabalho. Os gaps de produtividade que ainda hoje em dia reduzem a nossa capacidade de crescer reavivam a pertinência das medidas então preconizadas”, afirmou numa entrevista dada no ano passado ao Jornal T, da Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal (ATP).

Na biografia que consta na página oficial do Governo, Nelson de Souza é tido como “um profundo conhecedor do tecido empresarial português, assim como dos programas nacionais e europeus de apoio às empresas e à economia”. O novo cargo não lhe deverá meter medo, já que fundos europeus fazem parte do seu vocabulário há décadas. O novo ministro já foi gestor do QREN e administrador do IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação, I.P).

Antes de entrar para o Governo de António Costa, em 2015, já tinha ganho experiência governativa nos dois mandatos de António Guterres, de quem foi Secretário de Estado das Pequenas e Médias Empresas.

Voltou à indústria em 2002, como membro da Comissão Executiva da Associação Industrial Portuguesa (AIP). Na mesma organização foi ainda Diretor-Geral até 2013.

A última experiência profissional antes de assumir funções no XXI Governo foi como Diretor Municipal de Finanças da Câmara Municipal de Lisboa.

A escolha de Nelson de Souza para a pasta dos Assuntos Europeus acaba por surgir como uma sequência natural do que tem sido a sua carreira. Desde que entrou para o atual Governo que tem sido o braço direito de Pedro Marques nas gestão do dossier "fundos de Bruxelas", tanto na redistribuição do dinheiro do Portugal 2020 quer na negociação do que aí vem, no Portugal 2030.

Nelson de Souza, atual secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, é o novo ministro do Planeamento, segundo apurou o Dinheiro Vivo. O nome já tinha sido apontado para várias pastas, mas é na cadeira do Planeamento que vai sentar-se, ficando responsável pelos fundos estruturais comunitários.

António Costa, primeiro ministro, prepara-se para remodelar o governo depois de incluir nas listas do PS às eleições europeias os atuais ministros Pedro Marques e Maria Manuel Leitão Marques (ministra Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa), cujo anuncio oficial será realizado amanhã, sábado.

O Planeamento é uma pasta do ministério de Pedro Marques, que fica assim entregue a Nelson Souza. Já as áreas Infraestruturas, Transportes e Habitação, também dossiers de Marques, passam para as mãos de Pedro Nuno Santos, atual Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Para o lugar de Maria Manuel Leitão Marques, tem sido apontado o nome do Secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro, jurista e militante do PS, muito próximo do primeiro-ministro; bem como o nome de Sérgio Humberto Rocha de Ávila, homem do PS, vice-presidente do Governo dos Açores e muito próximo de Carlos César.

Nos últimos dias especulou-se acerca da saída do governo do ministro do Ambiente, mas fontes próximas do executivo avançam que Costa deverá segurar João Matos Fernandes no lugar, mesmo depois das recentes e polémicas declarações acerca dos veículos a Diesel e que incendiaram o comércio e a indústria automóvel que tem avultados investimentos em Portugal.

Quem é Nelson de Souza, o “senhor das PME” que vai tomar conta dos fundos europeus?

Está longe de igualar Pedro Nuno Santos na escala do mediatismo, mas tem argumentos no currículo que justificam o novo cargo.

O nome de Nelson de Souza soará estranho para boa parte do grande público, mais por ausência de tempo de antena de um homem que não é político de profissão do que por falta de experiência e créditos.

Nelson de Souza, Ângelo de primeiro nome, nasceu em Goa em 1954. Veio para Portugal com a família aos sete anos, altura em que o pai, jornalista, foi trabalhar para o gabinete de imprensa da TAP. A infância foi passada na zona da Ajuda.

Tirou o curso de Finanças no Instituto Superior de Economia (ISCEF,) que concluiu em 1975. Entre os companheiros de vida académica estiveram o agora colega de Governo Vieira da Silva, ministro da Segurança Social, mas também Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, ou o economista Augusto Mateus.

Começou a trabalhar ainda antes de terminar os estudos, mas foi em 1977 que chegou pela primeira vez à administração pública, então como técnico do Ministério da Indústria, onde foi subindo degraus até chegar a diretor-geral.

Define-se como um “velho industrialista” e não é por acaso. Antes de chegar a ministro foi gestor do Programa Específico de Desenvolvimento da Indústria Portuguesa (Pedip), um programa europeu que foi criado em 1988 para modernizar o tecido industrial do país.

De todos os cargos que ocupou, garante que foi esse que o marcou mais. “Desenhado há 30 anos por uma pequena equipa que coordenei, preconizava que a sustentabilidade do crescimento dependia da produtividade e esta de fatores de competitividade imateriais como capacidades de I&D e gestão, cadeias de distribuição e modelos de organização do trabalho. Os gaps de produtividade que ainda hoje em dia reduzem a nossa capacidade de crescer reavivam a pertinência das medidas então preconizadas”, afirmou numa entrevista dada no ano passado ao Jornal T, da Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal (ATP).

Na biografia que consta na página oficial do Governo, Nelson de Souza é tido como “um profundo conhecedor do tecido empresarial português, assim como dos programas nacionais e europeus de apoio às empresas e à economia”. O novo cargo não lhe deverá meter medo, já que fundos europeus fazem parte do seu vocabulário há décadas. O novo ministro já foi gestor do QREN e administrador do IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação, I.P).

Antes de entrar para o Governo de António Costa, em 2015, já tinha ganho experiência governativa nos dois mandatos de António Guterres, de quem foi Secretário de Estado das Pequenas e Médias Empresas.

Voltou à indústria em 2002, como membro da Comissão Executiva da Associação Industrial Portuguesa (AIP). Na mesma organização foi ainda Diretor-Geral até 2013.

A última experiência profissional antes de assumir funções no XXI Governo foi como Diretor Municipal de Finanças da Câmara Municipal de Lisboa.

A escolha de Nelson de Souza para a pasta dos Assuntos Europeus acaba por surgir como uma sequência natural do que tem sido a sua carreira. Desde que entrou para o atual Governo que tem sido o braço direito de Pedro Marques nas gestão do dossier "fundos de Bruxelas", tanto na redistribuição do dinheiro do Portugal 2020 quer na negociação do que aí vem, no Portugal 2030.

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