Câmara do Porto suspende aumento de preço em museus até criar cartão do munícipe

08-12-2020
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Porto

Câmara do Porto suspende aumento de preço em museus até criar cartão do munícipe

Autarquia prevê a criação de um cartão que confere acesso gratuito de portuenses à rede de museus da cidade e a oposição reiterou que não de deveriam aumentar os preços antes do mesmo ser criado.

07 Dez 2020, 20:06

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A autarquia acedeu ao repto da oposição e decidiu adiar o aumento dos ingressos

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Agência Lusa
Texto

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A maioria do independente Rui Moreira na Câmara do Porto retirou esta segunda-feira a proposta de aumento de preços no Museu da Cidade, após a oposição criticar a alteração sem a criação do cartão para acesso gratuito dos portuenses.“Não podemos acompanhar esta proposta de atualização nos diferentes polos do museu da cidade do porto, numa altura como esta, de grave crise económica. O ano de 2021 vai ser muito difícil, não parece ser altura certa”, começou por afirmar a vereadora do PS Maria João Castro na reunião do executivo.Rui Moreira explicou que a proposta de aumento de preços nos museus da cidade tem por base a criação do cartão do munícipe que confere a gratuitidade do acesso aos residentes no Porto e a socialista defendendo que a criação do cartão deve ser feita previamente ao aumento de preços, o que levou o autarca a retirar o documento da votação.Aquilo que entendemos é que deve discriminar positivamente os residentes, aproximar do zero. Isto implica, ao mesmo tempo, que os outros paguem aquilo que é o valor razoável, porque essa é que deve ser a política da cidade. É isto que está aqui em jogo”, indicou o independente.
“Então primeiro cria-se [o cartão] e depois atualiza-se os preços“, retorquiu a socialista Maria João Castro, tendo sido acompanhada pelo também vereador socialista Manuel Pizarro que sugeriu discutir o aumento de preços aquando da criação do cartão do munícipe.A proposta mereceu a concordância quer de Ilda Figueiredo, da CDU, quer do vereador do PSD, Álvaro Almeida.Em face da posição da oposição, Rui Moreira decidiu acolher a sugestão do PS, tem retirado a proposta.O Museu da Cidade (MdC) é um museu engloba 17 estações, entre elas o Casa Marta Ortigão Sampaio, a Casa Tait, a Casa do Infante e a Biblioteca Sonora, organizados em cinco eixos (material, líquido, romântico, sonoro e natureza) que se cruzam entre si numa dinâmica que visa orientar os visitantes pelas diferentes rotas construídas, assinala a maioria na proposta.A socialista Maria João Castro referiu, que embora estejam em causa valores baixos, há casos em que o aumento é 80%.Recorrendo à análise comparativa com Lisboa, utilizada na proposta, para justificar o aumento de preços, a vereadora salientou que, no que toca aos descontos de 50%, no Porto os desempregados vão pagar dois euros, enquanto em Lisboa é grátis.Por comparação, o preço cobrado na capital por um bilhete único de acesso a todos os museus da cidade é de seis euros, sendo válido por dois meses, enquanto que no Porto, o custo sobe para os oito euros e só é válido durante sete dias, acrescentou.Numa análise mais global, a socialista lamentou a falta debate em torno do projeto do Museu da Cidade.A vereadora da CDU, Ilda Figueiredo considerou “descabido” e “fora de tempo” a decisão de aumentar o aumentar o preço dos museus da cidade, sobretudo tendo em conta a crise que o setor cultural atravessa.A comunista defendeu ainda que a isenção do pagamento aos domingos e feriados devia ser alargada, tal como foi aprovado no parlamento, por proposta do PCP, a todos os feriados, pelo que propôs que a proposta fosse retirada.

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Rui Moreira
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CDS-PP
PCP
PSD
Museus
Cultura

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07 Dez 2020, 20:06

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A autarquia acedeu ao repto da oposição e decidiu adiar o aumento dos ingressos

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Agência Lusa
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A maioria do independente Rui Moreira na Câmara do Porto retirou esta segunda-feira a proposta de aumento de preços no Museu da Cidade, após a oposição criticar a alteração sem a criação do cartão para acesso gratuito dos portuenses.“Não podemos acompanhar esta proposta de atualização nos diferentes polos do museu da cidade do porto, numa altura como esta, de grave crise económica. O ano de 2021 vai ser muito difícil, não parece ser altura certa”, começou por afirmar a vereadora do PS Maria João Castro na reunião do executivo.Rui Moreira explicou que a proposta de aumento de preços nos museus da cidade tem por base a criação do cartão do munícipe que confere a gratuitidade do acesso aos residentes no Porto e a socialista defendendo que a criação do cartão deve ser feita previamente ao aumento de preços, o que levou o autarca a retirar o documento da votação.Aquilo que entendemos é que deve discriminar positivamente os residentes, aproximar do zero. Isto implica, ao mesmo tempo, que os outros paguem aquilo que é o valor razoável, porque essa é que deve ser a política da cidade. É isto que está aqui em jogo”, indicou o independente.
“Então primeiro cria-se [o cartão] e depois atualiza-se os preços“, retorquiu a socialista Maria João Castro, tendo sido acompanhada pelo também vereador socialista Manuel Pizarro que sugeriu discutir o aumento de preços aquando da criação do cartão do munícipe.A proposta mereceu a concordância quer de Ilda Figueiredo, da CDU, quer do vereador do PSD, Álvaro Almeida.Em face da posição da oposição, Rui Moreira decidiu acolher a sugestão do PS, tem retirado a proposta.O Museu da Cidade (MdC) é um museu engloba 17 estações, entre elas o Casa Marta Ortigão Sampaio, a Casa Tait, a Casa do Infante e a Biblioteca Sonora, organizados em cinco eixos (material, líquido, romântico, sonoro e natureza) que se cruzam entre si numa dinâmica que visa orientar os visitantes pelas diferentes rotas construídas, assinala a maioria na proposta.A socialista Maria João Castro referiu, que embora estejam em causa valores baixos, há casos em que o aumento é 80%.Recorrendo à análise comparativa com Lisboa, utilizada na proposta, para justificar o aumento de preços, a vereadora salientou que, no que toca aos descontos de 50%, no Porto os desempregados vão pagar dois euros, enquanto em Lisboa é grátis.Por comparação, o preço cobrado na capital por um bilhete único de acesso a todos os museus da cidade é de seis euros, sendo válido por dois meses, enquanto que no Porto, o custo sobe para os oito euros e só é válido durante sete dias, acrescentou.Numa análise mais global, a socialista lamentou a falta debate em torno do projeto do Museu da Cidade.A vereadora da CDU, Ilda Figueiredo considerou “descabido” e “fora de tempo” a decisão de aumentar o aumentar o preço dos museus da cidade, sobretudo tendo em conta a crise que o setor cultural atravessa.A comunista defendeu ainda que a isenção do pagamento aos domingos e feriados devia ser alargada, tal como foi aprovado no parlamento, por proposta do PCP, a todos os feriados, pelo que propôs que a proposta fosse retirada.

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