Passos Coelho e o regresso à loura da Marmeleira

03-12-2019
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Passos Coelho, em entrevista ao Expresso que será publicada na edição de amanhã, decidiu atacar os comentadores políticos, designadamente o militante social-democrata, Pacheco Pereira. Afirma, pois, Passos Coelho que o comentador da Quadratura do Círculo (SIC NOTÍCIAS) faz oposição diária ao PSD. Ora, com esta frase, o líder do PSD comete quatro equívocos:

1)Criticar a liderança de Passos Coelho não significa criticar o PSD enquanto partido político essencial à democracia portuguesa. O Partido Social-democrata viveu e viverá muito para além de Passos Coelho e da atual direção. Só quem é cego politicamente ou não quiser ver a realidade - e o maior cego é aquele que não quer ver - é que não aponta erros e inconsistências à estratégia política passista. Então, se a estratégia de Passos Coelho é assim tão positiva como algumas pessoas pretendem fazer crer, como explicar que José Sócrates, com um desgaste tão acentuado provocado pela governação dos últimos anos, ainda morda os calcanhares do PSD nas sondagens? Nem se diga que Pacheco Pereira é um opositor feroz, teimoso anti-passos. Ou que tem uma obsessão contra o líder do PSD. Não: António Nogueira Leite, homem aparentemente de confiança de Passos Coelho, criticou duramente o líder no seu facebook nos últimos meses! Porque razão Passos não critica Nogueira Leite de atacar o PSD? Enfim...

2) Passos Coelho retomou a lógica de Luís Filipe Menezes ao escolher Pacheco Pereira como o seu alvo principal. Lembram-se que a frase mais marcante do consulado de Filipe Menezes foi uma crítica a Pacheco Pereira, identificando-o como a "loura da Marmeleira"? Pois bem, parece que o ex-líder que mais inspira e influencia Passos Coelho é Luís Filipe Menezes - na entrevista ao EXPRESSO, Passos recupera a loura da Marmeleira, julgando que, desta forma, resolve todos os problemas da sua (incoerente) estratégia política. Porventura, deveria era lembrar-se que Luís Filipe Menezes foi líder do PSD durante uns mesitos...Digamos que não correu muito bem...Mas cada um escolhe as suas referências e exemplos. Passos está no seu direito de escolher a liderança de Menezes como exemplo a seguir!

3) Passos comete (mais um!) erro estratégico. Então, neste momento, em que as sondagens diárias do EXPRESSO até lhe dão uma tendência de subida, Passos Coelho deveria concentrar-se nas crítcas a José Sócrates. Apontando os vícios da sua governação, a utilização do Estado para fazer favores a amigos partidários, o regabofe das nossas finanças públicas - e não estar a criticar militantes do seu partido, que atuam enquanto comentadores políticos. Ao criticar Pacheco Pereira, Passos perdeu uma boa oportunidade de reafirmar a oposição e a diferença do PSD em relação ao PS e ao governo José Sócrates. Uma oportunidade perdida;

4) Passos Coelho que o PSD é um partido pluralista. Que admite opiniões divergentes - não alinhando nas modas do unanimismo podre dos socialistas. Pacheco Pereira tem todo o direito e legitimidade de criticar a liderança passista, se esssa for a sua opinião. Julgo , aliás, estranha esta nova mania de Passos Coelho e seus apoiantes agitarem a lei da rolha como forma de tentar silenciar ou atenuar as críticas à sua estratégia. Eu próprio recebi uma mensagem para ter cuidado com a lei da rolha - que ignorei majestosamente. Felizmente, a um partido de gente sensata, que repugna o totalitarismo de pensamento e ação. Até porque Passos Coelho rpometeu revogar a lei da rolha e , até lá, não a aplicar. Então, agora que lhe convém abafar os seus próprios erros, já há gente no PSD que pretende seguir a deriva sovietizante? Seria um mau - um péssimo! - sinal.

Email:politicoesfera@gmail.com

Passos Coelho, em entrevista ao Expresso que será publicada na edição de amanhã, decidiu atacar os comentadores políticos, designadamente o militante social-democrata, Pacheco Pereira. Afirma, pois, Passos Coelho que o comentador da Quadratura do Círculo (SIC NOTÍCIAS) faz oposição diária ao PSD. Ora, com esta frase, o líder do PSD comete quatro equívocos:

1)Criticar a liderança de Passos Coelho não significa criticar o PSD enquanto partido político essencial à democracia portuguesa. O Partido Social-democrata viveu e viverá muito para além de Passos Coelho e da atual direção. Só quem é cego politicamente ou não quiser ver a realidade - e o maior cego é aquele que não quer ver - é que não aponta erros e inconsistências à estratégia política passista. Então, se a estratégia de Passos Coelho é assim tão positiva como algumas pessoas pretendem fazer crer, como explicar que José Sócrates, com um desgaste tão acentuado provocado pela governação dos últimos anos, ainda morda os calcanhares do PSD nas sondagens? Nem se diga que Pacheco Pereira é um opositor feroz, teimoso anti-passos. Ou que tem uma obsessão contra o líder do PSD. Não: António Nogueira Leite, homem aparentemente de confiança de Passos Coelho, criticou duramente o líder no seu facebook nos últimos meses! Porque razão Passos não critica Nogueira Leite de atacar o PSD? Enfim...

2) Passos Coelho retomou a lógica de Luís Filipe Menezes ao escolher Pacheco Pereira como o seu alvo principal. Lembram-se que a frase mais marcante do consulado de Filipe Menezes foi uma crítica a Pacheco Pereira, identificando-o como a "loura da Marmeleira"? Pois bem, parece que o ex-líder que mais inspira e influencia Passos Coelho é Luís Filipe Menezes - na entrevista ao EXPRESSO, Passos recupera a loura da Marmeleira, julgando que, desta forma, resolve todos os problemas da sua (incoerente) estratégia política. Porventura, deveria era lembrar-se que Luís Filipe Menezes foi líder do PSD durante uns mesitos...Digamos que não correu muito bem...Mas cada um escolhe as suas referências e exemplos. Passos está no seu direito de escolher a liderança de Menezes como exemplo a seguir!

3) Passos comete (mais um!) erro estratégico. Então, neste momento, em que as sondagens diárias do EXPRESSO até lhe dão uma tendência de subida, Passos Coelho deveria concentrar-se nas crítcas a José Sócrates. Apontando os vícios da sua governação, a utilização do Estado para fazer favores a amigos partidários, o regabofe das nossas finanças públicas - e não estar a criticar militantes do seu partido, que atuam enquanto comentadores políticos. Ao criticar Pacheco Pereira, Passos perdeu uma boa oportunidade de reafirmar a oposição e a diferença do PSD em relação ao PS e ao governo José Sócrates. Uma oportunidade perdida;

4) Passos Coelho que o PSD é um partido pluralista. Que admite opiniões divergentes - não alinhando nas modas do unanimismo podre dos socialistas. Pacheco Pereira tem todo o direito e legitimidade de criticar a liderança passista, se esssa for a sua opinião. Julgo , aliás, estranha esta nova mania de Passos Coelho e seus apoiantes agitarem a lei da rolha como forma de tentar silenciar ou atenuar as críticas à sua estratégia. Eu próprio recebi uma mensagem para ter cuidado com a lei da rolha - que ignorei majestosamente. Felizmente, a um partido de gente sensata, que repugna o totalitarismo de pensamento e ação. Até porque Passos Coelho rpometeu revogar a lei da rolha e , até lá, não a aplicar. Então, agora que lhe convém abafar os seus próprios erros, já há gente no PSD que pretende seguir a deriva sovietizante? Seria um mau - um péssimo! - sinal.

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