António Costa pede combate à extrema-direita e formação rápida do Governo espanhol

04-12-2019
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PolíticaAntónio Costa pede combate à extrema-direita e formação rápida do Governo espanhol01-12-2019Inácio Rosa/LusaPrimeiro-ministro português esteve em Bilbau, Espanha, para receber o Prémio da Fundação Ramón Rubial pela “Defesa dos valores socialistas” e dedicou o discurso ao espanhol Felipe Gonzalez e ao português Mário SoaresLusaO primeiro-ministro, António Costa, pediu este domingo cooperação entre democratas no combate “aos discursos do medo da extrema-direita” europeia, e considerou essencial a existência de estabilidade política e de um Governo em plenitude de funções em Espanha. António Costa assumiu estas posições em Bilbau, após receber o Prémio da Fundação Ramón Rubial pela “Defesa dos valores socialistas”, num discurso que dedicou aos líderes históricos do PS, Mário Soares, e do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Felipe González. “Ao evocar Mário Soares e Felipe González quero também homenagear todos os outros camaradas e companheiros socialistas, portugueses e espanhóis, que contribuíram com tanto sacrifício para as conquistas alcançadas em nome dos ideais que partilhamos: Liberdade, democracia, tolerância e capacidade de diálogo, progresso económico e justiça social”, disse. De acordo com António Costa, vivem-se atualmente “tempos incertos e perigosos", com a extrema-direita a crescer na Europa e com a democracia a dar sinais de “riscos sérios de erosão, inclusivamente em países com larga tradição democrática”. “A nossa missão como socialistas é combater aqueles que exploram o medo em proveito próprio e como instrumento para chegarem ao poder. Este é um combate que deve ser travado em cooperação internacional”, advertiu, antes de enumerar desafios como as alterações climáticas, a sociedade digital, as migrações, o terrorismo e a desigualdades económicas e sociais. Estes desafios, na perspetiva do líder do executivo português, exigem esforços de investimento na saúde pública, na educação, nas qualificações, na inovação e no direito ao trabalho digno com bons salários. Neste contexto, António Costa saudou a “perseverança e tenacidade” do líder socialista e chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, dizendo que tem pela frente “uma missão complexa”, e fazendo votos para que “Espanha tenha rapidamente” um executivo “progressista” — uma parte do discurso que foi muito aplaudida pelos socialistas bascos que enchiam a plateia do auditório. “Nos nossos países tivemos séculos de inquisição, décadas de ditadura, sabemos o que nos custou a liberdade”, frisou o primeiro-ministro português, na parte final da sua intervenção lida em castelhano, onde classificou igualmente como inaceitáveis fenómenos de “regressão cívica, de erosão da democracia, de regressão económica ou cultural com o crescimento da intolerância". “Interpreto este prémio como o reconhecimento do que fizemos estes últimos anos em Portugal. Demonstrámos que era possível virar a página da austeridade, consolidando as finanças públicas, e um aspeto essencial foi o diálogo frutífero que tivemos — e que queremos seguir — com as outras forças de esquerda. O fim da incomunicabilidade da esquerda foi um aspeto decisivo na democracia portuguesa”, considerou. Na sua intervenção, o primeiro-ministro deixou ainda a promessa de que trabalhará em conjunto com os socialistas espanhóis em defesa de ideais como uma construção europeia “mais solidária, com mais democracia e prosperidade partilhada”. “Queremos uma Europa mais livre, justa e fraterna”, acrescentou.ÚltimasSandra Felgueiras garante que era possível emitir reportagem sobre lítio em setembro03-12-2019LusaFernando Medina e Rui Moreira a favor da regionalização sem referendo: “Mude-se a Constituição”03-12-2019Isabel Paulo20 frases a favor e 20 contra a grande figura do momento: Greta Thunberg03-12-2019ExpressoJuiz recebia subornos mas enganava corruptores03-12-2019Rui GustavoHugo FrancoPedro CandeiasPrémio Turner atribuído ao coletivo formado pelos quatro artistas finalistas03-12-2019LusaSNS mais eficaz a salvar doentes03-12-2019Vera Lúcia ArreigosoSindicato dos Jornalistas vai apresentar propostas ao Governo e ao Parlamento para ajudar os media03-12-2019Maria João BourbonPedro LimaCrise nos media: “O Presidente não cometerá o erro de se calar, de fingir que não há crise, de cair na inércia”03-12-2019Maria João BourbonPedro LimaOperação Marquês. António Mendonça: “Quando saí do Governo só quis esquecer”03-12-2019Rui GustavoADSE na alçada da ministra Alexandra Leitão03-12-2019Ana Sofia Santos

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