Profissionais da FCT e da DNS.pt tentaram assumir controlo de sociedade que criticou gestão dos endereços portugueses

25-12-2019
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Mercados Profissionais da FCT e da DNS.pt tentaram assumir controlo de sociedade que criticou gestão dos endereços portugueses Adam Gault Os líderes da direção cessante da ISOC PT não têm dúvidas quanto às reais intenções da lista criada por funcionários da FCT e da DNS.pt: «O móbil desta concertação é evidente: calar a atual direção do ISOC-PT devido às críticas à forma como o processo de gestão do domínio de Portugal tem vindo a ser conduzido». 13.03.2019 às 11h00 333 Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: Hugo Séneca Os dois principais dirigentes do capítulo português da Internet Society (ISOC-PT) enviaram uma carta aberta a três ministros a denunciar uma alegada concertação de esforços de profissionais da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da associação DNS.pt para comparecerem em assembleia-geral com o propósito de assumir o controlo da ISOC PT através da eleição de uma nova direção. A carta aberta é assinada por José Legatheaux Martins, pioneiro da Internet em Portugal e presidente da direção cessante do capítulo português da Internet Society (ISOC-PT), e Nuno Manuel Guimarães, professor do ISCTE que é também o presidente do Conselho Fiscal cessante da ISOC-PT. A carta tem como destinatários Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariana Vieira da Silva, Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, e Francisca Van Dunem, ministra da Justiça. Também seguiram cópias para os diferentes grupos parlamentares. Na sequência da publicação deste artigo, a Exame Informática solicitou ao MCTES, à FCT e à DNS.pt reações à carta aberta dos dirigentes da ISOC PT. A DNS.pt já reagiu à carta aberta dos dirigentes cessantes da ISOC PT. A direção da associação que gere o .pt nega se ter feito representar na Assembleia Geral da ISOC PT e sublinha que Luísa Gueifão, presidente da DNS.pt, e Marta Dias, vogal da DNS.pt, marcaram presença a título pessoal. De resto, as duas dirigentes da DNS.pt reiteram não ter integrado qualquer lista de candidatos aos órgãos dirigentes da ISOC PT. «Efetivamente, Luísa Gueifão (Presidente do Conselho Diretivo da Associação DNS.PT) e Marta Dias (Vogal Executiva daquela associação) estiveram presentes na AG enquanto associadas fundadoras do Capítulo Português da Internet Society e membros da Internet Society desde 2010. Aliás, estiveram presentes para participar nos trabalhos de uma associação de que fazem parte. Luisa Gueifão presidiu inclusivamente à primeira Mesa da Assembleia-Geral do ISOC PT, tendo Marta Dias pertencido à Direção», reitera a DNS.pt num e-mail enviado para a redação da Exame Informática.. Além de recordar os estatutos da ISOC PT que defendem práticas não discriminatórias, a direção da DNS.pt recorda:«que o Capítulo Português da Internet Society é membro do Conselho Consultivo da Associação DNS.PT desde a sua constituição, sendo que ambas as instituições partilham muitos princípios em comum». Este é o episódio mais recente de um processo iniciado no final de dezembro de 2017, com a publicação de um relatório da ISOC PT que denunciou alegadas irregularidades na constituição da DNS.pt (2013) e que lembrou que a associação que gere os domínios de topo portugueses recebeu dinheiro do Estado. Na sequência de uma reportagem publicada pela Exame Informática no início de 2018, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior solicitou auditorias à DNS.pt. De acordo com a carta aberta, vários funcionários e colaboradores da Divisão de Sociedade da Informação da FCT, da DNS.pt e de outras entidades parceiras, começaram a registar-se, em meados de fevereiro, como sócios da ISOC PT, tendo como pano de fundo a Assembleia Geral do capítulo português da prestigiada sociedade, que estava agendada para 25 de fevereiro. Três dias antes da data da Assembleia Geral, muitos dos nomes destes funcionários surgem, alegadamente, associados à apresentação de uma candidatura à direção da ISOC PT. «Na assembleia de 25 de fevereiro, organizados sob a liderança da Chefe da Divisão de Sociedade da Informação da FCT IP, da presidente da direção executiva da DNS.PT e de uma vogal da direção executiva da associação DNS.PT, mais de 15 funcionários ou colaboradores da FCT I.P. ou funcionários ou colaboradores da associação DNS.PT, ou de entidades ligadas a esses organismos, estavam presentes para apoiar a nova lista. Um membro da direção da associação DNS.PT apresentou à mesa também inúmeras delegações de voto em si própria, na sua grande maioria também de colaboradores da FCT I.P, da associação DNS.PT ou de empresas ou outras entidades intimamente ligadas a atividades desenvolvidas pela FCT IP ou a DNS.PT», denuncia a carta assinada pelos dois dirigentes cessantes da ISOC PT. A apresentação da nova lista à presidência da ISOC PT acabou por registar um contratempo. A Assembleia Geral foi suspensa devido ao facto de, entre os candidatos da nova lista, figurarem «membros que ainda não eram associados do ISOC-PT». «Neste quadro, e tendo em conta a indisponibilidade de membros dos órgãos da ISOC PT que integram a lista que se apresentou para dar continuidade ao trabalho executado para participar em jogos de influências e ações de contra-guerrilha institucional, é possível que esta manobra venha a ter êxito», admite a carta aberta de Legatheaux Martins e Nuno Manuel Guimarães. Na sequência da suspensão, foi agendada nova Assembleia Geral da ISOC PT para 25 de março. A chefia da Divisão de Sociedade da Informação da FCT é atualmente assegurada por Ana Neves, que chegou a representar a Fundação nas reuniões de direção e associados da DNS.pt. A DNS.pt é presidida, desde 2013, por Luísa Gueifão. A presidente da DNS.pt assumiu o cargo depois de o Governo da coligação PSD-CDS ter procedido à integração da antiga Fundação para a Computação Científica Nacional (a FCCN, que que geria os domínios de topo de Portugal) na FCT, tendo garantido 1,4 milhões de euros de financiamento do Estado. Em 2016, a associação faturou mais de 2,5 milhões de euros. Os vários relatórios e contas da DNS.pt revelam que os lucros correspondentes aos vários exercícios da associação foram investidos em aplicações financeiras e dão conta de um investimento de dois milhões de euros na compra de uma sede situada em Lisboa. Legatheaux Martins e Nuno Manuel Guimarães não têm dúvidas quanto às reais intenções da lista alegadamente apoiada e criada por funcionários da FCT e da DNS.pt: «É para nós evidente, que apesar de estas pessoas se apresentarem como associados individuais do ISOC-PT, as mesmas atuaram de forma concertada, utilizando as suas relações dentro de um organismo dependente do Estado e as suas relações com uma associação que nos parece que deveriam tutelar. O móbil desta concertação é evidente: calar a atual direção do ISOC-PT devido às suas críticas à forma como o processo de gestão do domínio de Portugal tem vindo a ser conduzido». Os dois dirigentes cessantes da ISOC PT admitem que a direção da FCT seja alheia à constituição da nova lista eleitoral para a presidência da ISOC PT, mas acusam a liderança de Paulo Ferrão de «passividade na gestão deste processo», que começou a ganhar forma depois de um primeiro relatório negativo que a ISOC PT publicou criticando severamente a gestão da DNS.pt e a forma como o Estado terá alienado parte da capacidade de decidir o futuro da gestão dos domínios de topo portugueses. Hoje, a FCT representa o Estado dentro da DNS.pt, tendo de garantir os votos de outros associados, como a associação de defesa de consumidores DECO e da Associação do Comércio Eletrónico e da Publicidade Interativa (ACEPI), para poder impor decisões ou medidas à direção da Associação. Legatheaux Martins e Nuno Manuel Guimarães defendem que, uma vez que a Internet é transversal a toda a sociedade, a gestão dos domínios .pt deveria transitar para a Presidência do Conselho de Ministros, em vez de se manter sob a tutela do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A sugestão não é inédita: em maio de 2018, Pedro Veiga, outro dos pioneiros da Internet e ex-presidente da FCCN, demitiu-se do cargo de coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, alegando que o Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, alegadamente falhara em cumprir a promessa de transferir as competências da DNS.pt para o Centro que monitoriza a segurança da Net em Portugal. O CNCS depende diretamente da Ministério da Presidência e da Modernização Administrativa. Atualização: o texto foi editado com o objetivo de esclarecer que as reações de DNS.pt, FCT e MCTES foram solicitadas depois da publicação deste artigo 13.03.2019 às 11h00 333 Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: Relacionados Internet Mais de 107 mil domínios registados em .pt durante 2018 O domínio de topo português cresce mais que a média europeia e figura no top 5 dos domínios do Velho Continente Mercados Associação que gere endereços .pt processa Pedro Veiga Recentemente, ex-coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança prestou declarações na Assembleia da República, considerando a DNS.pt um caso pior que aquele que se verificou com o alegado uso indevido de verbas na Associação Raríssimas Internet DNS.pt: Associação que gere domínio de topo de Portugal vai deixar de vender endereços ao público Num primeiro momento, a FCT opôs-se à proposta que previa um novo tarifário e o abandono da função de registrar por parte da DNS.pt. Depois de levadas a cabo as devidas alterações, a proposta recebeu luz verde. A DNS.pt e a FCT não fornecem detalhes sobre as alterações de tarifário. Esta é uma versão atualizada do texto publicado este fim de semana na Exame Informática Semanal sobre o mesmo tema. Mercados DNS.pt: Governo pede auditorias e mudança de estatutos da entidade que gere domínio de topo de Portugal A Fundação para a Ciência e Tecnologia não dispõe de voto qualificado ou poder de veto, e só se garantir os votos suficientes entre os restantes associados da DNS.pt poderá levar a cabo a constituição de uma “Comissão de Vencimentos”, auditorias regulares ou até a alteração de estatutos Mercados Coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança demitiu-se devido à associação DNS.pt Pedro Veiga também não poupa Manuel Heitor, ministro da Ciência, Ensino Superior e Tecnologia: «em 2016, aceitei coordenar o CNCS na pré-condição de que o DNS.pt voltava para o Estado» Mercados Associação que gere endereços .pt foi criada com um sócio que não existe, dinheiro do Estado e sem concurso Em 2013, Luísa Gueifão, diretora da DNS.pt, apresentou-se como representante da IANA para criar a associação que gere o .pt, apesar de não haver representante da IANA em Portugal. Entre 2013 e 2016, foram investidos mais de 246 mil euros em fundos de pensões para os 16 funcionários. Comentários Em destaque na Homepage Mercados Santa Tracker: saiba quando o Pai Natal está prestes a chegar à sua cidade 23.12.2019 às 22h22 Exame Informática Iniciativas Assine a Exame Informática e receba o mesmo valor em ofertas à sua escolha 21.10.2019 às 18h15 Mercados Emiratos Árabes Unidos criaram app de mensagens ToTok para espiar os utilizadores 23.12.2019 às 22h22 Exame Informática Ciência Gás inflamável, fedorento e tóxico é sinal evidente de vida extraterrestre 23.12.2019 às 11h11 Exame Informática Internet China quer maior controlo sobre algoritmos que recomendam conteúdos 23.12.2019 às 15h51 Rui da Rocha Ferreira MI - Mobilidade Inteligente Tesla Model 3 pode ganhar bateria de 100 kWh e modo de aceleração “louco” 23.12.2019 às 10h23 Rui da Rocha Ferreira Hardware Galaxy S10 Lite: três câmaras, 8 GB de RAM e anúncio para breve 23.12.2019 às 13h29 Rui da Rocha Ferreira Ciência Boeing Starliner supera teste de regresso à Terra após dois dias no espaço 23.12.2019 às 9h44 Rui da Rocha Ferreira Hardware Elevada procura leva Motorola a adiar pré-reserva e lançamento do Razr 23.12.2019 às 9h55 Exame Informática Mercados Facebook e Twitter encerram rede de perfis falsos que chegava a 55 milhões de contas 23.12.2019 às 11h56 Exame Informática Mercados Sundar Pichai recebe aumento de salário e 240 milhões de dólares em ações 23.12.2019 às 9h41 Exame Informática Mercados FBI fornece serviço de proteção de dados a empresas de forma preventiva 23.12.2019 às 10h45 Exame Informática Reporter EI Windfloat: Como funcionam as turbinas eólicas flutuantes em Viana do Castelo 21.12.2019 às 10h04 Exame Informática Mercados F5: Os gadgets que marcaram a década 20.12.2019 às 20h00 Exame Informática Capa da Revista Exame Informática nº 295, janeiro 20.12.2019 às 9h13 Exame Informática Este mês analisamos televisores 4K que custam menos de mil euros e partilhamos informações que o vão ajudar a fazer melhores escolhas. Temos também testes detalhados ao dobrável Samsung Fold e ao novo drone de 249 g da DJI. Subimos ainda a bordo do navio-escola Sagres, que vai estudar as alterações climáticas, e mostramos os drones desenvolvidos pelas Forças Armadas portuguesas, entre muitas outras coisas Mercados Meo e Nowo acusadas de criar cartel pela Autoridade da Concorrência 20.12.2019 às 18h29 Hugo Séneca Internet Tfue, Ninja e Gaules. Conheça os dez streamers mais vistos em 2019 20.12.2019 às 17h32 Rui da Rocha Ferreira Ciência Cápsula espacial Boeing Starliner está fora de rota 20.12.2019 às 15h53 Rui da Rocha Ferreira Mercados Autoridades francesas multam Google em 150 milhões de euros 20.12.2019 às 12h43 Hugo Séneca Últimas Mais Artigos A carregar...

Mercados Profissionais da FCT e da DNS.pt tentaram assumir controlo de sociedade que criticou gestão dos endereços portugueses Adam Gault Os líderes da direção cessante da ISOC PT não têm dúvidas quanto às reais intenções da lista criada por funcionários da FCT e da DNS.pt: «O móbil desta concertação é evidente: calar a atual direção do ISOC-PT devido às críticas à forma como o processo de gestão do domínio de Portugal tem vindo a ser conduzido». 13.03.2019 às 11h00 333 Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: Hugo Séneca Os dois principais dirigentes do capítulo português da Internet Society (ISOC-PT) enviaram uma carta aberta a três ministros a denunciar uma alegada concertação de esforços de profissionais da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da associação DNS.pt para comparecerem em assembleia-geral com o propósito de assumir o controlo da ISOC PT através da eleição de uma nova direção. A carta aberta é assinada por José Legatheaux Martins, pioneiro da Internet em Portugal e presidente da direção cessante do capítulo português da Internet Society (ISOC-PT), e Nuno Manuel Guimarães, professor do ISCTE que é também o presidente do Conselho Fiscal cessante da ISOC-PT. A carta tem como destinatários Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariana Vieira da Silva, Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, e Francisca Van Dunem, ministra da Justiça. Também seguiram cópias para os diferentes grupos parlamentares. Na sequência da publicação deste artigo, a Exame Informática solicitou ao MCTES, à FCT e à DNS.pt reações à carta aberta dos dirigentes da ISOC PT. A DNS.pt já reagiu à carta aberta dos dirigentes cessantes da ISOC PT. A direção da associação que gere o .pt nega se ter feito representar na Assembleia Geral da ISOC PT e sublinha que Luísa Gueifão, presidente da DNS.pt, e Marta Dias, vogal da DNS.pt, marcaram presença a título pessoal. De resto, as duas dirigentes da DNS.pt reiteram não ter integrado qualquer lista de candidatos aos órgãos dirigentes da ISOC PT. «Efetivamente, Luísa Gueifão (Presidente do Conselho Diretivo da Associação DNS.PT) e Marta Dias (Vogal Executiva daquela associação) estiveram presentes na AG enquanto associadas fundadoras do Capítulo Português da Internet Society e membros da Internet Society desde 2010. Aliás, estiveram presentes para participar nos trabalhos de uma associação de que fazem parte. Luisa Gueifão presidiu inclusivamente à primeira Mesa da Assembleia-Geral do ISOC PT, tendo Marta Dias pertencido à Direção», reitera a DNS.pt num e-mail enviado para a redação da Exame Informática.. Além de recordar os estatutos da ISOC PT que defendem práticas não discriminatórias, a direção da DNS.pt recorda:«que o Capítulo Português da Internet Society é membro do Conselho Consultivo da Associação DNS.PT desde a sua constituição, sendo que ambas as instituições partilham muitos princípios em comum». Este é o episódio mais recente de um processo iniciado no final de dezembro de 2017, com a publicação de um relatório da ISOC PT que denunciou alegadas irregularidades na constituição da DNS.pt (2013) e que lembrou que a associação que gere os domínios de topo portugueses recebeu dinheiro do Estado. Na sequência de uma reportagem publicada pela Exame Informática no início de 2018, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior solicitou auditorias à DNS.pt. De acordo com a carta aberta, vários funcionários e colaboradores da Divisão de Sociedade da Informação da FCT, da DNS.pt e de outras entidades parceiras, começaram a registar-se, em meados de fevereiro, como sócios da ISOC PT, tendo como pano de fundo a Assembleia Geral do capítulo português da prestigiada sociedade, que estava agendada para 25 de fevereiro. Três dias antes da data da Assembleia Geral, muitos dos nomes destes funcionários surgem, alegadamente, associados à apresentação de uma candidatura à direção da ISOC PT. «Na assembleia de 25 de fevereiro, organizados sob a liderança da Chefe da Divisão de Sociedade da Informação da FCT IP, da presidente da direção executiva da DNS.PT e de uma vogal da direção executiva da associação DNS.PT, mais de 15 funcionários ou colaboradores da FCT I.P. ou funcionários ou colaboradores da associação DNS.PT, ou de entidades ligadas a esses organismos, estavam presentes para apoiar a nova lista. Um membro da direção da associação DNS.PT apresentou à mesa também inúmeras delegações de voto em si própria, na sua grande maioria também de colaboradores da FCT I.P, da associação DNS.PT ou de empresas ou outras entidades intimamente ligadas a atividades desenvolvidas pela FCT IP ou a DNS.PT», denuncia a carta assinada pelos dois dirigentes cessantes da ISOC PT. A apresentação da nova lista à presidência da ISOC PT acabou por registar um contratempo. A Assembleia Geral foi suspensa devido ao facto de, entre os candidatos da nova lista, figurarem «membros que ainda não eram associados do ISOC-PT». «Neste quadro, e tendo em conta a indisponibilidade de membros dos órgãos da ISOC PT que integram a lista que se apresentou para dar continuidade ao trabalho executado para participar em jogos de influências e ações de contra-guerrilha institucional, é possível que esta manobra venha a ter êxito», admite a carta aberta de Legatheaux Martins e Nuno Manuel Guimarães. Na sequência da suspensão, foi agendada nova Assembleia Geral da ISOC PT para 25 de março. A chefia da Divisão de Sociedade da Informação da FCT é atualmente assegurada por Ana Neves, que chegou a representar a Fundação nas reuniões de direção e associados da DNS.pt. A DNS.pt é presidida, desde 2013, por Luísa Gueifão. A presidente da DNS.pt assumiu o cargo depois de o Governo da coligação PSD-CDS ter procedido à integração da antiga Fundação para a Computação Científica Nacional (a FCCN, que que geria os domínios de topo de Portugal) na FCT, tendo garantido 1,4 milhões de euros de financiamento do Estado. Em 2016, a associação faturou mais de 2,5 milhões de euros. Os vários relatórios e contas da DNS.pt revelam que os lucros correspondentes aos vários exercícios da associação foram investidos em aplicações financeiras e dão conta de um investimento de dois milhões de euros na compra de uma sede situada em Lisboa. Legatheaux Martins e Nuno Manuel Guimarães não têm dúvidas quanto às reais intenções da lista alegadamente apoiada e criada por funcionários da FCT e da DNS.pt: «É para nós evidente, que apesar de estas pessoas se apresentarem como associados individuais do ISOC-PT, as mesmas atuaram de forma concertada, utilizando as suas relações dentro de um organismo dependente do Estado e as suas relações com uma associação que nos parece que deveriam tutelar. O móbil desta concertação é evidente: calar a atual direção do ISOC-PT devido às suas críticas à forma como o processo de gestão do domínio de Portugal tem vindo a ser conduzido». Os dois dirigentes cessantes da ISOC PT admitem que a direção da FCT seja alheia à constituição da nova lista eleitoral para a presidência da ISOC PT, mas acusam a liderança de Paulo Ferrão de «passividade na gestão deste processo», que começou a ganhar forma depois de um primeiro relatório negativo que a ISOC PT publicou criticando severamente a gestão da DNS.pt e a forma como o Estado terá alienado parte da capacidade de decidir o futuro da gestão dos domínios de topo portugueses. Hoje, a FCT representa o Estado dentro da DNS.pt, tendo de garantir os votos de outros associados, como a associação de defesa de consumidores DECO e da Associação do Comércio Eletrónico e da Publicidade Interativa (ACEPI), para poder impor decisões ou medidas à direção da Associação. Legatheaux Martins e Nuno Manuel Guimarães defendem que, uma vez que a Internet é transversal a toda a sociedade, a gestão dos domínios .pt deveria transitar para a Presidência do Conselho de Ministros, em vez de se manter sob a tutela do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A sugestão não é inédita: em maio de 2018, Pedro Veiga, outro dos pioneiros da Internet e ex-presidente da FCCN, demitiu-se do cargo de coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, alegando que o Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, alegadamente falhara em cumprir a promessa de transferir as competências da DNS.pt para o Centro que monitoriza a segurança da Net em Portugal. O CNCS depende diretamente da Ministério da Presidência e da Modernização Administrativa. Atualização: o texto foi editado com o objetivo de esclarecer que as reações de DNS.pt, FCT e MCTES foram solicitadas depois da publicação deste artigo 13.03.2019 às 11h00 333 Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: Relacionados Internet Mais de 107 mil domínios registados em .pt durante 2018 O domínio de topo português cresce mais que a média europeia e figura no top 5 dos domínios do Velho Continente Mercados Associação que gere endereços .pt processa Pedro Veiga Recentemente, ex-coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança prestou declarações na Assembleia da República, considerando a DNS.pt um caso pior que aquele que se verificou com o alegado uso indevido de verbas na Associação Raríssimas Internet DNS.pt: Associação que gere domínio de topo de Portugal vai deixar de vender endereços ao público Num primeiro momento, a FCT opôs-se à proposta que previa um novo tarifário e o abandono da função de registrar por parte da DNS.pt. Depois de levadas a cabo as devidas alterações, a proposta recebeu luz verde. A DNS.pt e a FCT não fornecem detalhes sobre as alterações de tarifário. Esta é uma versão atualizada do texto publicado este fim de semana na Exame Informática Semanal sobre o mesmo tema. Mercados DNS.pt: Governo pede auditorias e mudança de estatutos da entidade que gere domínio de topo de Portugal A Fundação para a Ciência e Tecnologia não dispõe de voto qualificado ou poder de veto, e só se garantir os votos suficientes entre os restantes associados da DNS.pt poderá levar a cabo a constituição de uma “Comissão de Vencimentos”, auditorias regulares ou até a alteração de estatutos Mercados Coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança demitiu-se devido à associação DNS.pt Pedro Veiga também não poupa Manuel Heitor, ministro da Ciência, Ensino Superior e Tecnologia: «em 2016, aceitei coordenar o CNCS na pré-condição de que o DNS.pt voltava para o Estado» Mercados Associação que gere endereços .pt foi criada com um sócio que não existe, dinheiro do Estado e sem concurso Em 2013, Luísa Gueifão, diretora da DNS.pt, apresentou-se como representante da IANA para criar a associação que gere o .pt, apesar de não haver representante da IANA em Portugal. 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