Mário Nogueira elogia nova ministra: “É uma negociadora obstinada e combativa”

07-11-2019
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O choque com os colégios privados e os conflitos com os professores por causa da reposição do tempo de serviço, projetaram Alexandra Leitão. Costa recompensou-a com um ministério que junta competências retiradas às Finanças (função pública), ao Ministério da Presidência (modernização administrativa) e à Administração Interna (poder local).

Não é pouco. Se há lição que a nova ministra aprendeu, é que o trabalho difícil tem de ser feito a arrancar o mandato. Há quatro anos, Alexandra Leitão chegou a confessar que esperava ter uma boa relação com os sindicatos — assume-se do lado esquerdo do PS e esperava que isso a ajudasse. Enganou-se. Agora, os sindicatos olham-na de pé atrás.

Mas Mário Nogueira, apesar dos embates, não lhe regateia elogios: “É uma negociadora obstinada e combativa. Tivemos discussões fortes, em profundo desacordo, mas com a consciência de que cada um estava a defender as suas convicções e com argumentos. Com o ministro era diferente, tornava-se intratável. A Alexandra Leitão não. Tinha a noção dos momentos em que era preciso quebrar a crispação. Dentro da dureza e combatividade, mantinha a afabilidade.” No auge do choque com os professores, Alexandra Leitão dizia: “Não tenho medo da rua.” Terá de o repetir?

O choque com os colégios privados e os conflitos com os professores por causa da reposição do tempo de serviço, projetaram Alexandra Leitão. Costa recompensou-a com um ministério que junta competências retiradas às Finanças (função pública), ao Ministério da Presidência (modernização administrativa) e à Administração Interna (poder local).

Não é pouco. Se há lição que a nova ministra aprendeu, é que o trabalho difícil tem de ser feito a arrancar o mandato. Há quatro anos, Alexandra Leitão chegou a confessar que esperava ter uma boa relação com os sindicatos — assume-se do lado esquerdo do PS e esperava que isso a ajudasse. Enganou-se. Agora, os sindicatos olham-na de pé atrás.

Mas Mário Nogueira, apesar dos embates, não lhe regateia elogios: “É uma negociadora obstinada e combativa. Tivemos discussões fortes, em profundo desacordo, mas com a consciência de que cada um estava a defender as suas convicções e com argumentos. Com o ministro era diferente, tornava-se intratável. A Alexandra Leitão não. Tinha a noção dos momentos em que era preciso quebrar a crispação. Dentro da dureza e combatividade, mantinha a afabilidade.” No auge do choque com os professores, Alexandra Leitão dizia: “Não tenho medo da rua.” Terá de o repetir?

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