"Há alguma margem" para melhorar aumentos de 0,3% para a função pública. Quanto só se sabe na próxima semana

08-02-2020
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Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, confirmou esta quarta-feira que "há alguma margem" para melhorar a proposta do Governo de aumentos salariais de 0,3% para os trabalhadores da Administração Pública.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião com uma delegação de topo da UGT, e onde participou também a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a ministra com a tutela da Administração Pública recusou falar em números, dizendo que vamos negociar com os sindicatos" a utilização da referida "margem", mas sem espeficiar quanto.

As reuniões com as estruturas representativas dos trabalhadores da Administração Pública - que, recorde-se, consideraram um "insulto" a proposta de aumentos de 0,3% após mais de uma década de congelamento salarial - estão agendada para a próxima semana (10 de fevereiro). E Alexandra Leitão frisou que "dissemos hoje que haveria abertura para essa reunião".

Em cima da mesa pode estar, como o Expresso já avançou, aumentos mais expressivos para os dois escalões remuneratórios mais baixos da Administração Pública, abrangendo assistentes operacionais e assistentes técnicos que ganham até 683,13 euros brutos mensais.

UGT convicta de que proposta será melhorada

Carlos Silva, secretário-geral da UGT, afirmou mesmo que "saímos daqui com a convicção de que haverá alguma margem de manobra da parte do Governo para melhorar" a sua proposta inicial.

Em declarações aos jornalistas, no final do encontro, o sindicalista afirmou que Alexandra Leitão deu um "sinal", no qual "acreditamos de boa fé".

Esclarecendo que "não discutimos números", já que "o objetivo da reunião não era esse", Carlos Silva destacou que o propósito da UGT foi "dizer ao Governo que não estávamos satisfeitos com o rumo negocial" que estava a ser seguido.

Recorde-se que o secretário-geral da UGT - e militante socialista - tem feito muitas críticas nas últimas semanas à linha de atuação seguida pelo Governo de António Costa, usando até expressões como "bofetada com luva de boxe".

A reunião desta quarta-feira foi vista como de desagravo político. Nessa linha, José Abrão, dirigente da FESAP (afeta à UGT), que também esteve na reunião e que no dia 10 reune com a ministra Alexandra Leitão, disse ao Expresso que "registámos abertura do Governo para compromissos negociais futuros".

José Abraão frisou que "foi uma reunião política, importante, que pode abrir caminho a compromissos relevantes".

Em causa, além dos aumentos salariais, está a negociação de um acordo plurianual para a função pública, abrangendo temas como a alteração da tabela remuneratória, o subsistema de saúde da Administração Pública (ADSE), a revisão do sistema de avaliação dos trabalhadores da Administração Pública, a revisão de carreiras, o regime de pré-reformas na Administração Pública, ou medidas de conciliação entre vida familiar e profissional.

"Aguardamos agora que tenha conteúdos e que possam avançar de forma sólida", rematou José Abraão.

Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, confirmou esta quarta-feira que "há alguma margem" para melhorar a proposta do Governo de aumentos salariais de 0,3% para os trabalhadores da Administração Pública.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião com uma delegação de topo da UGT, e onde participou também a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a ministra com a tutela da Administração Pública recusou falar em números, dizendo que vamos negociar com os sindicatos" a utilização da referida "margem", mas sem espeficiar quanto.

As reuniões com as estruturas representativas dos trabalhadores da Administração Pública - que, recorde-se, consideraram um "insulto" a proposta de aumentos de 0,3% após mais de uma década de congelamento salarial - estão agendada para a próxima semana (10 de fevereiro). E Alexandra Leitão frisou que "dissemos hoje que haveria abertura para essa reunião".

Em cima da mesa pode estar, como o Expresso já avançou, aumentos mais expressivos para os dois escalões remuneratórios mais baixos da Administração Pública, abrangendo assistentes operacionais e assistentes técnicos que ganham até 683,13 euros brutos mensais.

UGT convicta de que proposta será melhorada

Carlos Silva, secretário-geral da UGT, afirmou mesmo que "saímos daqui com a convicção de que haverá alguma margem de manobra da parte do Governo para melhorar" a sua proposta inicial.

Em declarações aos jornalistas, no final do encontro, o sindicalista afirmou que Alexandra Leitão deu um "sinal", no qual "acreditamos de boa fé".

Esclarecendo que "não discutimos números", já que "o objetivo da reunião não era esse", Carlos Silva destacou que o propósito da UGT foi "dizer ao Governo que não estávamos satisfeitos com o rumo negocial" que estava a ser seguido.

Recorde-se que o secretário-geral da UGT - e militante socialista - tem feito muitas críticas nas últimas semanas à linha de atuação seguida pelo Governo de António Costa, usando até expressões como "bofetada com luva de boxe".

A reunião desta quarta-feira foi vista como de desagravo político. Nessa linha, José Abrão, dirigente da FESAP (afeta à UGT), que também esteve na reunião e que no dia 10 reune com a ministra Alexandra Leitão, disse ao Expresso que "registámos abertura do Governo para compromissos negociais futuros".

José Abraão frisou que "foi uma reunião política, importante, que pode abrir caminho a compromissos relevantes".

Em causa, além dos aumentos salariais, está a negociação de um acordo plurianual para a função pública, abrangendo temas como a alteração da tabela remuneratória, o subsistema de saúde da Administração Pública (ADSE), a revisão do sistema de avaliação dos trabalhadores da Administração Pública, a revisão de carreiras, o regime de pré-reformas na Administração Pública, ou medidas de conciliação entre vida familiar e profissional.

"Aguardamos agora que tenha conteúdos e que possam avançar de forma sólida", rematou José Abraão.

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