O erro de perceção mútuo, as falhas de memória e o primeiro superávite: os momentos marcantes do “Ronaldo” das Finanças

04-09-2020
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No dia em que anuncia a saída das Finanças, recordamos alguns dos momentos mais marcantes de Mário Centeno, incluindo o famoso "erro de perceção mútuo" e a polémica do Novo Banco, ao longo dos 1664 dias em que esteve no Governo de António Costa.

As brancas de Centeno. "São muitos números"

A política é muitas vezes feita de previsões e conjeturas, mas mesmo assim, quando o PS apresentou o ‘seu’ novo especialista em Finanças aos portugueses, seria difícil adivinhar o percurso de Mário Centeno, que acabaria coroado presidente do Eurogrupo e “Ronaldo do Ecofin”. Nessa altura, Centeno era só o economista com uma carreira reconhecida no Banco de Portugal, o independente que lideraria o grupo de 12 especialistas para construir o cenário macroeconómico que o programa do PS, em 2015, teria por base.

Estava estendida a passadeira para que o futuro ministro brilhasse… só que não foi bem isso que aconteceu na conferência de imprensa em que o independente se estreou. Ainda pouco hábil no terreno político e demonstrando um nervosismo evidente, Centeno tentou desfiar números e foi atacado por várias falhas de memória, mesmo quando esses números - “são muitos!”, justificava então - eram tão determinantes como os do crescimento ou do défice. “O crescimento médio da economia neste período é de…”. Hesitação. Depois de uma ajuda, “2,6%!”. E risos. “Obrigado. E o défice em 2019 será de 0,8… Corrijam-me lá… 0,9. Peço desculpa, mas são muitos números!”.

No dia em que anuncia a saída das Finanças, recordamos alguns dos momentos mais marcantes de Mário Centeno, incluindo o famoso "erro de perceção mútuo" e a polémica do Novo Banco, ao longo dos 1664 dias em que esteve no Governo de António Costa.

As brancas de Centeno. "São muitos números"

A política é muitas vezes feita de previsões e conjeturas, mas mesmo assim, quando o PS apresentou o ‘seu’ novo especialista em Finanças aos portugueses, seria difícil adivinhar o percurso de Mário Centeno, que acabaria coroado presidente do Eurogrupo e “Ronaldo do Ecofin”. Nessa altura, Centeno era só o economista com uma carreira reconhecida no Banco de Portugal, o independente que lideraria o grupo de 12 especialistas para construir o cenário macroeconómico que o programa do PS, em 2015, teria por base.

Estava estendida a passadeira para que o futuro ministro brilhasse… só que não foi bem isso que aconteceu na conferência de imprensa em que o independente se estreou. Ainda pouco hábil no terreno político e demonstrando um nervosismo evidente, Centeno tentou desfiar números e foi atacado por várias falhas de memória, mesmo quando esses números - “são muitos!”, justificava então - eram tão determinantes como os do crescimento ou do défice. “O crescimento médio da economia neste período é de…”. Hesitação. Depois de uma ajuda, “2,6%!”. E risos. “Obrigado. E o défice em 2019 será de 0,8… Corrijam-me lá… 0,9. Peço desculpa, mas são muitos números!”.

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