Novo Banco. BE diz que auditoria não explica se Lone Star enganou o Estado e exige divulgação pública do documento

04-09-2020
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O BE considerou esta terça-feira que auditoria ao Novo Banco não responde à pergunta “se a Lone Star está a enganar o Governo português” e defendeu a divulgação do documento que chegou ao parlamento, alegando não ter dados confidenciais. O partido já entregou, aliás, um requerimento na Comissão de Orçamento e Finanças em que exige que o relatório seja tornado público.

“Muitas vezes, quando se procura fazer tudo, corre-se o risco de dizer muito pouco sobre cada coisa e é o que parece ser esta auditoria”, disse a deputada do BE Mariana Mortágua aos jornalistas, no parlamento, numa “análise preliminar” ao relatório da auditoria ao Novo Banco, realizada pela consultora Deloitte.

Em relação à confidencialidade do documento, a deputada bloquista começou por referir que “a Assembleia da República tem que ter todos os dados para poder analisar o que se passou no BES e no Novo Banco, incluindo nomes de empresas, nomes de devedores e de empresas que tiveram as operações reestruturadas ou perdoadas”, considerando que “o documento que chegou à Assembleia da República pode ser divulgado desde já porque não tem nenhum dado que seja confidencial”. “Temos de acabar com este regime de pôr um carimbo de segredo nos documentos que aqui chegam para que não possa haver transparência”, apelou.

No requerimento entregue em Comissão, o partido defende que não está a haver "transparência" neste processo. Por um lado, porque o relatório foi "expurgado de informações importantes" sobre as entidades que estiveram envolvidas na compra e venda de crédito; por outro, porque a sua divulgação pública está impedida, de forma "injustificada" e que tem sido "prática recorrente" paras "travar ou retardar a divulgação de informações de interesse público".

Por isso mesmo, o partido exige que o relatório seja enviado aos deputados na sua versão integral e que a versão atual, com trechos ocultos, seja "divulgada imediatamente".

Segundo Mariana Mortágua, “a auditoria confirma alguns dados” que já eram conhecidos. “O que a auditoria não nos permite concluir é se a Lone Star está a enganar o Governo português e os contribuintes portugueses, obrigando o Governo a pagar por prejuízos que poderiam ter sido evitados e essas são as notícias que vieram a público recentemente sobre a venda de carteiras de ativos e de imobiliários e nós continuamos a não ter uma explicação para isso. Para essas perguntas eu não encontro, na análise preliminar, resposta”, criticou.

Na perspetiva da deputada do BE, a “auditoria cobre um período muito extenso e objetivos muito diferentes”.

“Interessa-nos agora perceber se a Lone Star está a enganar o Estado português e essa é a pergunta que nós queremos encontrar resposta na auditoria. Não encontramos na primeira leitura, vamos aprofundar essa leitura porque a auditoria tem de cumprir esse objetivo que é proteger os interesses dos portugueses”, enfatizou.

Hoje, de madrugada, o Ministério das Finanças anunciou, em comunicado, que recebeu o relatório da auditoria externa e que esse "será remetido à Procuradoria-Geral da República considerando as competências constitucionais e legais do Ministério Público".

Segundo o Governo, o relatório revela perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco (entre 04 de agosto de 2014, um dia após a resolução do BES, e 31 de dezembro de 2018) e "descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves" no BES, até 2014, na concessão de crédito e investimento em ativos financeiros e imobiliários.

O BE considerou esta terça-feira que auditoria ao Novo Banco não responde à pergunta “se a Lone Star está a enganar o Governo português” e defendeu a divulgação do documento que chegou ao parlamento, alegando não ter dados confidenciais. O partido já entregou, aliás, um requerimento na Comissão de Orçamento e Finanças em que exige que o relatório seja tornado público.

“Muitas vezes, quando se procura fazer tudo, corre-se o risco de dizer muito pouco sobre cada coisa e é o que parece ser esta auditoria”, disse a deputada do BE Mariana Mortágua aos jornalistas, no parlamento, numa “análise preliminar” ao relatório da auditoria ao Novo Banco, realizada pela consultora Deloitte.

Em relação à confidencialidade do documento, a deputada bloquista começou por referir que “a Assembleia da República tem que ter todos os dados para poder analisar o que se passou no BES e no Novo Banco, incluindo nomes de empresas, nomes de devedores e de empresas que tiveram as operações reestruturadas ou perdoadas”, considerando que “o documento que chegou à Assembleia da República pode ser divulgado desde já porque não tem nenhum dado que seja confidencial”. “Temos de acabar com este regime de pôr um carimbo de segredo nos documentos que aqui chegam para que não possa haver transparência”, apelou.

No requerimento entregue em Comissão, o partido defende que não está a haver "transparência" neste processo. Por um lado, porque o relatório foi "expurgado de informações importantes" sobre as entidades que estiveram envolvidas na compra e venda de crédito; por outro, porque a sua divulgação pública está impedida, de forma "injustificada" e que tem sido "prática recorrente" paras "travar ou retardar a divulgação de informações de interesse público".

Por isso mesmo, o partido exige que o relatório seja enviado aos deputados na sua versão integral e que a versão atual, com trechos ocultos, seja "divulgada imediatamente".

Segundo Mariana Mortágua, “a auditoria confirma alguns dados” que já eram conhecidos. “O que a auditoria não nos permite concluir é se a Lone Star está a enganar o Governo português e os contribuintes portugueses, obrigando o Governo a pagar por prejuízos que poderiam ter sido evitados e essas são as notícias que vieram a público recentemente sobre a venda de carteiras de ativos e de imobiliários e nós continuamos a não ter uma explicação para isso. Para essas perguntas eu não encontro, na análise preliminar, resposta”, criticou.

Na perspetiva da deputada do BE, a “auditoria cobre um período muito extenso e objetivos muito diferentes”.

“Interessa-nos agora perceber se a Lone Star está a enganar o Estado português e essa é a pergunta que nós queremos encontrar resposta na auditoria. Não encontramos na primeira leitura, vamos aprofundar essa leitura porque a auditoria tem de cumprir esse objetivo que é proteger os interesses dos portugueses”, enfatizou.

Hoje, de madrugada, o Ministério das Finanças anunciou, em comunicado, que recebeu o relatório da auditoria externa e que esse "será remetido à Procuradoria-Geral da República considerando as competências constitucionais e legais do Ministério Público".

Segundo o Governo, o relatório revela perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco (entre 04 de agosto de 2014, um dia após a resolução do BES, e 31 de dezembro de 2018) e "descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves" no BES, até 2014, na concessão de crédito e investimento em ativos financeiros e imobiliários.

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