Supertaça europeia: Câmara do Porto ameaça UEFA com tribunal

21-09-2020
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Supertaça europeia

Hoje às 15:01

Supertaça europeia: Câmara do Porto ameaça UEFA com tribunal

Autarquia reclama os prejuízos causados pela decisão de mudar a prova para Budapeste

Redação Maisfutebol

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Autarquia reclama os prejuízos causados pela decisão de mudar a prova para Budapeste

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O presidente da Câmara do Porto ameaçou recorrer à justiça para reclamar os prejuízos causados pela decisão da UEFA de não realizar a final da Supertaça europeia no Estádio do Dragão, acusando aquela instituição de «mentir».«Não podemos aceitar não haver contacto com a autarquia e depois que publicitem, no site deles, mentiras», afirmou Rui Moreira na reunião do executivo desta segunda-feira onde foi entregue aos vereadores da oposição uma missiva dirigida à UEFA.O autarca explicou que a UEFA alegou que a final da Supertaça foi transferida para Budapeste por causa da pandemia, argumento que o município não pode aceitar.«Não nos dizem nada, romperam um acordo pré-contratual de um contrato que está em vigor e pior dizem que é por causa da pandemia. (...) Não me consta que em Budapeste não haja pandemia», disse, lamentando «o desrespeito» com o que o processo foi conduzido.Rui Moreira recorda que o Porto não concorreu para receber a final da Volta a Portugal deste ano, por estar comprometido com as duas candidaturas que foram aceites pela UEFA: a final da Liga das Nações, realizada no ano passado, juntamente com a cidade de Guimarães, e a supertaça europeia deste ano.E avisou: «Em Géneve [na Suíça, país em que está a sede da UEFA] há tribunais».Na carta enviada à UEFA, distribuída aos vereadores, Rui Moreira manifesta «surpresa e consternação» pelo facto de a câmara ter tomado conhecimento através da comunicação social de que o Comité Executivo da UEFA decidiu que o Porto já não seria o local de realização da Supertaça Europeia, agendada para o passado mês de agosto e que o jogo teria lugar na Hungria, devido à pandemia de covid-19.Na missiva, a autarquia assinala que à data da decisão - 17 de junho - o Porto já não registava nenhum teste positivo desde 05 de junho, ou seja, cerca de 12 dias, situação que manteve durante mais de um mês.«Julgamos assim incompreensível a decisão (...) nem admitimos que nos seja invocado force majeure [força maior], porque na verdade o evento irá decorrer numa outra cidade europeia, e porque um evento da UEFA, a fase final da Champions League, foi organizada em Portugal, numa cidade onde a incidência da covid-19 era maior que no Porto», lê-se na carta.Melhor seria, entende a autarquia, que a UEFA, tendo atribuído a fase final da Liga dos Campeões a Lisboa, dissesse que, por causa disso, optou por não realizar a final da Supertaça europeia no Porto.Na missiva enviada a 16 de setembro, realça-se ainda que, além dos prejuízos decorrentes da alteração do evento ao nível da logística e infraestrutura já executadas para a realização do evento no Porto, resultam ainda prejuízos de imagem e reputação para a cidade e para o seu município, «na medida em que os adeptos, toda a comunidade futebolista, e também potenciais visitantes e organizadores de eventos presumirão que o Porto não é seguro por causa da pandemia de covid-19».A autarquia salienta que não deixará de reclamar a reparação dos prejuízos causados por esta decisão, contudo, diz estar disponível para alcançar uma solução favorável a todos.Os vereadores da CDU, PS e do PSD mostraram-se solidários com a posição assumida por Rui Moreira, tendo lamentado que a autarquia não tenha sido ouvida sobre esta matéria.Ilda Figueiredo, vereadora da CDU, que levantou o tema, lamentou que tanto o primeiro ministro e o Presidente da República, que apoiaram a realização em Lisboa da Liga dos Campeões, não tenham tido a mesma atenção com o Porto, que foi vítima de uma «discriminação clara».Também o vereador do PSD, Álvaro Almeida, criticou a postura do poder central, que se repete «sobretudo quando está em causa algo em Lisboa».Pelo PS, Maria João Castro disse estar solidária com a decisão tomada pelo presidente da Câmara do Porto, considerando que «a cidade foi muito maltratada».

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