PSD pede explicações à Câmara de Lisboa sobre cartazes anti-Trump

03-12-2019
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A vereação do PSD na Câmara de Lisboa solicitou esclarecimentos ao presidente do município pela afixação de cartazes junto à conferência de tecnologia Web Summit, que salientam que na capital portuguesa se constroem "pontes e não muros".

"Isto estava tudo a correr tão bem: Lisboa cidade empreendedora, Portugal como referência do futuro. Até do ponto de vista político interno era um exemplo (e bem) de continuidade de cooperação política numa questão estratégica para o país com antigos e atuais governantes juntos. [...] E agora isto?", questiona o social-democrata António Prôa numa nota enviada à agência Lusa.

Segundo este responsável, "o problema é que a confusão está lançada e o presidente [do município, Fernando Medina], se não quer ser confundido, não se deve deixar confundir" e "deve esclarecer".

A Câmara de Lisboa afixou esta quinta-feira cartazes junto à entrada da Web Summit para incentivar os investimentos na cidade, sublinhando que na capital portuguesa se constroem "pontes e não muros".

"Num mundo livre, ainda pode encontrar uma cidade para viver, investir e construir o seu futuro, erguendo pontes e não muros. Nós chamamos-lhe Lisboa", salienta a autarquia, em inglês, nos cartazes afixados.

Segundo fonte do município, o objetivo é captar investimento.

A iniciativa aconteceu um dia depois da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas.

Donald Trump vai ser o 45.º Presidente dos Estados Unidos depois de vencer a candidata do partido democrata, Hillary Clinton, nas eleições presidenciais disputadas na terça-feira.

"Prefiro pensar que se trata de uma interpretação abusiva e que a intenção de Medina não foi a de desrespeitar a escolha democrática do povo americano, que não foi uma demonstração de arrogância ideológica, que não foi uma precipitação oportunista em resultado do deslumbramento pela atenção internacional", adianta António Prôa na nota.

Em declarações à Lusa, o responsável vincou que "as coisas correram tão bem [na Web Summit] que a ação mancha um bocadinho a imagem" da cidade.

"Até admito que possa ter sido ingénua [a intenção], mas o que é facto é que as coisas tomaram uma dimensão e é uma pena que Lisboa encerre o evento com isto", concluiu.

A ação também foi criticada pelo CDS-PP.

Numa publicação feita na rede social 'Facebook', o vereador centrista na autarquia, João Gonçalves Pereira, frisa que "Medina cria uma polémica para tirar a atenção às inúmeras queixas contra todas estas obras - ao mesmo tempo - que ele inventa para a cidade".

"Entendo que criar gratuitamente conflitos diplomáticos é pura criancice. E devia haver maior cuidado e rigor quando se escreve em inglês", observa o eleito do CDS-PP, destacando o erro ortográfico no cartaz da autarquia - onde está "brigdes" deveria estar "bridges" (pontes, em inglês) .

A vereação do PSD na Câmara de Lisboa solicitou esclarecimentos ao presidente do município pela afixação de cartazes junto à conferência de tecnologia Web Summit, que salientam que na capital portuguesa se constroem "pontes e não muros".

"Isto estava tudo a correr tão bem: Lisboa cidade empreendedora, Portugal como referência do futuro. Até do ponto de vista político interno era um exemplo (e bem) de continuidade de cooperação política numa questão estratégica para o país com antigos e atuais governantes juntos. [...] E agora isto?", questiona o social-democrata António Prôa numa nota enviada à agência Lusa.

Segundo este responsável, "o problema é que a confusão está lançada e o presidente [do município, Fernando Medina], se não quer ser confundido, não se deve deixar confundir" e "deve esclarecer".

A Câmara de Lisboa afixou esta quinta-feira cartazes junto à entrada da Web Summit para incentivar os investimentos na cidade, sublinhando que na capital portuguesa se constroem "pontes e não muros".

"Num mundo livre, ainda pode encontrar uma cidade para viver, investir e construir o seu futuro, erguendo pontes e não muros. Nós chamamos-lhe Lisboa", salienta a autarquia, em inglês, nos cartazes afixados.

Segundo fonte do município, o objetivo é captar investimento.

A iniciativa aconteceu um dia depois da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas.

Donald Trump vai ser o 45.º Presidente dos Estados Unidos depois de vencer a candidata do partido democrata, Hillary Clinton, nas eleições presidenciais disputadas na terça-feira.

"Prefiro pensar que se trata de uma interpretação abusiva e que a intenção de Medina não foi a de desrespeitar a escolha democrática do povo americano, que não foi uma demonstração de arrogância ideológica, que não foi uma precipitação oportunista em resultado do deslumbramento pela atenção internacional", adianta António Prôa na nota.

Em declarações à Lusa, o responsável vincou que "as coisas correram tão bem [na Web Summit] que a ação mancha um bocadinho a imagem" da cidade.

"Até admito que possa ter sido ingénua [a intenção], mas o que é facto é que as coisas tomaram uma dimensão e é uma pena que Lisboa encerre o evento com isto", concluiu.

A ação também foi criticada pelo CDS-PP.

Numa publicação feita na rede social 'Facebook', o vereador centrista na autarquia, João Gonçalves Pereira, frisa que "Medina cria uma polémica para tirar a atenção às inúmeras queixas contra todas estas obras - ao mesmo tempo - que ele inventa para a cidade".

"Entendo que criar gratuitamente conflitos diplomáticos é pura criancice. E devia haver maior cuidado e rigor quando se escreve em inglês", observa o eleito do CDS-PP, destacando o erro ortográfico no cartaz da autarquia - onde está "brigdes" deveria estar "bridges" (pontes, em inglês) .

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