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16-11-2019
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"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Voos humanitários portugueses

O Presidente da República recebeu ontem, ao final da manhã, no aeródromo militar de Figo Maduro, em Lisboa, 267 refugiados ucranianos que chegaram num avião fretado, vindo de Lublin, no leste da Polónia. Esta foi uma iniciativa de dois empresários, Roman Kurtysh, ucraniano residente em Portugal, e José Ângelo Neto, português, que criaram a associação Ukrainian Refugees UAPT, e que contou com apoios da companhia aérea Euroatlantic, da Galp e do Estado português. "À sua maneira, esta foi uma história exemplar: tivemos a sociedade civil a tomar a iniciativa, tivemos o poder político a atuar em conjunto, com relevo naturalmente para o Governo, as câmaras municipais, o poder autárquico a atuar, a embaixada sempre presente, e o voluntariado a permitir esta operação", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, perante os jornalistas, após a chegada do avião. No aeródromo de trânsito n.º1 da Força Aérea Portuguesa estiveram também as ministras de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e da Administração Interna, Francisca Van Dunem, e a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets. O chefe de Estado referiu que “no sábado passado à tarde apareceram em Belém o José Ângelo e o Roman Kurtysh, que disseram: nós temos com o apoio da Euroatlantic a hipótese de mandar 35 toneladas por avião de equipamento, alimentos e medicamentos, e trazer 267 pessoas, crianças, mulheres, jovens, mulheres jovens, e fazer isto de imediato, precisamos que seja declarado este voo humanitário”. “De imediato foi contactada a senhora ministra da Presidência, porque é o Governo que deve tratar dessas matérias, e a resposta do Governo foi inexcedível. Em conjunto com câmaras, a Câmara da Azambuja, a Câmara de Pinhel, também a Câmara de Lisboa”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa. Nos últimos dois dias, pelo menos mil pessoas viajaram para Portugal desde a cidade de Varsóvia, na Polónia, para escapar ao conflito e há pelo menos mais um avião de partida para território português já na noite de ontem [quinta-feira, 10mar2022] que deve transportar "algumas dezenas" de refugiados. Os dados foram avançados pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, que tem estado na Polónia a gerir o processo de saída. Um pouco a Sul da Polónia, na Roménia, está uma equipa da câmara municipal de Cascais que já tem, entre as pessoas que vai transportar num A321 fretado, idosos e recém-nascidos. O vice-presidente da autarquia, Miguel Pinto Luz, está na zona de Bucareste, capital do país e prepara uma viagem que pode transportar cerca de 200 pessoas. Portugal concedeu até esta quinta-feira 5.213 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, revelou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O Governo português concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra. Segundo uma resolução do Conselho de Ministros, aos requerentes de proteção temporária é atribuída, de forma automática, autorização de residência por um ano, que pode ser prorrogada duas vezes por um período de seis meses. Estes pedidos podem ser apresentados nos centros nacionais de Apoio à Integração de Migrantes e nas delegações regionais do SEF.

Segundo dados do portal da Agência da ONU para os Refugiados mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde que a Rússia invadiu aquele território.

Contagem mais recente de refugiados atualmente presentes em cada país (não o número de entradas):

Polónia – 1.412.503; Hungria – 214.160; Eslováquia – 165.199;

Rússia – 97.098; Roménia – 84.671; Moldávia – 82.762;

Bielorrússia – 765; Outros países europeus – 258.844.

A maioria das chegadas são mulheres e crianças. Todos os homens com idade entre 18 e 60 anos foram impedidos de deixar a Ucrânia para ficar e lutar. Garantiram-me que é verdade!... mas deve ser tanga

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia iniciaram ontem [quinta-feira, 10mar2022] em Versalhes uma cimeira de dois dias originalmente consagrada à economia, mas que se focará agora na defesa e energia, por força da ofensiva russa na Ucrânia. Os líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, vão designadamente discutir, no histórico Palácio de Versalhes, formas de reduzir a dependência europeia do petróleo e do gás russo e como lidar com o aumento dos preços da energia. Com calma e tudo a seu tempo... António Costa, considerou, esta quinta-feira, que a adesão à União Europeia não é a resposta adequada. "O que a Ucrânia hoje precisa é de uma resposta urgente e efetiva", e cabe aos 27 serem "imaginativos, dar uma resposta que seja concreta, rápida e que produza o efeito essencial, que é apoiar a reconstrução da Ucrânia, dar confiança aos ucranianos no futuro do seu desenvolvimento económico". "Sem demora"... mas sem atropelos e com cabeça fria, digo eu. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou uma das conclusões do encontro em Versalhes, França: "sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do caminho europeu". Como a nossa comunicação social diz tudo e o seu contrário, aqui está a VERSÃO OFICIAL da reunião do Conselho Europeu.

Declaração dos chefes de Estado ou de Governo, reunidos em Versalhes, sobre a agressão militar da Rússia contra a Ucrânia, 10 de março de 2022 (03h00 de 11mar2022)

1. Há duas semanas, a Rússia trouxe de volta a guerra à Europa. A agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas e compromete a segurança e a estabilidade na Europa e no mundo. E está a infligir um sofrimento indizível à população ucraniana. A responsabilidade por esta guerra de agressão cabe inteiramente à Rússia e à sua cúmplice Bielorrússia, e as pessoas responsáveis serão chamadas a prestar contas pelos seus crimes, incluindo os ataques indiscriminados contra civis e bens de caráter civil. A este respeito, congratulamo-nos com a decisão de abrir um inquérito tomada pelo procurador do Tribunal Penal Internacional. Apelamos a que a proteção e segurança das instalações nucleares da Ucrânia seja imediatamente assegurada com a assistência da Agência Internacional da Energia Atómica. Exigimos à Rússia que cesse a sua ação militar e retire todas as forças e equipamento militar de todo o território da Ucrânia, imediata e incondicionalmente, e respeite plenamente a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas.

2. Saudamos o povo da Ucrânia pela sua coragem na defesa do seu país e dos valores da liberdade e da democracia que partilhamos. Não o abandonaremos à sua sorte. A UE e os seus Estados-Membros continuarão a prestar um apoio coordenado a nível político, financeiro, material e humanitário. Estamos empenhados em prestar apoio à reconstrução de uma Ucrânia democrática, uma vez terminada a ofensiva russa. Estamos determinados a aumentar ainda mais a nossa pressão sobre a Rússia e a Bielorrússia. Adotámos sanções significativas e continuamos prontos a avançar rapidamente com novas sanções.

3. Inúmeras pessoas estão a fugir da guerra na Ucrânia. Oferecemos proteção temporária a todos os refugiados de guerra da Ucrânia. Saudamos os países europeus, nomeadamente os que fazem fronteira com a Ucrânia, pela imensa solidariedade de que dão mostras ao acolher os refugiados de guerra ucranianos. A UE e os seus Estados-Membros continuarão a demonstrar solidariedade e a prestar apoio humanitário, médico e financeiro a todos os refugiados e aos países que os acolhem. Apelamos a que, sem demora, sejam disponibilizados fundos através da rápida adoção da proposta relativa à Ação de Coesão a favor dos Refugiados na Europa (CARE) e através da ReactEU. Exortamos a Rússia a cumprir integralmente as suas obrigações por força do direito humanitário internacional. A Rússia tem de garantir o acesso humanitário seguro e sem entraves às vítimas e às pessoas deslocadas internamente na Ucrânia, bem como permitir a passagem segura dos civis que pretendam sair.

4. O Conselho Europeu reconheceu as aspirações europeias e a opção europeia da Ucrânia, em conformidade com o Acordo de Associação. Em 28 de fevereiro de 2022, o presidente da Ucrânia, exercendo o direito do seu país a escolher o seu próprio destino, apresentou o pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia. O Conselho agiu com rapidez e convidou a Comissão a dar o seu parecer sobre esse pedido de adesão, em conformidade com as disposições pertinentes dos Tratados. Na pendência desse parecer, vamos desde já reforçar ainda mais os nossos laços e aprofundar a nossa parceria, a fim de apoiar a Ucrânia na sua via europeia. A Ucrânia faz parte da nossa família europeia.

5. O Conselho convidou a Comissão a apresentar os respetivos pareceres sobre os pedidos de adesão da República da Moldávia e da Geórgia.

Guerra na Europa

Levantei-me às sete horas, liguei o rádio e as notícias eram terríveis: Enquanto decorria a reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente russo anunciou o lançamento de uma "operação militar especial" na Ucrânia; Há explosões por todo o país e invasão a larga escala; Ucrânia pede ajuda; NATO, G7 e Conselho Europeu reunem-se hoje; Marcelo Rebelo de Sousa convoca reunião do Conselho Superior de Defesa. 09h02, Al Jazeera

A Rússia lançou uma invasão total da Ucrânia por terra, ar e mar, o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e a confirmação dos piores temores do Ocidente. Explosões podem ser ouvidas desde o amanhecer na capital ucraniana, Kiev. Tiros ecoaram perto do aeroporto principal e sirenes soaram por toda a cidade. 09h25, Al Jazeera

10h32, CNN Portugal

O Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu hoje, 24 de fevereiro de 2022, em sessão extraordinária, sob a presidência de Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, para se inteirar da situação na Ucrânia e eventual participação de Forças Nacionais no âmbito da NATO.

Com base na posição de princípio expressa pelos órgãos de soberania, nomeadamente, o Presidente da República, o Primeiro-ministro e pelo representante da Assembleia da República do principal partido da oposição, e atendendo à informação analisada, o Conselho deu, por unanimidade, parecer favorável às propostas do Governo para a participação das Forças Armadas Portuguesas no âmbito da NATO, que se seguem:

1. Ativação da Very high readiness Joint Task Force (VJTF) e das Initial Follow-On Forces Group (IFFG) para eventual empenhamento nos planos de Resposta Graduada da NATO,

2. Eventual antecipação do segundo para o primeiro semestre de projeção de uma companhia do Exército para a Roménia.

13h47, Al Jazeera

O Ministério da Defesa da Rússia informou que as suas forças destruíram 74 infraestrutura militares acima do solo na Ucrânia, incluindo 11 aeródromos.

A Al Jazeera noticiou há momentos [15h25 GMT] que as forças ucranianas estão em combate com as tropas russas que pretendem capturar a antiga central nuclear de Chernobyl. Confesso que não consigo entender qual o interesse numa central nuclear desativada, mas poderá dar-se o caso de ser eu que não estou suficientemente bem informado sobre a situação atual naquela região do norte da Ucrânia. Segundo notícias conhecidas já na manhã de sexta-feira, 25fev2022, a Rússia enviou pára-quedistas para proteger a desativada central nuclear de Chernobyl de eventuais sabotagens. 16h35, The New York Times

O ataque da Rússia à Ucrânia atingiu as principais cidades e aeroportos de todo o país, com bombardeamentos em mais de uma dúzia de cidades e vilas, incluindo os arredores da capital, Kiev.

Mais umas horas e seguramente o governo ucraniano de Volodymyr Zelensky vai ser "decapitado". E Putin lá irá colocar em Kiev um governo fantoche, a exemplo do que fez na Bielorrússia há uns anos. Triste sina a destes povos das ex-repúblicas soviéticas que nunca conseguiram uma verdadeira independência.

Um dia "quente" no «Um novo norte para o Norte»

Ontem foi um dia "quente" no Grupo do Facebook "Um novo norte para o Norte". Ora vejam...

Desconhecia este "acontecimento"... mas diz muito sobre quem é Rui Rio. Paulo Moura na sua página do Facebook

Rio nos bastidores

Há uns anos, fiz, para o Público, uma grande entrevista a Rui Rio, quando ele era presidente da Câmara do Porto. Correu mal.

Em parte, a culpa foi minha: como, na altura, Rio se recusava a dar entrevistas, alegando que os jornalistas lhe deturpavam as declarações, eu propus mostrar-lhe o texto, antes da publicação, para ele confirmar que não havia declarações deturpadas ou colocadas fora de contexto.

Ele aceitou. Fui para o Porto, a entrevista durou várias horas e falámos de tudo, sem condições nem pedidos de “off”. Pelo menos um terço da conversa foi sobre o tema na ordem do dia: as relações tensas entre Rio e o Futebol Clube do Porto.

Regressei a Lisboa, transcrevi e editei o texto e enviei-o a Rio, como combinado.

Nem meia-hora depois, liga a secretária da presidência: o Sr Dr vai enviar correcções.

Quando chegaram, a entrevista estava irreconhecível. Toda a parte sobre o FCP tinha sido eliminada e as outras respostas completamente alteradas, reduzidas a frases vazias e pomposas.

Liguei a Rio lembrando-lhe que nenhuma restrição havia sido pedida quando ao tema do FCP. Se isso tivesse acontecido, aliás, eu ter-me-ia recusado a fazer entrevista, uma vez que se tratava do tema mais importante da conversa.

Rio respondeu não se ter apercebido previamente de que as afirmações dele agravariam ainda mais a crise com o FCP, pelo que decidira entretanto apagá-las da entrevista.

Quanto às outras respostas, perguntei-lhe se havia alguma incorrecção da minha parte. Disse que não. Estavam correctas, mas não poderiam ser apresentadas assim. “Eu não sou o Zé dos Anzóis”, explicou. “O presidente da Câmara da segunda cidade do país não fala assim”, disse ele, referindo-se à forma como realmente tinha falado, na entrevista. “O presidente tem de se expressar com uma certa formalidade”.

E com base neste argumento, adulterou por completo a entrevista, transformando-a num rol de declarações inócuas e ocas.

Ainda tentei um compromisso, suavizando algumas respostas, sem lhes alterar o sentido. Ele recusou, exigindo a alteração radical, eu declinei, numa série de telefonemas, cada vez menos cordais, pela noite dentro. Quando viu que não me convencia, Rui Rio começou a ser agressivo, insinuando ameaças. E quando lhe disse que o texto (inalterado) já seguira para a gráfica, tornou-se realmente grosseiro.

A entrevista seria o tema de capa da Pública, a revista de domingo do Público. Mas na sexta à noite a Direcção do jornal recebe um telefonema da redacção do Porto: “Está aqui um representante da Câmara, com dois advogados, a dizer que apresentaram uma providência cautelar ao tribunal, para que a revista não saia.”

Naquela altura, o Público vendia mais de 100 mil exemplares ao domingo. A apreensão de todos os exemplares significaria um rombo financeiro muito sério para o jornal.

Felizmente, o juiz não reconheceu mérito às razões da Câmara, e recusou a providência cautelar. A entrevista saiu, inalterada.

Publicamente, Rui Rio não se queixou.

(A foto é do Fernando Veludo) Muitos foram os membros deste Grupo que desde a manhã de hoje me têm vindo a "puxar as orelhas" por eu ter publicado um post em que partilhava a notícia de Paulo Moura com o título "Rio nos bastidores". Agora quero ver o que aqui se dirá por partilhar isto.

E já agora: A dias de “botar o papelinho na caixa” só sei perfeitamente em quem não vou votar. Nuno Costa Santos na sua página do Facebook

Vale a pena ler esta análise com a qual concordo inteiramente. O que mais me espanta é chegarmos aos anos 20 deste século e vermos supostos spin-doctors da treta a fazer campanhas como algumas que temos visto e políticos inteligentes deixarem-se cair nas suas patranhas incompetentes. Campanhas baseadas em mentiras e soundbites, que descaracterizam os personagens e achando que se bastam pela imbecilidade do eleitorado e sem qualquer ideia de futuro. As pessoas não votam no passado nem na obra feita. Nem na mercearia de supostas traições políticas e orçamentais. Votam naquilo que cada um tem para lhes oferecer e se atrás disso houver credibilidade. Destruir o carácter de cada candidato, transformando-os em autómatos arrogantes e zangados, que se limitam à gabarolice da contabilidade do que fiz no verão passado ou no mandato que está a acabar, é um erro que julgava ser tão evidente que não pudesse já ser cometido por ninguém. Costa é melhor do que isto e, mesmo que o diretor do Público hoje venha escrever que Rio é pior do que tem mostrado, os buracos nos sapatos do líder do PS já lá estão bem cravados. E depois de dar tiros nos pés tão consecutivamente, é muito difícil corrigir. Alguém deveria ter aprendido as lições das autárquicas, mas pelos vistos, com todos esses erros, fizeram um manual que tão bem a Maria João Marques explica no Público. Pois eu até concordo na generalidade com o programa do PSD, mas não tenho nenhuma confiança em Rui Rio. Por outro lado, a malta do Largo do Rato tenho-a cada vez mais como perigosa, principalmente se António Costa “se reformar da política nacional” e o barco ficar entregue a Pedro Nuno Santos. Sou capaz desta vez, pela primeira vez desde que voto, ir colocar a cruzinha para tentar eleger Deputado da Nação pelo meu círculo eleitoral alguém por quem tenho grande simpatia, apreço e consideração. Nem sempre estamos de acordo no que à política diz respeito, mas sabemos conversar e até nos entendemos em muitas coisas. Acho bem... não só porque uma maioria na Assembleia da República de “180,190 ou 200 deputados” é o que as sondagens apontam para PS e PSD, ganhe quem ganhar, mas também porque assim se evitaria uma "Geringonça 2.0".

No final deste dia foram conhecidas dois estudos de mercado para as Legislaitvas2022: a Tracking Poll (trabalho de campo da Pitagórica) para a TVI e CNNPortugal; mais uma sondagem do do ISCTE-ICS para o Expresso e SIC. No gráfico todas as sondagens conhecidas nestes últimos dez dias antes das eleições.

O PAN é um "Cavalo de Troia"

Digam lá, mas sinceramente e sem "clubite" partidária, esta Geringonçazinha tem pernas para andar? Para mim o PAN não passa de um "Cavalo de Troia"... entrou devagarinho e com uma filosofia "fofinha" de amor aos animais e depois foi o que se viu. Sondagens conhecidas neste mês de janeiro2022 Todas as sondagens, apesar de serem unicamente o que são, me levam a acreditar que a maioria absoluta, tão desejada por António Costa, é muito pouco provável. Mas parece estar a desenhar-se uma “Geringonça 2.0”. Mas não nos esqueçamos que além de "maioria absoluta" ou "Geringonça 2.0" também temos "alianças pontuais", uma das soluções apontadas por António Costa no debate com Rui Rio - um Governo "à Guterres", com negociação diploma a diploma.

Debate eleitoral do tudo ou nada

O secretário-geral do PS e atual Primeiro-Ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, encontraram-se ontem no cineteatro Capitólio, em Lisboa, para o mais importante debate desta campanha eleitoral para as Legislativas2022, com transmissão nas três televisões generalistas e moderação de João Adelino Faria (RTP), Clara de Sousa (SIC) e Sara Pinto (TVI). Coisas importantes do debate

Rio diz que fez oposição “civilizada” mas com “alternativas”, Costa critica propostas “perigosas” de Rio.

Costa admite Governo à Guterres ou opção com o PAN. O líder do PS admitiu governar "diploma a diploma" caso vença as legislativas sem maioria absoluta, tal como chegou a fazer António Guterres, embora tenha admitido que essa é uma solução "difícil".

Impostos. Costa promete reduzir IRS “já”, Rio diz que isso é “insistir nos erros do passado” e lembra percurso de Costa nos governos de Sócrates e Guterres.

Salário mínimo. Rio diz que quer aumentar pela inflação e Costa promete pelo menos 900 euros.

Saúde. SNS "falhou", acusa Rio. Costa acusa Rio de querer SNS só para pobres e classe média a pagar. Rio diz que se deve distinguir “os que podem pagar e os que não podem”.

Costa diz que programa do PSD na justiça é “perigoso” por querer “subordinar a justiça ao poder político. Rio diz que Costa é como Ventura e acusa-o de populismo.

TAP. “Indecente, gravíssimo”, diz Rio, quer quer privatizar o quanto antes. Costa confia no plano de reestruturação. "Não há razões para plano da TAP falhar, Há outras companhias interessadas em comprar 50%", assegura Costa.

Costa termina o debate a dizer que Rio recorre a "malandrices habituais" para negar crescimento da economia. Quem esteve melhor no debate entre António Costa e Rui Rio

Para mim foi este o melhor comentário sobre o debate de ontem

Ontem… a ver o debate. (Roubei esta linda foto à Chloe Pairel, que a publicou na página “Amis qui aiment Levrier whippet”)

Debates televisivos para as Legislativas2022

António Costa disse que uma solução estável "só é possível com uma maioria do PS". Rui Rio garantiu que "é impossível haver uma coligação com o Chega". Já tenho dois motivos para votar PSD… e, politicamente falando, nem morro de amores por Rui Rio.

Nuno Matos Pereira - Mas o David vota num representante que defenda o seu distrito ou vota num primeiro ministro para o governo?

João Simões - Não sabia que o David agora votava diretamente no PM. Nem sabia que tinha gostado da governação de Rio, no Porto.

David Ribeiro - Eu voto para um Parlamento donde sairá um Governo. Obviamente que me terei de identificar politicamente com quem integra as listas em que votarei. Debate André Ventura x Rui Rio - 03jan2022

Ventura continua a garantir que só apoia o PSD se entrar no Governo. Rio não acredita nas ameaças e diz que Chega tem de escolher se viabiliza um Governo de direita ou se faz o frete aos socialistas.

Questionado se prefere entregar o poder ao PS a fazer um entendimento com o Chega, Rio contrapôs com um desafio a André Ventura. "Se o PSD apresentar um programa de Governo na Assembleia da República - não é votado, mas podem meter uma moção de censura - aí naturalmente o dr. André Ventura tem de decidir se quer chumbar o Governo do PSD e abrir portas à esquerda", afirmou. Confrontado com esta questão, o líder do Chega reiterou as suas condições para essa viabilização: "O Chega só aceita um Governo de direita em que possa fazer transformações e isso implica presença no Governo", disse. Pois é!... Mas eu não quero uma "Geringonça 2.0"

Debate António Costa x Jerónimo de Sousa - 04jan2022

Debate Cotrim Figueiredo x Rodrigues dos Santos - 05jan2022

Com o debate de hoje entre IL e CDS fiquei a perceber porque é que a Iniciativa Liberal cresce e o CDS minga... eu já desconfiava mas hoje tive a confirmação que Cotrim Figueiredo sabe ser um líder partidário, ao contrário do Xicão que até me faz lembrar o André Ventura na forma como debate política.

David Ribeiro - O que mais me irritou neste debate foram as graçolas de mau gosto que o Xicão usou para tentar fazer valer os seus parcos argumentos. Nisto até conseguiu superar o André Ventura. E é nestas pequenas (grandes) coisas que se faz a opinião.

Debate Rui Rio x Catarina Martins - 05jan2022

Para mim uma coisa ficou clara neste debate: Rui Rio é um social democrata e Catarina Martins está muito longe de o ser.

David Ribeiro - Mas uma coisa também é certa... Rui Rio continua a ser o "casmurro" que sempre foi e já era tempo de ouvir os seus conselheiros (se é que os tem) e saber falar para audiências. Continua um mau comunicador.

Paulo Jorge Teixeira - David Ribeiro e insiste no erro. Quem prepara o homem para os debates deve vir de uma agência de publicidade do Burkina Faso pedindo desculpa desde já ao país pela comparação.

Será desta?... Duvido

Porque será que tudo isto me cheira a muito requentado?... É que nunca esquecerei ter sido o PS de António Guterres (juntamente com Marcelo Rebelo de Sousa, o atual Presidente da República) que tornou praticamente inviável de ser implementada a REGIONALIÇÃO à luz da Constituição. E isto não podemos esquecer.

Operação Miríade

No seguimento da investigação a uma rede criminosa que se dedicava, entre outros ilícitos, ao contrabando de diamantes, ouro e tráfico de droga, com origem no contingente militar português em missão da ONU na República Centro-Africana, no dia de ontem (terça-feira, 09nov2021) os 11 detidos nesta ‘Operação Miríade’ - militares, um advogado, um agente da PSP e um guarda da GNR - foram presentes ao juiz no Juízo de Instrução Criminal de Lisboa e cinco deles prestaram declarações no interrogatório. Os outros seis optaram por ficar em silêncio. As diligências são retomadas esta manhã no Campus da Justiça em Lisboa. Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que da rede criminosa fazem ainda parte várias dezenas de pessoas e cerca de 40 empresas, algumas que funcionavam como "fachada" para os negócios. Medidas de coação aplicadas pelo juiz de instrução Carlos Alexandre

Dois dos 11 arguidos alegadamente envolvidos num esquema de tráfico de diamantes em missões da ONU na República Centro-Africana vão ficar em prisão preventiva. Quatro arguidos ficam suspensos do exercício da profissão, proibidos de contactar os outros arguidos e de se ausentar do país. Nove dos arguidos ficam ainda obrigados a apresentações periódicas às autoridades. Quem não avisou quem… é o que se quer saber

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, sabia das investigações em curso - os factos remontam a 2019 - e não informou nem o Primeiro Ministro, nem o Presidente da República, nem o ministro dos Negócios Estrangeiros. Procurando desdramatizar essa ausência de informação, o ministro da Defesa invocou a necessidade de preservar o segredo da investigação. "Não, não me compete saber processos que estão em segredo de justiça", disse. E acrescentando logo de seguida que a informação circulou exatamente nos termos em que tinha de circular. "Quanto ao único elemento com relevância do ponto de vista de política externa, nós temos um canal de comunicação direto entre o Ministério de Defesa Nacional e o departamento das Nações Unidas responsável pelas missões de paz e esse canal foi ativado para informar a ONU em devido tempo." Comentando o caso, Marcelo Rebelo de Sousa disse apenas que o ministro da Defesa lhe justificou a ausência de informação - mas sem fazer acrescentar juízos de valor: "O senhor ministro da Defesa Nacional, hoje, por outras razões, falou comigo, e explicou-me que naquela altura comunicou às Nações Unidas, porque se tratava de uma força das Nações Unidas, que havia suspeitas relativamente a um caso em investigação judicial, e que na base de pareceres jurídicos tinha sido entendido que não devia haver comunicação a outros órgãos, nomeadamente órgãos de soberania, Presidência da República ou parlamento."

Votação do Orçamento do Estado no Parlamento

No debate de ontem António Costa assumiu: Se 'geringonça' morrer "será uma enorme frustração pessoal". PCP, Verdes e BE colocaram em Costa a responsabilidade de fazer aprovar OE. O Primeiro-ministro colocou em cima da mesa a possibilidade de governar em duodécimos. "Veremos o que decide o PR fazer ou não fazer", afirmou.

Segundo o Expresso no dia de ontem Marcelo pediu a Ferro Rodrigues para acompanhar a situação de crise iminente, Ferro chamou os partidos para os ouvir sobre o que se segue, se o Orçamento chumbar esta quarta-feira. Mas a posição que ouviu da esquerda contradiz a tese do Presidente da República: BE, PCP, PEV e PAN entendem que o PR não deve dissolver logo o Parlamento e, antes, dar oportunidade a Costa para que negoceie um novo Orçamento. Marcelo levará a sua adiante, ou seguirá a maioria dissolvente?

Dia D no Parlamento: hoje ao início da tarde é dia de votação do Orçamento - e o risco iminente é de chumbo do documento e de queda do Governo. O DN diz esta manhã que o documento pode passar sem votação. Pode? Sim, as regras permitem-no. Mas uma fonte do Governo ouvida pelo Expresso diz que o Governo não quer. A palavra de ordem, para já, é clarificação. Será? Capa do El País de hoje

Na TSF, hoje de manhã, José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, apelou a Rui Rio para viabilizar o Orçamento e, assim, mostrar que “António Costa não tinha razão quando disse que não contava com o PSD”. Hilariante!.. Continuação do debate na generalidade do OE2022 João Leão, ministro de Estado e das Finanças, abriu o segundo dia de trabalhos e afirmou: "Há seis anos o país era bem diferente"; Orçamento de 2022 é "fundamental para a recuperação"; "Não é tempo de arriscar tudo e deitar tudo a perder".

Pelo PSD, Duarte Pacheco fala em "manta de retalhos" e questiona Leão sob impacto das cedências à esquerda.

O deputado socialista Filipe Neto Brandão insiste que o OE2022 é o "Orçamento mais à esquerda" que o atual Governo aprovou nos últimos seis anos.

"Acolher propostas é diferente de decidir que medidas devem ser aceites e integrar essas ideias como suas", começa por dizer Mortágua, a deputada do BE, que segue para um bloco de perguntas a que diz que o Governo não respondeu.

O deputado do PAN, Nelson Silva, questiona se Governo vai rever crescimento do PIB.

João Almeida, do CDS, diz que Costa quer eleições.

João Leão diz que "o último orçamento que o Bloco aprovou" era pior.

O deputado Jorge Paulo Oliveira, do PSD, contesta tese do Governo de convergência com a UE.

Alma Rivera, do PCP, acusa OE de "adiar vida dos jovens".

André Ventura dirige-se a uma deputada do PS que antes tinha falado. E recua aos orçamentos de Sócrates que começaram a cortar e congelar salários: “Hipocrisia e grande falta de memória histórica”.

O deputado liberal João Cotrim de Figueiredo acusa o Governo de só ser "bom em propaganda".

Bebiana Cunha, do PAN, diz que o apoio aos animais de companhia é também “apoio social” e pede mais.

João Leão diz que tudo melhorou com o Governo PS, tudo piorou com Governo da direita.

BE e a importância de acordos escritos. “Em 2019, tudo mudou” na relação com o Governo, garante Pedro Filipe Soares.

"Falsidades", "inverdades" e "encenação". Ana Catarina Mendes, lider parlamentar do PS, atira-se ao BE.

Depois de Ana Catarina Mendes engrossar o discurso contra o Bloco de Esquerda, acusando o partido de "inverdades", o ambiente no plenário da Assembleia da República aqueceu. Afirmou Pedro Filipe Soares: "Ouvi-a com toda a serenidade, incluindo quando me chamou mentiroso".

Deputada socialista Isabel Rodrigues: "Honramos o compromisso de combater a pobreza infantil".

Temido elogia antigos parceiros: "São factos de que nos orgulhamos e que construimos com os partidos de esquerda".

No fim do discurso, a ministra da Saúde cita José Mário Branco para dizer que Governo e esquerda ainda se irão "encontrar": "Eu vim de longe / De muito longe / O que eu andei p'ra'qui chegar / Eu vou p'ra longe / P'ra muito longe / Onde nos vamos encontrar".

Paula Santos do PCP, diz a Marta Temido que é preciso mais investimento no SNS para dar melhor serviço ao país - "não com a transferência de prestações para os privados".

Moisés Ferreira recorda os vários casos de demissões por bloqueio de vários serviços no SNS. "Demitiram-se não para fazer oposição ao Governo, mas porque têm falta de profissionais". "Este orçamento não se lembra destes profissionais", diz o deputado bloquista.

Discursos de encerramento do debate do OE2022 João Cotrim de Figueiredo, líder do Iniciativa Liberal (IL), elogia fim da geringonça e diz que é preciso "desinstalar o socialismo" do país.

André Ventura, líder do Chega, quer trocar faixas de "fascismo nunca mais" por "socialismo nunca mais".

A deputada d'Os Verdes (PEV), Mariana Silva, disse: “Problemas vão-se avolumar e contas vão ficar cada vez mais incertas".

Líder do PAN, Inês Sousa Real, arrasa Bloco e PCP e é aplaudida pela bancada do PS.

Geringonça "caiu exclusivamente pelas suas mãos e não merece outra oportunidade", diz Cecília Meireles do CDS.

PCP, por João Oliveira, recusa discurso de "passa culpas" quanto a chumbo de OE.

Catarina Martins do BE: “Estas escolhas não têm nada de esquerda” e mais, "a geringonça foi morta pela obsessão pela maioria absoluta".

Rui Rio diz que Costa "enfraqueceu poder negocial" quando disse que Governo cairia no dia em que dependesse do PSD.

Ana Catarina Mendes do PS: "Ninguém compreende que se levantem ao lado do PSD, CDS, IL e do Chega a votarem contra este Orçamento".

António Costa sobe ao púlpito para o discurso deste encerramento. "Fiz tudo, tudo o que estava ao meu alcance para assegurar a viabilidade deste orçamento". "O Governo cumpriu a sua parte". Costa pede para que a esquerda deixe o Orçamento ir à especialidade e cita PAN. "Não é pedir um cheque em branco. Qual a justificação? Qual a racionalidade?". Costa ataca BE em particular e apela a que esquerda não junte os seus votos aos votos da direita. "Com quem quer estar? Com o Governo do PS ou somar-se à direita contra o Governo do PS". Costa assume que fim da geringonça é "derrota pessoal" e que geringonça em 2015 "não foi solução de recurso". Costa não quer desistir da 'geringonça' e pede "maioria reforçada, estável e duradoura" e ataca "velha ladaínha" da direita e de Rio. Agora está tudo na mão do Presidente da República.

Votação: 117 contra (PSD, BE, PCP, CDS, PEV, IL e Chega); 108 a favor (PS); 5 abstenções (PAN e duas deputadas não inscritas).

A crise política está aberta

O Bloco de Esquerda tinha anunciado no domingo que não estava disponível para viabilizar o Orçamento de Estado e esta manhã, depois das duas deputadas independentes terem anunciado as primeiras abstenções, o PAN seguiu o mesmo caminho (pelo menos na primeira votação). Mas Jerónimo de Sousa acabou por anunciar que o voto do PCP se mantém contra - "foram longas as horas de discussão, mas o Governo não nos quis acompanhar". Marcelo diz que vai esperar até ao último minuto, mas está pronto a dissolver a AR.

Da Mota Veiga Suzette - Cá estamos de nova numa situação instável! Prejudica muito o País! Imagine, se em Portugal não houvesse greve, o governo faz compromissos com a oposição, todos sabem que o bom funcionamento da economia, do sistema pode trazer mais investimentos, mais trabalho, mais riqueza e mais bem estar, o Pais ficava semelhante a Suíça, quem não queria? E se António Costa der um ministério ao BE, este é capaz de fazer flic-flac à retaguarda e viabilizar o Orçamento. Não acham?

Jorge Veiga - ...só se for o da Cultura Hummm!... Não quero ter razão antes do tempo, mas ouvi uns zum-zuns que me põem a acreditar num eventual volte-face, que ainda permita a aprovação, na generalidade, do Orçamento de Estado para 2022.

Jorge De Freitas Monteiro - David Ribeiro, creio, sem disso estar certo, que é o que vai acontecer

Jose Antonio M Macedo - David Ribeiro… Também pressinto o mesmo. Aguardemos.

Be Maria Eugénia - Claro que vai ser aprovado. Tudo show off !!!

David Almeida - Claro que tudo isto é 'conversa pra boi dormir' porque os meninos não vão largar mão do poleiro e sugeitar-se a votações, onde terão tudo a perder!!! E quando esta madrugada me fui deitar, já passava das duas horas, era este o ponto da situação.

OE2022 - O folhetim dos últimos dias

(Ilustração de Rafael Costa no DN)

PS desgastado e em perda;

PSD a crescer e em transição;

Bloco - O fantasma de 2011;

CDU - Jogada de vida ou de morte;

CDS-PP - O risco de desaparecer;

PAN - Um teste à nova liderança;

Chega ansioso por eleições;

Iniciativa Liberal - Objetivo é crescer.

Terceira e última fase do desconfinamento

Covid-19. Tudo o que muda (e o que se mantém) a partir de outubro.

Portugal continental passa a estar em Situação de Alerta;

Abertura de bares e discotecas para pessoas com certificado digital ou teste negativo;

Fim dos limites de horários;

Restaurantes sem limite máximo de pessoas por grupo;

Fim da exigência de certificado digital em restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local;

Fim do limite de lotação no comércio, casamentos e batizados e espetáculos culturais;

Certificado digital ou teste negativo necessário para viagens marítimas e aéreas, em visitas a lares e estabelecimentos de saúde. O mesmo é verificado para acesso a grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos;

Máscara continua a ser obrigatória em transportes públicos, lares, hospitais, salas de espetáculo e eventos, grandes superfícies e locais interiores de permanência prolongada;

Máscaras deixam de ser obrigatórias nos recreios das escolas. A DGS irá também atualizar as normas sobre confinamento nos próximos dias;

A máscara também deixa de ser obrigatória no comércio local;

Eliminação da testagem em locais de trabalho com mais de 150 trabalhadores;

Fim da limitação à venda e consumo de álcool;

Fim da necessidade de certificado ou teste nas aulas de grupo em ginásios.

Popularidade de Marcelo e Costa

É um verdadeiro cartão amarelo o que é mostrado, este mês, a Marcelo Rebelo de Sousa. Mas é ainda pior para António Costa, que se aproxima do vermelho. De acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, a popularidade dos dois líderes cai a pique e o primeiro-ministro tem agora escassos seis pontos de saldo positivo (diferença entre avaliações positivas e negativas). Este mês, a queda do presidente foi mais acentuada, mas o facto de partir de um patamar muito elevado permite-lhe manter um generoso saldo positivo de 37 pontos. Mais, sobre a sondagem publicada no JN de hoje Governo: 81% pedem remodelação, com Cabrita no topo da lista Oposição vai de mal a pior com novo recorde negativo

Surpresa!... Alguém estava à espera disto?

Comentários no Facebook Gianpiero Zignoni - É para queimar. David Ribeiro - Também me parece, Gianpiero Zignoni. Embora Eduardo Pinheiro tenha um curriculum autárquico interessante em Matosinhos, não me parece que seja suficientemente conhecido na Invicta para se lançar nesta luta. Mas o tempo o dirá.

Rodrigo Falcão Moreira

Cecilia Bastos Bastos - Temos pena o PS merecia mais no Porto. Rui Moreira deve estar contente David Ribeiro - O PS é cada vez mais um partido centralista, Cecilia Bastos Bastos. Tinha que ser o Largo do Rato a escolher o candidato socialista à Câmara do Porto.

Eduardo Nuno Rodrigues e Pinheiro nasceu em 1979.

Pós-graduado em Gestão de Entidades Públicas e Autárquicas pelo INDEG-IUL ISCTE Executive Education e licenciado em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa.

Desde 2002 que integrou diversas estruturas de gestão de fundos comunitários na área da formação e do emprego no âmbito do QCAIII e do QREN, sob a tutela dos Ministérios da Economia e da Segurança Social, exercendo funções técnicas e de direção.

A partir de outubro de 2013 ocupou o cargo de Vice-Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos até ao início de janeiro de 2017, momento em que assume a Presidência da Câmara, até ao final do mandato então em curso (2013-2017), e passa igualmente a acumular os cargos de Presidente do Conselho de Administração das empresas municipais Matosinhos Habit, E.M. e Matosinhos Sport, E.M..

Ainda em janeiro de 2017, assume a Presidência da Assembleia Geral da Casa da Arquitetura – Centro Português de Arquitetura.

Desde 2013, integrou a Assembleia Intermunicipal LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto.

Entre janeiro de 2017 e maio de 2019, exerceu o cargo de Presidente da Assembleia Geral do Metro do Porto.

Em outubro de 2017 assumiu o cargo de Vice-Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, com responsabilidade nos pelouros do Planeamento e Ordenamento do Território; da Reabilitação Urbana; da Gestão e Fiscalização Urbanística e das Finanças e Património.

Em dezembro de 2018 foi eleito vice-presidente do Conselho de Administração da Agência de Energia do Porto (AdEPorto). Quem apoiava e quem não apoiava José Luís Carneiro

Notícia completa aqui

20h33 de 09jun2021 - ÚLTIMA HORA

Últimas sondagens conhecidas

Barómetro da Aximage para o JN, DN e TS

Avaliação de desempenho

Primeiro-ministro regista o seu pior resultado de sempre nesta série de barómetros (50%). Presidente da República está bastante mais acima (70%) e, no que toca à confiança, vale agora quatro vezes mais.

Avaliação da Oposição e do Governo

Analisando geograficamente a popularidade do primeiro-ministro, na Área Metropolitana do Porto verifica-se uma queda de 19 pontos. Mas ainda não temos uma oposição forte e credível.

Sondagens conhecidas este fim-de-semana

Eurosondagem (para Porto Canal e Nascer do Sol)

PS - 40,0%; PSD - 27,2%; Chega - 8,4%; BE - 5,5%;

CDU - 5,0%; I.Liberal - 2,7%; CDS - 2,5%; PAN - 2,2%. Aximagem (para JN e TSF)

PS - 38,9%; PSD - 24,0%; BE - 8,0%; Chega - 7,0%;

I. Liberal - 5,2%; CDU - 5,0%; PAN - 3,7%; CDS - 1,4%; Livre - 0,3%. O gráfico da evolução das sondagens nos últimos dois meses fica assim…

Hummm!... Será desta?

"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Voos humanitários portugueses

O Presidente da República recebeu ontem, ao final da manhã, no aeródromo militar de Figo Maduro, em Lisboa, 267 refugiados ucranianos que chegaram num avião fretado, vindo de Lublin, no leste da Polónia. Esta foi uma iniciativa de dois empresários, Roman Kurtysh, ucraniano residente em Portugal, e José Ângelo Neto, português, que criaram a associação Ukrainian Refugees UAPT, e que contou com apoios da companhia aérea Euroatlantic, da Galp e do Estado português. "À sua maneira, esta foi uma história exemplar: tivemos a sociedade civil a tomar a iniciativa, tivemos o poder político a atuar em conjunto, com relevo naturalmente para o Governo, as câmaras municipais, o poder autárquico a atuar, a embaixada sempre presente, e o voluntariado a permitir esta operação", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, perante os jornalistas, após a chegada do avião. No aeródromo de trânsito n.º1 da Força Aérea Portuguesa estiveram também as ministras de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e da Administração Interna, Francisca Van Dunem, e a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets. O chefe de Estado referiu que “no sábado passado à tarde apareceram em Belém o José Ângelo e o Roman Kurtysh, que disseram: nós temos com o apoio da Euroatlantic a hipótese de mandar 35 toneladas por avião de equipamento, alimentos e medicamentos, e trazer 267 pessoas, crianças, mulheres, jovens, mulheres jovens, e fazer isto de imediato, precisamos que seja declarado este voo humanitário”. “De imediato foi contactada a senhora ministra da Presidência, porque é o Governo que deve tratar dessas matérias, e a resposta do Governo foi inexcedível. Em conjunto com câmaras, a Câmara da Azambuja, a Câmara de Pinhel, também a Câmara de Lisboa”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa. Nos últimos dois dias, pelo menos mil pessoas viajaram para Portugal desde a cidade de Varsóvia, na Polónia, para escapar ao conflito e há pelo menos mais um avião de partida para território português já na noite de ontem [quinta-feira, 10mar2022] que deve transportar "algumas dezenas" de refugiados. Os dados foram avançados pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, que tem estado na Polónia a gerir o processo de saída. Um pouco a Sul da Polónia, na Roménia, está uma equipa da câmara municipal de Cascais que já tem, entre as pessoas que vai transportar num A321 fretado, idosos e recém-nascidos. O vice-presidente da autarquia, Miguel Pinto Luz, está na zona de Bucareste, capital do país e prepara uma viagem que pode transportar cerca de 200 pessoas. Portugal concedeu até esta quinta-feira 5.213 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, revelou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O Governo português concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra. Segundo uma resolução do Conselho de Ministros, aos requerentes de proteção temporária é atribuída, de forma automática, autorização de residência por um ano, que pode ser prorrogada duas vezes por um período de seis meses. Estes pedidos podem ser apresentados nos centros nacionais de Apoio à Integração de Migrantes e nas delegações regionais do SEF.

Segundo dados do portal da Agência da ONU para os Refugiados mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde que a Rússia invadiu aquele território.

Contagem mais recente de refugiados atualmente presentes em cada país (não o número de entradas):

Polónia – 1.412.503; Hungria – 214.160; Eslováquia – 165.199;

Rússia – 97.098; Roménia – 84.671; Moldávia – 82.762;

Bielorrússia – 765; Outros países europeus – 258.844.

A maioria das chegadas são mulheres e crianças. Todos os homens com idade entre 18 e 60 anos foram impedidos de deixar a Ucrânia para ficar e lutar. Garantiram-me que é verdade!... mas deve ser tanga

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia iniciaram ontem [quinta-feira, 10mar2022] em Versalhes uma cimeira de dois dias originalmente consagrada à economia, mas que se focará agora na defesa e energia, por força da ofensiva russa na Ucrânia. Os líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, vão designadamente discutir, no histórico Palácio de Versalhes, formas de reduzir a dependência europeia do petróleo e do gás russo e como lidar com o aumento dos preços da energia. Com calma e tudo a seu tempo... António Costa, considerou, esta quinta-feira, que a adesão à União Europeia não é a resposta adequada. "O que a Ucrânia hoje precisa é de uma resposta urgente e efetiva", e cabe aos 27 serem "imaginativos, dar uma resposta que seja concreta, rápida e que produza o efeito essencial, que é apoiar a reconstrução da Ucrânia, dar confiança aos ucranianos no futuro do seu desenvolvimento económico". "Sem demora"... mas sem atropelos e com cabeça fria, digo eu. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou uma das conclusões do encontro em Versalhes, França: "sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do caminho europeu". Como a nossa comunicação social diz tudo e o seu contrário, aqui está a VERSÃO OFICIAL da reunião do Conselho Europeu.

Declaração dos chefes de Estado ou de Governo, reunidos em Versalhes, sobre a agressão militar da Rússia contra a Ucrânia, 10 de março de 2022 (03h00 de 11mar2022)

1. Há duas semanas, a Rússia trouxe de volta a guerra à Europa. A agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas e compromete a segurança e a estabilidade na Europa e no mundo. E está a infligir um sofrimento indizível à população ucraniana. A responsabilidade por esta guerra de agressão cabe inteiramente à Rússia e à sua cúmplice Bielorrússia, e as pessoas responsáveis serão chamadas a prestar contas pelos seus crimes, incluindo os ataques indiscriminados contra civis e bens de caráter civil. A este respeito, congratulamo-nos com a decisão de abrir um inquérito tomada pelo procurador do Tribunal Penal Internacional. Apelamos a que a proteção e segurança das instalações nucleares da Ucrânia seja imediatamente assegurada com a assistência da Agência Internacional da Energia Atómica. Exigimos à Rússia que cesse a sua ação militar e retire todas as forças e equipamento militar de todo o território da Ucrânia, imediata e incondicionalmente, e respeite plenamente a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas.

2. Saudamos o povo da Ucrânia pela sua coragem na defesa do seu país e dos valores da liberdade e da democracia que partilhamos. Não o abandonaremos à sua sorte. A UE e os seus Estados-Membros continuarão a prestar um apoio coordenado a nível político, financeiro, material e humanitário. Estamos empenhados em prestar apoio à reconstrução de uma Ucrânia democrática, uma vez terminada a ofensiva russa. Estamos determinados a aumentar ainda mais a nossa pressão sobre a Rússia e a Bielorrússia. Adotámos sanções significativas e continuamos prontos a avançar rapidamente com novas sanções.

3. Inúmeras pessoas estão a fugir da guerra na Ucrânia. Oferecemos proteção temporária a todos os refugiados de guerra da Ucrânia. Saudamos os países europeus, nomeadamente os que fazem fronteira com a Ucrânia, pela imensa solidariedade de que dão mostras ao acolher os refugiados de guerra ucranianos. A UE e os seus Estados-Membros continuarão a demonstrar solidariedade e a prestar apoio humanitário, médico e financeiro a todos os refugiados e aos países que os acolhem. Apelamos a que, sem demora, sejam disponibilizados fundos através da rápida adoção da proposta relativa à Ação de Coesão a favor dos Refugiados na Europa (CARE) e através da ReactEU. Exortamos a Rússia a cumprir integralmente as suas obrigações por força do direito humanitário internacional. A Rússia tem de garantir o acesso humanitário seguro e sem entraves às vítimas e às pessoas deslocadas internamente na Ucrânia, bem como permitir a passagem segura dos civis que pretendam sair.

4. O Conselho Europeu reconheceu as aspirações europeias e a opção europeia da Ucrânia, em conformidade com o Acordo de Associação. Em 28 de fevereiro de 2022, o presidente da Ucrânia, exercendo o direito do seu país a escolher o seu próprio destino, apresentou o pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia. O Conselho agiu com rapidez e convidou a Comissão a dar o seu parecer sobre esse pedido de adesão, em conformidade com as disposições pertinentes dos Tratados. Na pendência desse parecer, vamos desde já reforçar ainda mais os nossos laços e aprofundar a nossa parceria, a fim de apoiar a Ucrânia na sua via europeia. A Ucrânia faz parte da nossa família europeia.

5. O Conselho convidou a Comissão a apresentar os respetivos pareceres sobre os pedidos de adesão da República da Moldávia e da Geórgia.

Guerra na Europa

Levantei-me às sete horas, liguei o rádio e as notícias eram terríveis: Enquanto decorria a reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente russo anunciou o lançamento de uma "operação militar especial" na Ucrânia; Há explosões por todo o país e invasão a larga escala; Ucrânia pede ajuda; NATO, G7 e Conselho Europeu reunem-se hoje; Marcelo Rebelo de Sousa convoca reunião do Conselho Superior de Defesa. 09h02, Al Jazeera

A Rússia lançou uma invasão total da Ucrânia por terra, ar e mar, o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e a confirmação dos piores temores do Ocidente. Explosões podem ser ouvidas desde o amanhecer na capital ucraniana, Kiev. Tiros ecoaram perto do aeroporto principal e sirenes soaram por toda a cidade. 09h25, Al Jazeera

10h32, CNN Portugal

O Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu hoje, 24 de fevereiro de 2022, em sessão extraordinária, sob a presidência de Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, para se inteirar da situação na Ucrânia e eventual participação de Forças Nacionais no âmbito da NATO.

Com base na posição de princípio expressa pelos órgãos de soberania, nomeadamente, o Presidente da República, o Primeiro-ministro e pelo representante da Assembleia da República do principal partido da oposição, e atendendo à informação analisada, o Conselho deu, por unanimidade, parecer favorável às propostas do Governo para a participação das Forças Armadas Portuguesas no âmbito da NATO, que se seguem:

1. Ativação da Very high readiness Joint Task Force (VJTF) e das Initial Follow-On Forces Group (IFFG) para eventual empenhamento nos planos de Resposta Graduada da NATO,

2. Eventual antecipação do segundo para o primeiro semestre de projeção de uma companhia do Exército para a Roménia.

13h47, Al Jazeera

O Ministério da Defesa da Rússia informou que as suas forças destruíram 74 infraestrutura militares acima do solo na Ucrânia, incluindo 11 aeródromos.

A Al Jazeera noticiou há momentos [15h25 GMT] que as forças ucranianas estão em combate com as tropas russas que pretendem capturar a antiga central nuclear de Chernobyl. Confesso que não consigo entender qual o interesse numa central nuclear desativada, mas poderá dar-se o caso de ser eu que não estou suficientemente bem informado sobre a situação atual naquela região do norte da Ucrânia. Segundo notícias conhecidas já na manhã de sexta-feira, 25fev2022, a Rússia enviou pára-quedistas para proteger a desativada central nuclear de Chernobyl de eventuais sabotagens. 16h35, The New York Times

O ataque da Rússia à Ucrânia atingiu as principais cidades e aeroportos de todo o país, com bombardeamentos em mais de uma dúzia de cidades e vilas, incluindo os arredores da capital, Kiev.

Mais umas horas e seguramente o governo ucraniano de Volodymyr Zelensky vai ser "decapitado". E Putin lá irá colocar em Kiev um governo fantoche, a exemplo do que fez na Bielorrússia há uns anos. Triste sina a destes povos das ex-repúblicas soviéticas que nunca conseguiram uma verdadeira independência.

Um dia "quente" no «Um novo norte para o Norte»

Ontem foi um dia "quente" no Grupo do Facebook "Um novo norte para o Norte". Ora vejam...

Desconhecia este "acontecimento"... mas diz muito sobre quem é Rui Rio. Paulo Moura na sua página do Facebook

Rio nos bastidores

Há uns anos, fiz, para o Público, uma grande entrevista a Rui Rio, quando ele era presidente da Câmara do Porto. Correu mal.

Em parte, a culpa foi minha: como, na altura, Rio se recusava a dar entrevistas, alegando que os jornalistas lhe deturpavam as declarações, eu propus mostrar-lhe o texto, antes da publicação, para ele confirmar que não havia declarações deturpadas ou colocadas fora de contexto.

Ele aceitou. Fui para o Porto, a entrevista durou várias horas e falámos de tudo, sem condições nem pedidos de “off”. Pelo menos um terço da conversa foi sobre o tema na ordem do dia: as relações tensas entre Rio e o Futebol Clube do Porto.

Regressei a Lisboa, transcrevi e editei o texto e enviei-o a Rio, como combinado.

Nem meia-hora depois, liga a secretária da presidência: o Sr Dr vai enviar correcções.

Quando chegaram, a entrevista estava irreconhecível. Toda a parte sobre o FCP tinha sido eliminada e as outras respostas completamente alteradas, reduzidas a frases vazias e pomposas.

Liguei a Rio lembrando-lhe que nenhuma restrição havia sido pedida quando ao tema do FCP. Se isso tivesse acontecido, aliás, eu ter-me-ia recusado a fazer entrevista, uma vez que se tratava do tema mais importante da conversa.

Rio respondeu não se ter apercebido previamente de que as afirmações dele agravariam ainda mais a crise com o FCP, pelo que decidira entretanto apagá-las da entrevista.

Quanto às outras respostas, perguntei-lhe se havia alguma incorrecção da minha parte. Disse que não. Estavam correctas, mas não poderiam ser apresentadas assim. “Eu não sou o Zé dos Anzóis”, explicou. “O presidente da Câmara da segunda cidade do país não fala assim”, disse ele, referindo-se à forma como realmente tinha falado, na entrevista. “O presidente tem de se expressar com uma certa formalidade”.

E com base neste argumento, adulterou por completo a entrevista, transformando-a num rol de declarações inócuas e ocas.

Ainda tentei um compromisso, suavizando algumas respostas, sem lhes alterar o sentido. Ele recusou, exigindo a alteração radical, eu declinei, numa série de telefonemas, cada vez menos cordais, pela noite dentro. Quando viu que não me convencia, Rui Rio começou a ser agressivo, insinuando ameaças. E quando lhe disse que o texto (inalterado) já seguira para a gráfica, tornou-se realmente grosseiro.

A entrevista seria o tema de capa da Pública, a revista de domingo do Público. Mas na sexta à noite a Direcção do jornal recebe um telefonema da redacção do Porto: “Está aqui um representante da Câmara, com dois advogados, a dizer que apresentaram uma providência cautelar ao tribunal, para que a revista não saia.”

Naquela altura, o Público vendia mais de 100 mil exemplares ao domingo. A apreensão de todos os exemplares significaria um rombo financeiro muito sério para o jornal.

Felizmente, o juiz não reconheceu mérito às razões da Câmara, e recusou a providência cautelar. A entrevista saiu, inalterada.

Publicamente, Rui Rio não se queixou.

(A foto é do Fernando Veludo) Muitos foram os membros deste Grupo que desde a manhã de hoje me têm vindo a "puxar as orelhas" por eu ter publicado um post em que partilhava a notícia de Paulo Moura com o título "Rio nos bastidores". Agora quero ver o que aqui se dirá por partilhar isto.

E já agora: A dias de “botar o papelinho na caixa” só sei perfeitamente em quem não vou votar. Nuno Costa Santos na sua página do Facebook

Vale a pena ler esta análise com a qual concordo inteiramente. O que mais me espanta é chegarmos aos anos 20 deste século e vermos supostos spin-doctors da treta a fazer campanhas como algumas que temos visto e políticos inteligentes deixarem-se cair nas suas patranhas incompetentes. Campanhas baseadas em mentiras e soundbites, que descaracterizam os personagens e achando que se bastam pela imbecilidade do eleitorado e sem qualquer ideia de futuro. As pessoas não votam no passado nem na obra feita. Nem na mercearia de supostas traições políticas e orçamentais. Votam naquilo que cada um tem para lhes oferecer e se atrás disso houver credibilidade. Destruir o carácter de cada candidato, transformando-os em autómatos arrogantes e zangados, que se limitam à gabarolice da contabilidade do que fiz no verão passado ou no mandato que está a acabar, é um erro que julgava ser tão evidente que não pudesse já ser cometido por ninguém. Costa é melhor do que isto e, mesmo que o diretor do Público hoje venha escrever que Rio é pior do que tem mostrado, os buracos nos sapatos do líder do PS já lá estão bem cravados. E depois de dar tiros nos pés tão consecutivamente, é muito difícil corrigir. Alguém deveria ter aprendido as lições das autárquicas, mas pelos vistos, com todos esses erros, fizeram um manual que tão bem a Maria João Marques explica no Público. Pois eu até concordo na generalidade com o programa do PSD, mas não tenho nenhuma confiança em Rui Rio. Por outro lado, a malta do Largo do Rato tenho-a cada vez mais como perigosa, principalmente se António Costa “se reformar da política nacional” e o barco ficar entregue a Pedro Nuno Santos. Sou capaz desta vez, pela primeira vez desde que voto, ir colocar a cruzinha para tentar eleger Deputado da Nação pelo meu círculo eleitoral alguém por quem tenho grande simpatia, apreço e consideração. Nem sempre estamos de acordo no que à política diz respeito, mas sabemos conversar e até nos entendemos em muitas coisas. Acho bem... não só porque uma maioria na Assembleia da República de “180,190 ou 200 deputados” é o que as sondagens apontam para PS e PSD, ganhe quem ganhar, mas também porque assim se evitaria uma "Geringonça 2.0".

No final deste dia foram conhecidas dois estudos de mercado para as Legislaitvas2022: a Tracking Poll (trabalho de campo da Pitagórica) para a TVI e CNNPortugal; mais uma sondagem do do ISCTE-ICS para o Expresso e SIC. No gráfico todas as sondagens conhecidas nestes últimos dez dias antes das eleições.

O PAN é um "Cavalo de Troia"

Digam lá, mas sinceramente e sem "clubite" partidária, esta Geringonçazinha tem pernas para andar? Para mim o PAN não passa de um "Cavalo de Troia"... entrou devagarinho e com uma filosofia "fofinha" de amor aos animais e depois foi o que se viu. Sondagens conhecidas neste mês de janeiro2022 Todas as sondagens, apesar de serem unicamente o que são, me levam a acreditar que a maioria absoluta, tão desejada por António Costa, é muito pouco provável. Mas parece estar a desenhar-se uma “Geringonça 2.0”. Mas não nos esqueçamos que além de "maioria absoluta" ou "Geringonça 2.0" também temos "alianças pontuais", uma das soluções apontadas por António Costa no debate com Rui Rio - um Governo "à Guterres", com negociação diploma a diploma.

Debate eleitoral do tudo ou nada

O secretário-geral do PS e atual Primeiro-Ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, encontraram-se ontem no cineteatro Capitólio, em Lisboa, para o mais importante debate desta campanha eleitoral para as Legislativas2022, com transmissão nas três televisões generalistas e moderação de João Adelino Faria (RTP), Clara de Sousa (SIC) e Sara Pinto (TVI). Coisas importantes do debate

Rio diz que fez oposição “civilizada” mas com “alternativas”, Costa critica propostas “perigosas” de Rio.

Costa admite Governo à Guterres ou opção com o PAN. O líder do PS admitiu governar "diploma a diploma" caso vença as legislativas sem maioria absoluta, tal como chegou a fazer António Guterres, embora tenha admitido que essa é uma solução "difícil".

Impostos. Costa promete reduzir IRS “já”, Rio diz que isso é “insistir nos erros do passado” e lembra percurso de Costa nos governos de Sócrates e Guterres.

Salário mínimo. Rio diz que quer aumentar pela inflação e Costa promete pelo menos 900 euros.

Saúde. SNS "falhou", acusa Rio. Costa acusa Rio de querer SNS só para pobres e classe média a pagar. Rio diz que se deve distinguir “os que podem pagar e os que não podem”.

Costa diz que programa do PSD na justiça é “perigoso” por querer “subordinar a justiça ao poder político. Rio diz que Costa é como Ventura e acusa-o de populismo.

TAP. “Indecente, gravíssimo”, diz Rio, quer quer privatizar o quanto antes. Costa confia no plano de reestruturação. "Não há razões para plano da TAP falhar, Há outras companhias interessadas em comprar 50%", assegura Costa.

Costa termina o debate a dizer que Rio recorre a "malandrices habituais" para negar crescimento da economia. Quem esteve melhor no debate entre António Costa e Rui Rio

Para mim foi este o melhor comentário sobre o debate de ontem

Ontem… a ver o debate. (Roubei esta linda foto à Chloe Pairel, que a publicou na página “Amis qui aiment Levrier whippet”)

Debates televisivos para as Legislativas2022

António Costa disse que uma solução estável "só é possível com uma maioria do PS". Rui Rio garantiu que "é impossível haver uma coligação com o Chega". Já tenho dois motivos para votar PSD… e, politicamente falando, nem morro de amores por Rui Rio.

Nuno Matos Pereira - Mas o David vota num representante que defenda o seu distrito ou vota num primeiro ministro para o governo?

João Simões - Não sabia que o David agora votava diretamente no PM. Nem sabia que tinha gostado da governação de Rio, no Porto.

David Ribeiro - Eu voto para um Parlamento donde sairá um Governo. Obviamente que me terei de identificar politicamente com quem integra as listas em que votarei. Debate André Ventura x Rui Rio - 03jan2022

Ventura continua a garantir que só apoia o PSD se entrar no Governo. Rio não acredita nas ameaças e diz que Chega tem de escolher se viabiliza um Governo de direita ou se faz o frete aos socialistas.

Questionado se prefere entregar o poder ao PS a fazer um entendimento com o Chega, Rio contrapôs com um desafio a André Ventura. "Se o PSD apresentar um programa de Governo na Assembleia da República - não é votado, mas podem meter uma moção de censura - aí naturalmente o dr. André Ventura tem de decidir se quer chumbar o Governo do PSD e abrir portas à esquerda", afirmou. Confrontado com esta questão, o líder do Chega reiterou as suas condições para essa viabilização: "O Chega só aceita um Governo de direita em que possa fazer transformações e isso implica presença no Governo", disse. Pois é!... Mas eu não quero uma "Geringonça 2.0"

Debate António Costa x Jerónimo de Sousa - 04jan2022

Debate Cotrim Figueiredo x Rodrigues dos Santos - 05jan2022

Com o debate de hoje entre IL e CDS fiquei a perceber porque é que a Iniciativa Liberal cresce e o CDS minga... eu já desconfiava mas hoje tive a confirmação que Cotrim Figueiredo sabe ser um líder partidário, ao contrário do Xicão que até me faz lembrar o André Ventura na forma como debate política.

David Ribeiro - O que mais me irritou neste debate foram as graçolas de mau gosto que o Xicão usou para tentar fazer valer os seus parcos argumentos. Nisto até conseguiu superar o André Ventura. E é nestas pequenas (grandes) coisas que se faz a opinião.

Debate Rui Rio x Catarina Martins - 05jan2022

Para mim uma coisa ficou clara neste debate: Rui Rio é um social democrata e Catarina Martins está muito longe de o ser.

David Ribeiro - Mas uma coisa também é certa... Rui Rio continua a ser o "casmurro" que sempre foi e já era tempo de ouvir os seus conselheiros (se é que os tem) e saber falar para audiências. Continua um mau comunicador.

Paulo Jorge Teixeira - David Ribeiro e insiste no erro. Quem prepara o homem para os debates deve vir de uma agência de publicidade do Burkina Faso pedindo desculpa desde já ao país pela comparação.

Será desta?... Duvido

Porque será que tudo isto me cheira a muito requentado?... É que nunca esquecerei ter sido o PS de António Guterres (juntamente com Marcelo Rebelo de Sousa, o atual Presidente da República) que tornou praticamente inviável de ser implementada a REGIONALIÇÃO à luz da Constituição. E isto não podemos esquecer.

Operação Miríade

No seguimento da investigação a uma rede criminosa que se dedicava, entre outros ilícitos, ao contrabando de diamantes, ouro e tráfico de droga, com origem no contingente militar português em missão da ONU na República Centro-Africana, no dia de ontem (terça-feira, 09nov2021) os 11 detidos nesta ‘Operação Miríade’ - militares, um advogado, um agente da PSP e um guarda da GNR - foram presentes ao juiz no Juízo de Instrução Criminal de Lisboa e cinco deles prestaram declarações no interrogatório. Os outros seis optaram por ficar em silêncio. As diligências são retomadas esta manhã no Campus da Justiça em Lisboa. Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que da rede criminosa fazem ainda parte várias dezenas de pessoas e cerca de 40 empresas, algumas que funcionavam como "fachada" para os negócios. Medidas de coação aplicadas pelo juiz de instrução Carlos Alexandre

Dois dos 11 arguidos alegadamente envolvidos num esquema de tráfico de diamantes em missões da ONU na República Centro-Africana vão ficar em prisão preventiva. Quatro arguidos ficam suspensos do exercício da profissão, proibidos de contactar os outros arguidos e de se ausentar do país. Nove dos arguidos ficam ainda obrigados a apresentações periódicas às autoridades. Quem não avisou quem… é o que se quer saber

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, sabia das investigações em curso - os factos remontam a 2019 - e não informou nem o Primeiro Ministro, nem o Presidente da República, nem o ministro dos Negócios Estrangeiros. Procurando desdramatizar essa ausência de informação, o ministro da Defesa invocou a necessidade de preservar o segredo da investigação. "Não, não me compete saber processos que estão em segredo de justiça", disse. E acrescentando logo de seguida que a informação circulou exatamente nos termos em que tinha de circular. "Quanto ao único elemento com relevância do ponto de vista de política externa, nós temos um canal de comunicação direto entre o Ministério de Defesa Nacional e o departamento das Nações Unidas responsável pelas missões de paz e esse canal foi ativado para informar a ONU em devido tempo." Comentando o caso, Marcelo Rebelo de Sousa disse apenas que o ministro da Defesa lhe justificou a ausência de informação - mas sem fazer acrescentar juízos de valor: "O senhor ministro da Defesa Nacional, hoje, por outras razões, falou comigo, e explicou-me que naquela altura comunicou às Nações Unidas, porque se tratava de uma força das Nações Unidas, que havia suspeitas relativamente a um caso em investigação judicial, e que na base de pareceres jurídicos tinha sido entendido que não devia haver comunicação a outros órgãos, nomeadamente órgãos de soberania, Presidência da República ou parlamento."

Votação do Orçamento do Estado no Parlamento

No debate de ontem António Costa assumiu: Se 'geringonça' morrer "será uma enorme frustração pessoal". PCP, Verdes e BE colocaram em Costa a responsabilidade de fazer aprovar OE. O Primeiro-ministro colocou em cima da mesa a possibilidade de governar em duodécimos. "Veremos o que decide o PR fazer ou não fazer", afirmou.

Segundo o Expresso no dia de ontem Marcelo pediu a Ferro Rodrigues para acompanhar a situação de crise iminente, Ferro chamou os partidos para os ouvir sobre o que se segue, se o Orçamento chumbar esta quarta-feira. Mas a posição que ouviu da esquerda contradiz a tese do Presidente da República: BE, PCP, PEV e PAN entendem que o PR não deve dissolver logo o Parlamento e, antes, dar oportunidade a Costa para que negoceie um novo Orçamento. Marcelo levará a sua adiante, ou seguirá a maioria dissolvente?

Dia D no Parlamento: hoje ao início da tarde é dia de votação do Orçamento - e o risco iminente é de chumbo do documento e de queda do Governo. O DN diz esta manhã que o documento pode passar sem votação. Pode? Sim, as regras permitem-no. Mas uma fonte do Governo ouvida pelo Expresso diz que o Governo não quer. A palavra de ordem, para já, é clarificação. Será? Capa do El País de hoje

Na TSF, hoje de manhã, José Luís Carneiro, secretário-geral adjunto do PS, apelou a Rui Rio para viabilizar o Orçamento e, assim, mostrar que “António Costa não tinha razão quando disse que não contava com o PSD”. Hilariante!.. Continuação do debate na generalidade do OE2022 João Leão, ministro de Estado e das Finanças, abriu o segundo dia de trabalhos e afirmou: "Há seis anos o país era bem diferente"; Orçamento de 2022 é "fundamental para a recuperação"; "Não é tempo de arriscar tudo e deitar tudo a perder".

Pelo PSD, Duarte Pacheco fala em "manta de retalhos" e questiona Leão sob impacto das cedências à esquerda.

O deputado socialista Filipe Neto Brandão insiste que o OE2022 é o "Orçamento mais à esquerda" que o atual Governo aprovou nos últimos seis anos.

"Acolher propostas é diferente de decidir que medidas devem ser aceites e integrar essas ideias como suas", começa por dizer Mortágua, a deputada do BE, que segue para um bloco de perguntas a que diz que o Governo não respondeu.

O deputado do PAN, Nelson Silva, questiona se Governo vai rever crescimento do PIB.

João Almeida, do CDS, diz que Costa quer eleições.

João Leão diz que "o último orçamento que o Bloco aprovou" era pior.

O deputado Jorge Paulo Oliveira, do PSD, contesta tese do Governo de convergência com a UE.

Alma Rivera, do PCP, acusa OE de "adiar vida dos jovens".

André Ventura dirige-se a uma deputada do PS que antes tinha falado. E recua aos orçamentos de Sócrates que começaram a cortar e congelar salários: “Hipocrisia e grande falta de memória histórica”.

O deputado liberal João Cotrim de Figueiredo acusa o Governo de só ser "bom em propaganda".

Bebiana Cunha, do PAN, diz que o apoio aos animais de companhia é também “apoio social” e pede mais.

João Leão diz que tudo melhorou com o Governo PS, tudo piorou com Governo da direita.

BE e a importância de acordos escritos. “Em 2019, tudo mudou” na relação com o Governo, garante Pedro Filipe Soares.

"Falsidades", "inverdades" e "encenação". Ana Catarina Mendes, lider parlamentar do PS, atira-se ao BE.

Depois de Ana Catarina Mendes engrossar o discurso contra o Bloco de Esquerda, acusando o partido de "inverdades", o ambiente no plenário da Assembleia da República aqueceu. Afirmou Pedro Filipe Soares: "Ouvi-a com toda a serenidade, incluindo quando me chamou mentiroso".

Deputada socialista Isabel Rodrigues: "Honramos o compromisso de combater a pobreza infantil".

Temido elogia antigos parceiros: "São factos de que nos orgulhamos e que construimos com os partidos de esquerda".

No fim do discurso, a ministra da Saúde cita José Mário Branco para dizer que Governo e esquerda ainda se irão "encontrar": "Eu vim de longe / De muito longe / O que eu andei p'ra'qui chegar / Eu vou p'ra longe / P'ra muito longe / Onde nos vamos encontrar".

Paula Santos do PCP, diz a Marta Temido que é preciso mais investimento no SNS para dar melhor serviço ao país - "não com a transferência de prestações para os privados".

Moisés Ferreira recorda os vários casos de demissões por bloqueio de vários serviços no SNS. "Demitiram-se não para fazer oposição ao Governo, mas porque têm falta de profissionais". "Este orçamento não se lembra destes profissionais", diz o deputado bloquista.

Discursos de encerramento do debate do OE2022 João Cotrim de Figueiredo, líder do Iniciativa Liberal (IL), elogia fim da geringonça e diz que é preciso "desinstalar o socialismo" do país.

André Ventura, líder do Chega, quer trocar faixas de "fascismo nunca mais" por "socialismo nunca mais".

A deputada d'Os Verdes (PEV), Mariana Silva, disse: “Problemas vão-se avolumar e contas vão ficar cada vez mais incertas".

Líder do PAN, Inês Sousa Real, arrasa Bloco e PCP e é aplaudida pela bancada do PS.

Geringonça "caiu exclusivamente pelas suas mãos e não merece outra oportunidade", diz Cecília Meireles do CDS.

PCP, por João Oliveira, recusa discurso de "passa culpas" quanto a chumbo de OE.

Catarina Martins do BE: “Estas escolhas não têm nada de esquerda” e mais, "a geringonça foi morta pela obsessão pela maioria absoluta".

Rui Rio diz que Costa "enfraqueceu poder negocial" quando disse que Governo cairia no dia em que dependesse do PSD.

Ana Catarina Mendes do PS: "Ninguém compreende que se levantem ao lado do PSD, CDS, IL e do Chega a votarem contra este Orçamento".

António Costa sobe ao púlpito para o discurso deste encerramento. "Fiz tudo, tudo o que estava ao meu alcance para assegurar a viabilidade deste orçamento". "O Governo cumpriu a sua parte". Costa pede para que a esquerda deixe o Orçamento ir à especialidade e cita PAN. "Não é pedir um cheque em branco. Qual a justificação? Qual a racionalidade?". Costa ataca BE em particular e apela a que esquerda não junte os seus votos aos votos da direita. "Com quem quer estar? Com o Governo do PS ou somar-se à direita contra o Governo do PS". Costa assume que fim da geringonça é "derrota pessoal" e que geringonça em 2015 "não foi solução de recurso". Costa não quer desistir da 'geringonça' e pede "maioria reforçada, estável e duradoura" e ataca "velha ladaínha" da direita e de Rio. Agora está tudo na mão do Presidente da República.

Votação: 117 contra (PSD, BE, PCP, CDS, PEV, IL e Chega); 108 a favor (PS); 5 abstenções (PAN e duas deputadas não inscritas).

A crise política está aberta

O Bloco de Esquerda tinha anunciado no domingo que não estava disponível para viabilizar o Orçamento de Estado e esta manhã, depois das duas deputadas independentes terem anunciado as primeiras abstenções, o PAN seguiu o mesmo caminho (pelo menos na primeira votação). Mas Jerónimo de Sousa acabou por anunciar que o voto do PCP se mantém contra - "foram longas as horas de discussão, mas o Governo não nos quis acompanhar". Marcelo diz que vai esperar até ao último minuto, mas está pronto a dissolver a AR.

Da Mota Veiga Suzette - Cá estamos de nova numa situação instável! Prejudica muito o País! Imagine, se em Portugal não houvesse greve, o governo faz compromissos com a oposição, todos sabem que o bom funcionamento da economia, do sistema pode trazer mais investimentos, mais trabalho, mais riqueza e mais bem estar, o Pais ficava semelhante a Suíça, quem não queria? E se António Costa der um ministério ao BE, este é capaz de fazer flic-flac à retaguarda e viabilizar o Orçamento. Não acham?

Jorge Veiga - ...só se for o da Cultura Hummm!... Não quero ter razão antes do tempo, mas ouvi uns zum-zuns que me põem a acreditar num eventual volte-face, que ainda permita a aprovação, na generalidade, do Orçamento de Estado para 2022.

Jorge De Freitas Monteiro - David Ribeiro, creio, sem disso estar certo, que é o que vai acontecer

Jose Antonio M Macedo - David Ribeiro… Também pressinto o mesmo. Aguardemos.

Be Maria Eugénia - Claro que vai ser aprovado. Tudo show off !!!

David Almeida - Claro que tudo isto é 'conversa pra boi dormir' porque os meninos não vão largar mão do poleiro e sugeitar-se a votações, onde terão tudo a perder!!! E quando esta madrugada me fui deitar, já passava das duas horas, era este o ponto da situação.

OE2022 - O folhetim dos últimos dias

(Ilustração de Rafael Costa no DN)

PS desgastado e em perda;

PSD a crescer e em transição;

Bloco - O fantasma de 2011;

CDU - Jogada de vida ou de morte;

CDS-PP - O risco de desaparecer;

PAN - Um teste à nova liderança;

Chega ansioso por eleições;

Iniciativa Liberal - Objetivo é crescer.

Terceira e última fase do desconfinamento

Covid-19. Tudo o que muda (e o que se mantém) a partir de outubro.

Portugal continental passa a estar em Situação de Alerta;

Abertura de bares e discotecas para pessoas com certificado digital ou teste negativo;

Fim dos limites de horários;

Restaurantes sem limite máximo de pessoas por grupo;

Fim da exigência de certificado digital em restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local;

Fim do limite de lotação no comércio, casamentos e batizados e espetáculos culturais;

Certificado digital ou teste negativo necessário para viagens marítimas e aéreas, em visitas a lares e estabelecimentos de saúde. O mesmo é verificado para acesso a grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos;

Máscara continua a ser obrigatória em transportes públicos, lares, hospitais, salas de espetáculo e eventos, grandes superfícies e locais interiores de permanência prolongada;

Máscaras deixam de ser obrigatórias nos recreios das escolas. A DGS irá também atualizar as normas sobre confinamento nos próximos dias;

A máscara também deixa de ser obrigatória no comércio local;

Eliminação da testagem em locais de trabalho com mais de 150 trabalhadores;

Fim da limitação à venda e consumo de álcool;

Fim da necessidade de certificado ou teste nas aulas de grupo em ginásios.

Popularidade de Marcelo e Costa

É um verdadeiro cartão amarelo o que é mostrado, este mês, a Marcelo Rebelo de Sousa. Mas é ainda pior para António Costa, que se aproxima do vermelho. De acordo com o barómetro da Aximage para o JN, DN e TSF, a popularidade dos dois líderes cai a pique e o primeiro-ministro tem agora escassos seis pontos de saldo positivo (diferença entre avaliações positivas e negativas). Este mês, a queda do presidente foi mais acentuada, mas o facto de partir de um patamar muito elevado permite-lhe manter um generoso saldo positivo de 37 pontos. Mais, sobre a sondagem publicada no JN de hoje Governo: 81% pedem remodelação, com Cabrita no topo da lista Oposição vai de mal a pior com novo recorde negativo

Surpresa!... Alguém estava à espera disto?

Comentários no Facebook Gianpiero Zignoni - É para queimar. David Ribeiro - Também me parece, Gianpiero Zignoni. Embora Eduardo Pinheiro tenha um curriculum autárquico interessante em Matosinhos, não me parece que seja suficientemente conhecido na Invicta para se lançar nesta luta. Mas o tempo o dirá.

Rodrigo Falcão Moreira

Cecilia Bastos Bastos - Temos pena o PS merecia mais no Porto. Rui Moreira deve estar contente David Ribeiro - O PS é cada vez mais um partido centralista, Cecilia Bastos Bastos. Tinha que ser o Largo do Rato a escolher o candidato socialista à Câmara do Porto.

Eduardo Nuno Rodrigues e Pinheiro nasceu em 1979.

Pós-graduado em Gestão de Entidades Públicas e Autárquicas pelo INDEG-IUL ISCTE Executive Education e licenciado em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa.

Desde 2002 que integrou diversas estruturas de gestão de fundos comunitários na área da formação e do emprego no âmbito do QCAIII e do QREN, sob a tutela dos Ministérios da Economia e da Segurança Social, exercendo funções técnicas e de direção.

A partir de outubro de 2013 ocupou o cargo de Vice-Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos até ao início de janeiro de 2017, momento em que assume a Presidência da Câmara, até ao final do mandato então em curso (2013-2017), e passa igualmente a acumular os cargos de Presidente do Conselho de Administração das empresas municipais Matosinhos Habit, E.M. e Matosinhos Sport, E.M..

Ainda em janeiro de 2017, assume a Presidência da Assembleia Geral da Casa da Arquitetura – Centro Português de Arquitetura.

Desde 2013, integrou a Assembleia Intermunicipal LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto.

Entre janeiro de 2017 e maio de 2019, exerceu o cargo de Presidente da Assembleia Geral do Metro do Porto.

Em outubro de 2017 assumiu o cargo de Vice-Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, com responsabilidade nos pelouros do Planeamento e Ordenamento do Território; da Reabilitação Urbana; da Gestão e Fiscalização Urbanística e das Finanças e Património.

Em dezembro de 2018 foi eleito vice-presidente do Conselho de Administração da Agência de Energia do Porto (AdEPorto). Quem apoiava e quem não apoiava José Luís Carneiro

Notícia completa aqui

20h33 de 09jun2021 - ÚLTIMA HORA

Últimas sondagens conhecidas

Barómetro da Aximage para o JN, DN e TS

Avaliação de desempenho

Primeiro-ministro regista o seu pior resultado de sempre nesta série de barómetros (50%). Presidente da República está bastante mais acima (70%) e, no que toca à confiança, vale agora quatro vezes mais.

Avaliação da Oposição e do Governo

Analisando geograficamente a popularidade do primeiro-ministro, na Área Metropolitana do Porto verifica-se uma queda de 19 pontos. Mas ainda não temos uma oposição forte e credível.

Sondagens conhecidas este fim-de-semana

Eurosondagem (para Porto Canal e Nascer do Sol)

PS - 40,0%; PSD - 27,2%; Chega - 8,4%; BE - 5,5%;

CDU - 5,0%; I.Liberal - 2,7%; CDS - 2,5%; PAN - 2,2%. Aximagem (para JN e TSF)

PS - 38,9%; PSD - 24,0%; BE - 8,0%; Chega - 7,0%;

I. Liberal - 5,2%; CDU - 5,0%; PAN - 3,7%; CDS - 1,4%; Livre - 0,3%. O gráfico da evolução das sondagens nos últimos dois meses fica assim…

Hummm!... Será desta?

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