A saída do labirinto

17-12-2020
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E vão sete. Com a (esperada) aprovação pelo Parlamento, esta tarde, da proposta do Presidente da República para que seja renovado o estado de emergência a partir das 0h00 de 24 de dezembro e até 7 de janeiro, são já sete os períodos de estado de emergência vividos em Portugal desde o início da pandemia, em março. O texto presidencial é praticamente idêntico aos anteriores, com o chefe de Estado a justificar a manutenção da situação de exceção porque, “não obstante a ligeira diminuição da taxa de incidência de novos casos de infetados, mantêm-se números de falecimentos ainda muito elevados, confirmando os peritos os claros riscos de novo agravamento da pandemia em caso de redução das medidas tomadas para lhe fazer face”. Há, ainda assim, uma 'pequena' diferença, a introdução ("a bem da clareza e transparência", refere Belém) de um parágrafo que lembra que quem violar o disposto no decreto incorre no crime de desobediência - tal como está previsto na própria lei do estado de emergência.

O texto foi conhecido pelas 23 horas desta quarta-feira, poucos minutos depois de se saber que o Conselho de Ministros se reunira (eletronicamente) para lhe dar parecer favorável, e ao cabo de um dia de audições de Marcelo aos partidos. Não se prevê que haja mudanças de sentido de voto relativamente ao que se passou há 15 dias (quando apenas PS e PSD deram voto favorável à renovação do estado de emergência), mas já se percebeu que pelo menos CDS e PSD estão preocupados com as consequências do alívio de restrições no Natal e que PS admite que voltar a apertar as medidas no Ano Novo "é uma ideia que deve ser ponderada". A discussão é esta tarde, na Assembleia da República, mas só amanhã o Conselho de Ministros se reúne para decidir as medidas em concreto que vão vigorar nestes últimos dias de 2020 e nos primeiros de 2021.

O número de novos casos de covid-19 em Portugal atingiu o pico há praticamente um mês (6489, a 20 de novembro), mas até esta segunda-feira foram 24 dias consecutivos com o número de óbitos a manter uma tendência ascendente (os últimos dois dias já foram no sentido inverso). É caso quase único na Europa, revela esta análise do Expresso aos dados.

E vão sete. Com a (esperada) aprovação pelo Parlamento, esta tarde, da proposta do Presidente da República para que seja renovado o estado de emergência a partir das 0h00 de 24 de dezembro e até 7 de janeiro, são já sete os períodos de estado de emergência vividos em Portugal desde o início da pandemia, em março. O texto presidencial é praticamente idêntico aos anteriores, com o chefe de Estado a justificar a manutenção da situação de exceção porque, “não obstante a ligeira diminuição da taxa de incidência de novos casos de infetados, mantêm-se números de falecimentos ainda muito elevados, confirmando os peritos os claros riscos de novo agravamento da pandemia em caso de redução das medidas tomadas para lhe fazer face”. Há, ainda assim, uma 'pequena' diferença, a introdução ("a bem da clareza e transparência", refere Belém) de um parágrafo que lembra que quem violar o disposto no decreto incorre no crime de desobediência - tal como está previsto na própria lei do estado de emergência.

O texto foi conhecido pelas 23 horas desta quarta-feira, poucos minutos depois de se saber que o Conselho de Ministros se reunira (eletronicamente) para lhe dar parecer favorável, e ao cabo de um dia de audições de Marcelo aos partidos. Não se prevê que haja mudanças de sentido de voto relativamente ao que se passou há 15 dias (quando apenas PS e PSD deram voto favorável à renovação do estado de emergência), mas já se percebeu que pelo menos CDS e PSD estão preocupados com as consequências do alívio de restrições no Natal e que PS admite que voltar a apertar as medidas no Ano Novo "é uma ideia que deve ser ponderada". A discussão é esta tarde, na Assembleia da República, mas só amanhã o Conselho de Ministros se reúne para decidir as medidas em concreto que vão vigorar nestes últimos dias de 2020 e nos primeiros de 2021.

O número de novos casos de covid-19 em Portugal atingiu o pico há praticamente um mês (6489, a 20 de novembro), mas até esta segunda-feira foram 24 dias consecutivos com o número de óbitos a manter uma tendência ascendente (os últimos dois dias já foram no sentido inverso). É caso quase único na Europa, revela esta análise do Expresso aos dados.

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