“Re-pu-gnan-te”. Jornal “El País” destaca declarações de António Costa sobre ministro das Finanças da Holanda – O Jornal Económico

05-05-2020
marcar artigo

“Re-pug-nan-te”, e “Enfado mayúsculo de Portugal con Holanda”. Foi assim que os jornalistas do “El País”, Javier Martín del Barrio, e do “El Economista”, Ana Míguez, deram o tom aos textos que reportaram a última conferência de imprensa em que António Costa abordou a questão dos “coronabonds” e a contestação assumida pelo ministro das Finanças da Holanda, Wopke Hoekstra, contra Espanha e Itália em relação a uma solução de financiamento europeia utilizável no combate à crise da Covid-19.

Os jornais espanhóis “El País” e “El Economista” deram relevo às declarações públicas do primeiro ministro português, depois de ter participado na videoconferência da Comissão Europeia. António Costa reagiu contra a proposta que a Holanda fez a Bruxelas, no sentido de investigar a razão pela qual Espanha e Itália não têm capacidade orçamental para enfrentar o combate à Covid-19.

“Re-pug-nan-te” – na redação dada pelo “El País” – foi a qualificação feita por António Costa à proposta do ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra, que sugeriu uma investigação a Espanha por não ter recursos orçamentais para conter a pandemia.

O ministro holandês quer investigar a razão pela qual alguns países não têm margem orçamental para enfrentar uma nova crise, apesar da zona euro crescer há sete anos sem interrupção. “Ele não mencionou nenhum país específico, mas torna-se evidente que a notificação foi dirigida a Espanha e a Itália, os parceiros europeus mais afetados pelo coronavírus que, na conferência europeia realizada na quinta-feira, apelaram à solidariedade europeia para exigir medidas conjuntas contra a pandemia”, refere o “El País”.

A seguir a essa conferência, António Costa afirmou que “esse discurso é repugnante no âmbito da União Europeia”, sublinhando que “essa é a expressão correta: re-pu-gnan-te, porque não estamos prontos para ouvir os ministros holandeses das finanças novamente, como ouvimos em 2008, 2009, 2010 e durante anos consecutivos”, cita o “El País”, recordando o que aconteceu com Jeroen Dijsselbloem, numa entrevista controversa em que sugeriu que não deveriam ser emprestados fundos a países que não fizeram os seus trabalhos de casa, tal como ninguém emprestaria dinheiro a quem gasta tudo em “álcool e mulheres”, remata o jornal espanhol.

Também o “El Economista” diz que Portugal está furioso com a Holanda, citando António Costa: “Não foi Espanha que criou ou importou o coronavírus”. O jornal espanhol adianta que as palavras do ministro holandês “são de uma irresponsabilidade absoluta” e são “uma maldade recorrente que mina o espírito europeu”, citando António Costa.

“Se a União Europeia quer sobreviver, é inaceitável que qualquer político, de qualquer país, possa dar essa resposta a uma pandemia como a que estamos enfrentando”, citou o primeiro ministro português, referindo ainda que “se não nos respeitarmos e se não entendermos que, diante de um desafio comum, devemos ser capazes de responder juntos, então ninguém entendeu nada sobre a União Europeia”.

O “El Economista” refere que António Costa também emitiu um aviso para os países que estavam bloqueando uma solução comum: “Se algum país da UE pensa que o problema do vírus foi resolvido, soltando-o em outro país, está muito enganado”, sentenciando que “o coronavírus não conhece fronteiras”.

“Re-pug-nan-te”, e “Enfado mayúsculo de Portugal con Holanda”. Foi assim que os jornalistas do “El País”, Javier Martín del Barrio, e do “El Economista”, Ana Míguez, deram o tom aos textos que reportaram a última conferência de imprensa em que António Costa abordou a questão dos “coronabonds” e a contestação assumida pelo ministro das Finanças da Holanda, Wopke Hoekstra, contra Espanha e Itália em relação a uma solução de financiamento europeia utilizável no combate à crise da Covid-19.

Os jornais espanhóis “El País” e “El Economista” deram relevo às declarações públicas do primeiro ministro português, depois de ter participado na videoconferência da Comissão Europeia. António Costa reagiu contra a proposta que a Holanda fez a Bruxelas, no sentido de investigar a razão pela qual Espanha e Itália não têm capacidade orçamental para enfrentar o combate à Covid-19.

“Re-pug-nan-te” – na redação dada pelo “El País” – foi a qualificação feita por António Costa à proposta do ministro das Finanças holandês, Wopke Hoekstra, que sugeriu uma investigação a Espanha por não ter recursos orçamentais para conter a pandemia.

O ministro holandês quer investigar a razão pela qual alguns países não têm margem orçamental para enfrentar uma nova crise, apesar da zona euro crescer há sete anos sem interrupção. “Ele não mencionou nenhum país específico, mas torna-se evidente que a notificação foi dirigida a Espanha e a Itália, os parceiros europeus mais afetados pelo coronavírus que, na conferência europeia realizada na quinta-feira, apelaram à solidariedade europeia para exigir medidas conjuntas contra a pandemia”, refere o “El País”.

A seguir a essa conferência, António Costa afirmou que “esse discurso é repugnante no âmbito da União Europeia”, sublinhando que “essa é a expressão correta: re-pu-gnan-te, porque não estamos prontos para ouvir os ministros holandeses das finanças novamente, como ouvimos em 2008, 2009, 2010 e durante anos consecutivos”, cita o “El País”, recordando o que aconteceu com Jeroen Dijsselbloem, numa entrevista controversa em que sugeriu que não deveriam ser emprestados fundos a países que não fizeram os seus trabalhos de casa, tal como ninguém emprestaria dinheiro a quem gasta tudo em “álcool e mulheres”, remata o jornal espanhol.

Também o “El Economista” diz que Portugal está furioso com a Holanda, citando António Costa: “Não foi Espanha que criou ou importou o coronavírus”. O jornal espanhol adianta que as palavras do ministro holandês “são de uma irresponsabilidade absoluta” e são “uma maldade recorrente que mina o espírito europeu”, citando António Costa.

“Se a União Europeia quer sobreviver, é inaceitável que qualquer político, de qualquer país, possa dar essa resposta a uma pandemia como a que estamos enfrentando”, citou o primeiro ministro português, referindo ainda que “se não nos respeitarmos e se não entendermos que, diante de um desafio comum, devemos ser capazes de responder juntos, então ninguém entendeu nada sobre a União Europeia”.

O “El Economista” refere que António Costa também emitiu um aviso para os países que estavam bloqueando uma solução comum: “Se algum país da UE pensa que o problema do vírus foi resolvido, soltando-o em outro país, está muito enganado”, sentenciando que “o coronavírus não conhece fronteiras”.

marcar artigo