Telefones desligados, baixas e recusa de horas extra. Como os motoristas estão a fintar a requisição civil que afinal não esvaziou a greve

11-05-2020
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O que representaria para as empresas um levantamento da greve? Muito. Por um lado, significaria uma vitória simbólica sobre o sindicato liderado na prática por Pedro Pardal Henriques. Mas poderia ser uma vitória amarga. Caso os trabalhadores continuassem apenas a fazer as oito horas, as empresas já não teriam os motoristas da GNR, PSP e Exército para completar os serviços deixados a meio. É que se a greve for levantada, deixam de se verificar os pressupostos para definir os serviços mínimos e, consequentemente, fazer uma requisição civil aos motoristas. E isso poderá deixar a nu se o modelo de negócio das empresas assenta ou não no trabalho suplementar (declarado ou não).

E o país? Até quando aguenta esta greve?

Os serviços mínimos vão reabastecendo os postos de combustível aqui e ali, mas poucos acreditarão que este ritmo de abastecimento será capaz de responder ao aumento da procura que provavelmente existirá quando se esvaziarem os depósitos das pessoas que se “precaveram”, seguindo o conselho do ministro Pedro Nuno Santos, na semana anterior à greve. Quando estas pessoas começarem a ter de reabastecer — um processo que poderá acelerar-se dado o período de férias — as bombas de gasolina podem voltar a entrar em rutura (mesmo com as limitações de litros que se podem abastecer).

Se, na greve de abril, ao fim de poucos dias as pessoas receberam o sinal de que tudo estava resolvido e a normalidade regressaria dentro de momentos, aqui corre-se o risco de a greve se arrastar e as pessoas nunca receberem esse sinal psicológico de que a situação está solucionada — portanto, a ansiedade tende a agravar-se. Sobretudo porque, mesmo num contexto de serviços mínimos e requisição civil, a prioridade no abastecimento terá de ser dada aos postos exclusivos da REPA (para forças armadas e de segurança, serviços e agentes de proteção civil e os serviços prisionais, de emergência médica e de transporte de medicamentos e dispositivos médicos) e só depois aos não exclusivos (onde todos podem abastecer). Só a seguir chega aos postos fora da rede. E mesmo nestes, é dada prioridade aos condutores com maiores necessidades de combustível.

E se falta comida nos supermercados?

Mas tão ou mais importante do que ter o carro abastecido, do ponto de vista da ansiedade do cidadão comum, pode ser a questão do fornecimento de produtos alimentares aos supermercados. O Observador voltou a falar, neste segundo dia de greve, com Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da associação que representa as principais empresas do setor da distribuição, a APED. O responsável garantiu que “as lojas estão a funcionar dentro da normalidade“.

“Felizmente, o abastecimento às lojas está a fazer-se com um ritmo adequado, tendo em conta que temos uma greve com serviços mínimos garantidos até agora”, considera Gonçalo Lobo Xavier, em declarações prestadas antes da hora de almoço desta terça-feira. “Os entrepostos têm funcionado normalmente, com uma participação ativa das forças de segurança que têm garantido que os trabalhos se executam em segurança, com tranquilidade e com bom ambiente entre os colaboradores e os camionistas que estão disponíveis para cumprir os serviços mínimos”, acrescentou.

Porém, não há como fugir à realidade: “A nossa expectativa é que a greve termine o mais brevemente possível”. É impossível calcular até quando é que os problemas podem ser evitados graças aos “planos de ação” que foram executados nas semanas anteriores à greve. “As lojas tiveram oportunidade de stockar e tomar medidas para manter a logística o mais eficiente possível”, mas Gonçalo Lobo Xavier admite: “Preocupa-nos que a situação se arraste. (…) Como é evidente, o que nós gostaríamos é que a situação voltasse à normalidade, sem greve e sem limitações”.

Com o arrastar da greve, muitos poderão recordar as palavras do diretor-geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), Pedro Queiroz, que disse ao Jornal Económico que “o racionamento de bens alimentares é uma possibilidade. Logo no primeiro dia de greve há constrangimentos na atividade da indústria e na entrega de produtos e a partir do terceiro dia de greve começa a sentir-se dificuldade no abastecimento de bens essenciais”. E concluía que “o racionamento é um risco que está em cima da mesa, a partir do terceiro dia de greve, e pode ser sentido em bens que, por norma, integram o cabaz prioritário como pão, lácteos, alimentação para bebés, massas, arroz e conservas”.

Os problemas que se levantam com uma greve de zelo deste tipo são diferentes no setor dos combustíveis e na grande distribuição alimentar. Por um lado, existem poucas refinarias em Portugal (Sines e Leixões), o que torna as tarefas de distribuição de combustíveis mais difíceis de concretizar em apenas oito horas. Esse problema não se coloca no retalho, já que as grandes cadeias (Jerónimo Martins, Sonae, Auchan, Lidl, etc) têm centros de distribuição e armazenamento mais disseminados geograficamente. Podem ser afetados por falta de gasóleo a montante, mas isso pode acontecer a todos os setores.

Por outro lado, o facto de existirem apenas duas refinarias permite controlar muito mais facilmente a evolução das operações, e reagir com medidas de corta-fogo. No caso da distribuição alimentar, a capacidade de reação e coordenação pode não ser tão rápida.

Para já, contudo, o setor do retalho esforça-se por passar uma mensagem de tranquilidade, até para evitar algo que pode acelerar o esgotamento das medidas preventivas que foram tomadas: o açambarcamento. Algo que, como o Observador escreveu na semana passada, é um crime em Portugal.

E se você perdesse o rendimento de um ano inteiro?

Um cenário bem mais “crítico” foi descrito, também ao Observador, pelo representante da indústria agrícola. Luís Mira, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), foi muito claro: “No setor agrícola, eu penso que até quinta ou sexta-feira, com as reservas que existem, as pessoas podem continuar a funcionar — não direi normalmente mas a funcionar”. Mas “depois disso vai ser muito complicado porque esta altura é crítica para a agricultura, para setores como a pêra-rocha, o pêssego, o tomate para indústria — que está em plena campanha e precisa de gasóleo para trabalhar, para os transportadores levarem o tomate desde o campo até à fábrica”. E as vindimas começam daqui a uma semana, 10 dias, lembra.

O enfoque mediático tem estado sobre as deslocações para as férias, mas Luís Mira lembra que há um grande número de pessoas que, com esta greve, tem em risco um ano inteiro de rendimento.

Numa atividade como a colheita do tomate para indústria as coisas são muito simples: “Isto não permite parar. Se o tomate ficar no campo, a perda é total. E o produto não espera. Uma semana de atraso significa perder a cultura”, avisa o responsável.

“Enquanto o tomate que vai para as prateleiras de supermercado está sempre a ser produzido, em estufas, este tem um período próprio de colheita” e precisa de combustível para as máquinas e para atestar os camiões que fazem o chamado micro-transporte. “Nós falámos com a organização dos industriais do tomate e eles calculam que, por dia, se fazem mil transportes de tomate para a fábrica. Não são 1.000 camiões porque alguns fazem dois ou três, mas são mil transportes diários. Portanto veja quanto é que isto não é em termos de necessidades de combustível”, explica.

Luís Mira sublinha: “Estamos a falar do rendimento de um ano dos trabalhadores. Isto não é aceitável”. Na outra greve, em abril, não era altura de colheitas, portanto esta questão não se colocava. “Mas desta vez coloca-se, por isso apelo ao Estado para que intervenha defendendo os direitos dos cidadãos, porque a greve já se fez, já teve o seu impacto, mas não podemos ‘estar 10 anos em greve'”, nem sequer 10 dias, provavelmente, entende o responsável.

“Quanto mais rapidamente a greve terminar, melhor. Acho que não vale a pena entrarmos numa situação de experimentar até quando é que cada um aguenta“, remata o responsável, indignado por se “permitir que um grupo de algumas centenas de pessoas coloque em causa o rendimento de um país e o bem-estar das pessoas — isso é mais importante do que o direito à greve, que deve ser respeitado mas não pode tirar as liberdades básicas aos cidadãos”.

E afinal, os hospitais estão ou não prestes a ter problemas?

Mais difícil de perceber é qual é o perigo que existe para o setor hospitalar, depois de a associação patronal ANTRAM ter indicado, a meio da tarde de terça-feira, que os abastecimentos a hospitais das zonas de Lisboa, Leiria e Coimbra ficariam “nas próximas 24 horas, seriamente comprometidos”. “É urgente que o Governo decrete a requisição civil total para quem, insensível sequer ao abastecimento a hospitais, insiste em incumprir os serviços mínimos”, referiu a entidade numa nota enviada à Lusa que defendia que .

O alerta acabaria por ser desmentido pelos visados. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo disse não ter “qualquer queixa ou preocupação de hospital ou centros de saúde”. À Rádio Observador, o presidente Luís Pisco garantiu: “Não chegou aqui à administração de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, até ao momento, qualquer queixa ou preocupação de hospital ou centros de saúde com abastecimentos, seja de combustíveis seja de medicamentos”.

Luís Pisco esclareceu ainda que a ARS contactou alguns hospitais e que a resposta foi que estava tudo “absolutamente normal e que não havia nada que estivesse em falta ou em risco de faltar”. E o próprio Ministério da Saúde, minutos mais tarde, lembrou que “o abastecimento aos hospitais e centros de saúde está garantido através do acesso à REPA. Está ainda garantido o acesso de todas as entidades, definidas como prioritárias, que prestem serviços de emergência médica e de transporte de medicamentos e dispositivos médicos”.

O que representaria para as empresas um levantamento da greve? Muito. Por um lado, significaria uma vitória simbólica sobre o sindicato liderado na prática por Pedro Pardal Henriques. Mas poderia ser uma vitória amarga. Caso os trabalhadores continuassem apenas a fazer as oito horas, as empresas já não teriam os motoristas da GNR, PSP e Exército para completar os serviços deixados a meio. É que se a greve for levantada, deixam de se verificar os pressupostos para definir os serviços mínimos e, consequentemente, fazer uma requisição civil aos motoristas. E isso poderá deixar a nu se o modelo de negócio das empresas assenta ou não no trabalho suplementar (declarado ou não).

E o país? Até quando aguenta esta greve?

Os serviços mínimos vão reabastecendo os postos de combustível aqui e ali, mas poucos acreditarão que este ritmo de abastecimento será capaz de responder ao aumento da procura que provavelmente existirá quando se esvaziarem os depósitos das pessoas que se “precaveram”, seguindo o conselho do ministro Pedro Nuno Santos, na semana anterior à greve. Quando estas pessoas começarem a ter de reabastecer — um processo que poderá acelerar-se dado o período de férias — as bombas de gasolina podem voltar a entrar em rutura (mesmo com as limitações de litros que se podem abastecer).

Se, na greve de abril, ao fim de poucos dias as pessoas receberam o sinal de que tudo estava resolvido e a normalidade regressaria dentro de momentos, aqui corre-se o risco de a greve se arrastar e as pessoas nunca receberem esse sinal psicológico de que a situação está solucionada — portanto, a ansiedade tende a agravar-se. Sobretudo porque, mesmo num contexto de serviços mínimos e requisição civil, a prioridade no abastecimento terá de ser dada aos postos exclusivos da REPA (para forças armadas e de segurança, serviços e agentes de proteção civil e os serviços prisionais, de emergência médica e de transporte de medicamentos e dispositivos médicos) e só depois aos não exclusivos (onde todos podem abastecer). Só a seguir chega aos postos fora da rede. E mesmo nestes, é dada prioridade aos condutores com maiores necessidades de combustível.

E se falta comida nos supermercados?

Mas tão ou mais importante do que ter o carro abastecido, do ponto de vista da ansiedade do cidadão comum, pode ser a questão do fornecimento de produtos alimentares aos supermercados. O Observador voltou a falar, neste segundo dia de greve, com Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da associação que representa as principais empresas do setor da distribuição, a APED. O responsável garantiu que “as lojas estão a funcionar dentro da normalidade“.

“Felizmente, o abastecimento às lojas está a fazer-se com um ritmo adequado, tendo em conta que temos uma greve com serviços mínimos garantidos até agora”, considera Gonçalo Lobo Xavier, em declarações prestadas antes da hora de almoço desta terça-feira. “Os entrepostos têm funcionado normalmente, com uma participação ativa das forças de segurança que têm garantido que os trabalhos se executam em segurança, com tranquilidade e com bom ambiente entre os colaboradores e os camionistas que estão disponíveis para cumprir os serviços mínimos”, acrescentou.

Porém, não há como fugir à realidade: “A nossa expectativa é que a greve termine o mais brevemente possível”. É impossível calcular até quando é que os problemas podem ser evitados graças aos “planos de ação” que foram executados nas semanas anteriores à greve. “As lojas tiveram oportunidade de stockar e tomar medidas para manter a logística o mais eficiente possível”, mas Gonçalo Lobo Xavier admite: “Preocupa-nos que a situação se arraste. (…) Como é evidente, o que nós gostaríamos é que a situação voltasse à normalidade, sem greve e sem limitações”.

Com o arrastar da greve, muitos poderão recordar as palavras do diretor-geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), Pedro Queiroz, que disse ao Jornal Económico que “o racionamento de bens alimentares é uma possibilidade. Logo no primeiro dia de greve há constrangimentos na atividade da indústria e na entrega de produtos e a partir do terceiro dia de greve começa a sentir-se dificuldade no abastecimento de bens essenciais”. E concluía que “o racionamento é um risco que está em cima da mesa, a partir do terceiro dia de greve, e pode ser sentido em bens que, por norma, integram o cabaz prioritário como pão, lácteos, alimentação para bebés, massas, arroz e conservas”.

Os problemas que se levantam com uma greve de zelo deste tipo são diferentes no setor dos combustíveis e na grande distribuição alimentar. Por um lado, existem poucas refinarias em Portugal (Sines e Leixões), o que torna as tarefas de distribuição de combustíveis mais difíceis de concretizar em apenas oito horas. Esse problema não se coloca no retalho, já que as grandes cadeias (Jerónimo Martins, Sonae, Auchan, Lidl, etc) têm centros de distribuição e armazenamento mais disseminados geograficamente. Podem ser afetados por falta de gasóleo a montante, mas isso pode acontecer a todos os setores.

Por outro lado, o facto de existirem apenas duas refinarias permite controlar muito mais facilmente a evolução das operações, e reagir com medidas de corta-fogo. No caso da distribuição alimentar, a capacidade de reação e coordenação pode não ser tão rápida.

Para já, contudo, o setor do retalho esforça-se por passar uma mensagem de tranquilidade, até para evitar algo que pode acelerar o esgotamento das medidas preventivas que foram tomadas: o açambarcamento. Algo que, como o Observador escreveu na semana passada, é um crime em Portugal.

E se você perdesse o rendimento de um ano inteiro?

Um cenário bem mais “crítico” foi descrito, também ao Observador, pelo representante da indústria agrícola. Luís Mira, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), foi muito claro: “No setor agrícola, eu penso que até quinta ou sexta-feira, com as reservas que existem, as pessoas podem continuar a funcionar — não direi normalmente mas a funcionar”. Mas “depois disso vai ser muito complicado porque esta altura é crítica para a agricultura, para setores como a pêra-rocha, o pêssego, o tomate para indústria — que está em plena campanha e precisa de gasóleo para trabalhar, para os transportadores levarem o tomate desde o campo até à fábrica”. E as vindimas começam daqui a uma semana, 10 dias, lembra.

O enfoque mediático tem estado sobre as deslocações para as férias, mas Luís Mira lembra que há um grande número de pessoas que, com esta greve, tem em risco um ano inteiro de rendimento.

Numa atividade como a colheita do tomate para indústria as coisas são muito simples: “Isto não permite parar. Se o tomate ficar no campo, a perda é total. E o produto não espera. Uma semana de atraso significa perder a cultura”, avisa o responsável.

“Enquanto o tomate que vai para as prateleiras de supermercado está sempre a ser produzido, em estufas, este tem um período próprio de colheita” e precisa de combustível para as máquinas e para atestar os camiões que fazem o chamado micro-transporte. “Nós falámos com a organização dos industriais do tomate e eles calculam que, por dia, se fazem mil transportes de tomate para a fábrica. Não são 1.000 camiões porque alguns fazem dois ou três, mas são mil transportes diários. Portanto veja quanto é que isto não é em termos de necessidades de combustível”, explica.

Luís Mira sublinha: “Estamos a falar do rendimento de um ano dos trabalhadores. Isto não é aceitável”. Na outra greve, em abril, não era altura de colheitas, portanto esta questão não se colocava. “Mas desta vez coloca-se, por isso apelo ao Estado para que intervenha defendendo os direitos dos cidadãos, porque a greve já se fez, já teve o seu impacto, mas não podemos ‘estar 10 anos em greve'”, nem sequer 10 dias, provavelmente, entende o responsável.

“Quanto mais rapidamente a greve terminar, melhor. Acho que não vale a pena entrarmos numa situação de experimentar até quando é que cada um aguenta“, remata o responsável, indignado por se “permitir que um grupo de algumas centenas de pessoas coloque em causa o rendimento de um país e o bem-estar das pessoas — isso é mais importante do que o direito à greve, que deve ser respeitado mas não pode tirar as liberdades básicas aos cidadãos”.

E afinal, os hospitais estão ou não prestes a ter problemas?

Mais difícil de perceber é qual é o perigo que existe para o setor hospitalar, depois de a associação patronal ANTRAM ter indicado, a meio da tarde de terça-feira, que os abastecimentos a hospitais das zonas de Lisboa, Leiria e Coimbra ficariam “nas próximas 24 horas, seriamente comprometidos”. “É urgente que o Governo decrete a requisição civil total para quem, insensível sequer ao abastecimento a hospitais, insiste em incumprir os serviços mínimos”, referiu a entidade numa nota enviada à Lusa que defendia que .

O alerta acabaria por ser desmentido pelos visados. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo disse não ter “qualquer queixa ou preocupação de hospital ou centros de saúde”. À Rádio Observador, o presidente Luís Pisco garantiu: “Não chegou aqui à administração de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, até ao momento, qualquer queixa ou preocupação de hospital ou centros de saúde com abastecimentos, seja de combustíveis seja de medicamentos”.

Luís Pisco esclareceu ainda que a ARS contactou alguns hospitais e que a resposta foi que estava tudo “absolutamente normal e que não havia nada que estivesse em falta ou em risco de faltar”. E o próprio Ministério da Saúde, minutos mais tarde, lembrou que “o abastecimento aos hospitais e centros de saúde está garantido através do acesso à REPA. Está ainda garantido o acesso de todas as entidades, definidas como prioritárias, que prestem serviços de emergência médica e de transporte de medicamentos e dispositivos médicos”.

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