Suspeitas no sorteio de distribuição dos processos . Governo sem registo de intrusões

05-03-2020
marcar artigo


Suspeitas no sorteio de distribuição dos processos . Governo sem registo de intrusões

O Ministério da Justiça esclareceu este sábado que não foram detetadas vulnerabilidades ou intrusões, dias depois de terem sido noticiadas alegadas irregularidades praticadas no Tribunal da Relação de Lisboa

Lusa29 Fevereiro 2020 — 11:56
Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem© Miguel A. Lopes / LusaReferindo que as suspeitas de irregularidades estão a ser investigadas, uma nota do gabinete da ministra da Justiça, Francisca van Dunem, diz que "não foram detetadas vulnerabilidades estruturais ou intrusões de natureza informática".
"A expectativa do Governo é de que os factos sejam esclarecidos com a maior celeridade, a fim de se pôr cobro a um clima de insuportável suspeição sobre a legalidade e lisura dos procedimentos de distribuição de processos nos tribunais", lê-se na nota do Ministério da Justiça.

Na passada quarta-feira, dia 26, a agência Lusa noticiou que o ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Vaz das Neves, é arguido na Operação Lex por suspeitas de corrupção e abuso de poder relacionadas com a distribuição eletrónica de processos.
Na sequência das notícias, a Associação Sindical dos Juízes pediu para estar representada na próxima reunião plenária do Conselho Superior da Magistratura (CSM), marcada para o dia 03 de março, a qual vai discutir o caso dos sorteios eletrónicos do Tribunal da Relação de Lisboa e analisar os primeiros resultados das averiguações, mas este pedido foi negado.
Numa carta enviada ao Conselho Superior da Magistratura, o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Manuel Soares, justificava o pedido com as "suspeitas de incumprimento das regras de distribuição de processos no Tribunal da Relação de Lisboa".
O pedido era feito "em face da extrema gravidade daquelas suspeitas, bem como das notícias posteriores, das quais resulta que podem existir juízes jubilados a desempenhar funções remuneradas na arbitragem voluntária".
Além do ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa ter sido constituído arguido no processo Operação Lex, também são arguidos o desembargador Rui Rangel e a sua ex-mulher e juíza Fátima Galante.
A associação de juízes tinha também exigido ao CSM uma "sindicância urgente" aos procedimentos de distribuição de processos no Tribunal da Relação de Lisboa, para verificar se existiram irregularidades.
A Associação Sindical considerou "essencial apurar se houve escolha de processos para juízes ou de juízes para processos, por razões desviadas e fora das regras que determinam a distribuição aleatória" e, caso tenha ocorrido essa escolha, a mesma "teve influência na decisão final".
Hoje, a tutela diz que "o tradicional sistema de distribuição manual de processos não é mais seguro do que a distribuição eletrónica" e dá informações técnicas, referindo que "a distribuição eletrónica é suportada por uma estrutura de dados que se ajusta às características de cada Tribunal ou Serviço do MP e num algoritmo para escolha da Unidade Orgânica e/ou Magistrado a que o Processo será atribuído".
Vaz das Neves já negou publicamente que tivesse tido qualquer tipo de benefício por intervenções suas em atos de distribuição de processos, enquanto esteve à frente daquele tribunal.
Esta semana o parlamento aprovou a audição da ministra da Justiça sobre a fiabilidade do sistema de distribuição eletrónica dos processos judiciais e do presidente do CSM, António Joaquim Piçarra.
Mais ArtigosCovid-193.199 mortos e 93.164 infetados em todo o mundoCOVID-19Sexto caso confirmado em Portugal. Mulher internada em LisboaTaça de InglaterraGedson falha penálti e Mourinho é eliminado. Ricardo Pereira marca e apura LeicesterCovid-19Covid-19. "Os italianos são óptimos em pintura, mas não em organização e saúde pública"Luís Filipe VieiraLuís Filipe Vieira: "Benfica é contribuidor líquido para o país e não um sorvedor dos impostos de todos nós"MotoresCarro do Ano 2020 - Conheça os candidatos a SUV Compacto do AnoFC PortoMartins Soares recua na intenção de ir a votos EUAJoe Biden venceu as eleições primárias do Estado de MaineOperação Fora de JogoOperação Fora de Jogo. Clubes, jogadores, agentes, advogados e dirigentes entre os 47 arguidosCOVID-19Quinto infetado por covid-19 em Portugal é professor no Politécnico do PortoCoronavírusClientes de bordel em quarentena? É uma sátira que se tornou viralSportingSilas rescindiu e abdicou de um ano de ordenadosACTTapada de Mafra multada por assédio moral contra trabalhadoresAlemanhaApós polémica e abstenção da CDU, esquerda volta ao poder na TuríngiaCOVID-19Itália fecha todas as escolas e universidades até 15 de março


Suspeitas no sorteio de distribuição dos processos . Governo sem registo de intrusões

O Ministério da Justiça esclareceu este sábado que não foram detetadas vulnerabilidades ou intrusões, dias depois de terem sido noticiadas alegadas irregularidades praticadas no Tribunal da Relação de Lisboa

Lusa29 Fevereiro 2020 — 11:56
Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem© Miguel A. Lopes / LusaReferindo que as suspeitas de irregularidades estão a ser investigadas, uma nota do gabinete da ministra da Justiça, Francisca van Dunem, diz que "não foram detetadas vulnerabilidades estruturais ou intrusões de natureza informática".
"A expectativa do Governo é de que os factos sejam esclarecidos com a maior celeridade, a fim de se pôr cobro a um clima de insuportável suspeição sobre a legalidade e lisura dos procedimentos de distribuição de processos nos tribunais", lê-se na nota do Ministério da Justiça.

Na passada quarta-feira, dia 26, a agência Lusa noticiou que o ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Vaz das Neves, é arguido na Operação Lex por suspeitas de corrupção e abuso de poder relacionadas com a distribuição eletrónica de processos.
Na sequência das notícias, a Associação Sindical dos Juízes pediu para estar representada na próxima reunião plenária do Conselho Superior da Magistratura (CSM), marcada para o dia 03 de março, a qual vai discutir o caso dos sorteios eletrónicos do Tribunal da Relação de Lisboa e analisar os primeiros resultados das averiguações, mas este pedido foi negado.
Numa carta enviada ao Conselho Superior da Magistratura, o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Manuel Soares, justificava o pedido com as "suspeitas de incumprimento das regras de distribuição de processos no Tribunal da Relação de Lisboa".
O pedido era feito "em face da extrema gravidade daquelas suspeitas, bem como das notícias posteriores, das quais resulta que podem existir juízes jubilados a desempenhar funções remuneradas na arbitragem voluntária".
Além do ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa ter sido constituído arguido no processo Operação Lex, também são arguidos o desembargador Rui Rangel e a sua ex-mulher e juíza Fátima Galante.
A associação de juízes tinha também exigido ao CSM uma "sindicância urgente" aos procedimentos de distribuição de processos no Tribunal da Relação de Lisboa, para verificar se existiram irregularidades.
A Associação Sindical considerou "essencial apurar se houve escolha de processos para juízes ou de juízes para processos, por razões desviadas e fora das regras que determinam a distribuição aleatória" e, caso tenha ocorrido essa escolha, a mesma "teve influência na decisão final".
Hoje, a tutela diz que "o tradicional sistema de distribuição manual de processos não é mais seguro do que a distribuição eletrónica" e dá informações técnicas, referindo que "a distribuição eletrónica é suportada por uma estrutura de dados que se ajusta às características de cada Tribunal ou Serviço do MP e num algoritmo para escolha da Unidade Orgânica e/ou Magistrado a que o Processo será atribuído".
Vaz das Neves já negou publicamente que tivesse tido qualquer tipo de benefício por intervenções suas em atos de distribuição de processos, enquanto esteve à frente daquele tribunal.
Esta semana o parlamento aprovou a audição da ministra da Justiça sobre a fiabilidade do sistema de distribuição eletrónica dos processos judiciais e do presidente do CSM, António Joaquim Piçarra.
Mais ArtigosCovid-193.199 mortos e 93.164 infetados em todo o mundoCOVID-19Sexto caso confirmado em Portugal. Mulher internada em LisboaTaça de InglaterraGedson falha penálti e Mourinho é eliminado. Ricardo Pereira marca e apura LeicesterCovid-19Covid-19. "Os italianos são óptimos em pintura, mas não em organização e saúde pública"Luís Filipe VieiraLuís Filipe Vieira: "Benfica é contribuidor líquido para o país e não um sorvedor dos impostos de todos nós"MotoresCarro do Ano 2020 - Conheça os candidatos a SUV Compacto do AnoFC PortoMartins Soares recua na intenção de ir a votos EUAJoe Biden venceu as eleições primárias do Estado de MaineOperação Fora de JogoOperação Fora de Jogo. Clubes, jogadores, agentes, advogados e dirigentes entre os 47 arguidosCOVID-19Quinto infetado por covid-19 em Portugal é professor no Politécnico do PortoCoronavírusClientes de bordel em quarentena? É uma sátira que se tornou viralSportingSilas rescindiu e abdicou de um ano de ordenadosACTTapada de Mafra multada por assédio moral contra trabalhadoresAlemanhaApós polémica e abstenção da CDU, esquerda volta ao poder na TuríngiaCOVID-19Itália fecha todas as escolas e universidades até 15 de março

marcar artigo