António Costa inaugurou equipamentos regionais da proteção civil em Loulé e Quarteira

07-03-2020
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O Primeiro-Ministro António Costa, acompanhado pelo Ministro
da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pelo Presidente da Autoridade
Nacional de Emergência e Proteção Civil, Tenente-General Carlos Mourato Nunes, e
por vários Secretários de Estado, deslocou-se ao concelho de Loulé, no dia 29
de fevereiro, para presidir à inauguração de dois equipamentos na área da
proteção civil que irão servir o Algarve: o CREPC – Comando Regional de
Emergência e Proteção Civil, em Loulé; e a BAL – Base de Apoio Logístico da
Proteção Civil, em Quarteira.
O CREPC passa a ser a nova «casa» da Proteção Civil no
Algarve, substituindo as antigas instalações que se localizavam na baixa da
cidade de Faro. O edifício está situado num terreno cedido pela autarquia
louletana naquela que é já chamada a «Cidadela da Segurança e Proteção Civil»
que está a ser criada em Loulé, com uma centralidade única, acesso direto à Via
do Infante e localização privilegiada, em frente à Base de Helicópteros e ao
Quartel de Bombeiros de Loulé. Este equipamento reúne todas as condições para a
coordenação institucional e comando de operações que decorram no Algarve e representou
um investimento de cerca de 1 milhão e 250 mil euros, cofinanciado pela União
Europeia em 85 por cento.

Em Quarteira, a BAL permitirá o apoio, armazenamento de
equipamento, estadia e suporte direto às operações de socorro em todo o Algarve.
A unidade tem capacidade para albergar perto de 120 operacionais, assegurando o
alojamento, alimentação, espaços administrativos (gestão e comunicações),
armazenamento de equipamentos, abastecimento (exterior) e parqueamento de
veículos. O edifício integra ainda uma unidade operacional da Força Especial de
Proteção Civil e instalações para um destacamento do corpo de bombeiros
municipais. A obra teve um custo que rondou 1,6 milhões de euros, com 85 por
cento de financiamento comunitário.Os dois novos equipamentos inserem-se numa candidatura ao
POSEUR, no âmbito do Fundo de Coesão da União Europeia, e vêm reforçar a rede
estratégica de infraestruturas da Proteção Civil no Algarve, melhorando
significativamente as condições de trabalho de todos quantos têm a
responsabilidade de assegurar a proteção e o socorro das populações, a defesa
do seu património e a salvaguarda do ambiente, numa região que se assume como
um destino turístico que compete com os melhores do mundo. “É uma satisfação e
uma enorme alegria proporcionar, a partir de hoje, ao concelho de Loulé e à
Proteção Civil do Algarve duas infraestruturas de grande qualidade e valor
estratégico para o dispositivo de proteção e segurança das pessoas, dos seus
bens e dos seus valores ambientais. A segurança das pessoas tem sido uma
preocupação constante desta autarquia e estes equipamentos que hoje inauguramos
foram executados porque eram indispensáveis e porque se articulam com a visão
que esboçamos em 1998, ano em que iniciamos uma trajetória de investimentos
para a instalação de meios e capacidades para Loulé, mas também para a região,
face à consciência dos riscos e das fragilidades com que nos deparamos na
altura”, justificou Vítor Aleixo.

O presidente da Câmara Municipal de Loulé lembrou ainda o
aumento do número de ocorrências, da intensidade e dos danos resultantes de
desastres relacionados com o clima, enfatizando que as mudanças climáticas
criaram uma real e urgente necessidade de articulação entre as escalas global,
nacional, regional e local para a redução das catástrofes. “Cabe ao poder local
e às entidades responsáveis planearem ações de prevenção, mitigação,
preparação, resposta e recuperação voltadas para a proteção e defesa civil,
acautelando a sua integração nas políticas de ordenamento de território, do
desenvolvimento urbano, da saúde, do meio-ambiente, da gestão hídrica, da
geologia, das infraestruturas, da educação e ciência e das demais políticas
sectoriais, visando o desenvolvimento sustentável”, defendeu o edil louletano,
motivo pela qual Loulé tem encarado de forma prioritária a prevenção de riscos
coletivos, atuando rapidamente para a atenuação dos seus efeitos e
consequências. 
Segundo Vítor Aleixo, e após uma priorização criteriosa,
foram executados diversos projetos em áreas estratégicas, assim como
importantes investimentos destinados a reforçar a segurança e a proteção de
pessoas e bens. Disso são exemplos a assinatura de protocolos com a Autoridade
Marítima Nacional para a construção de um novo Posto da Polícia Marítima e de
uma Estação Salva-Vidas em Quarteira, a inauguração do Sub-Destacamento
Territorial da GNR em Quarteira e do Posto Territorial da GNR em Almancil, a
que se somam agora o CREPC e a BAL. “Mas a autarquia tem igualmente trabalhado
para informar e envolver diretamente a população local, através da criação de
uma equipa municipal operacional para planear operações, prevenir, sensibilizar
e alertar para os riscos de cheias, inundações e incêndios rurais. Foi também
lançado os programas «Aldeia Segura» e «Pessoas Seguras» e a população tem-se
mostrado extremamente recetiva e colaboradora em todas estas ações”, enalteceu
o presidente da Câmara Municipal de Loulé, recordando que, em 2019, em período
de férias escolares, 68 jovens do concelho se disponibilizaram para ajudar a
proteger a floresta, percorrendo o interior e interagindo com as gentes locais.
E, desde 2015, ao abrigo de um protocolo assinado com 16 clubes de caça do
concelho de Loulé, os praticantes desta modalidade passaram a constituir parte
da equipa de defesa da floresta contra incêndios. “Cabe aqui também relevar e
agradecer o papel das Forças Armadas, que nos tem prestado uma ajuda preciosa para
uma ação mais sistémica e mais eficaz. Precisamos da experiência, do conhecimento
e da colaboração de todos”, frisou o autarca.

À população de Quarteira e Vilamoura, Vítor Aleixo deixou as
garantias de que os Bombeiros Municipais passaram a estar dotados de
instalações condignas e de meios humanos e técnicos capazes de fazer frente a
qualquer situação de emergência médica e incêndios. “Ficarão estacionados na
BAL uma autoescada, um veículo de combate a incêndios urbanos, um veículo de
combate a incêndios rurais, um autotanque e uma ambulância de emergência”,
indicou. “Loulé é, hoje, um concelho e um território que atravessa uma boa fase
do seu desenvolvimento económico, social e ambiental. Que é capaz de atrair
investimento privado em montante significativo, estrangeiro e nacional, em
áreas tao diversas como as tecnologias digitais, o imobiliário, o turismo de
saúde e wellness e as indústrias criativas nos campos das produções
cinematográficas e de televisão. Esta atratividade cresceu nos últimos anos, na
medida em que passamos a ser notados como um município que soube fazer, no
tempo certo, as suas apostas estratégicas e os seus investimentos públicos
municipais na ação climática, na segurança e proteção dos cidadãos, na cultura
e valorização do património, e na inovação e investigação científica nas
ciências biomédicas”, destacou o presidente da Câmara Municipal de Loulé. “Cá estamos
e estaremos para procurar fazer mais e melhor. Trabalharemos arduamente para
aprofundar a promoção de uma cultura de prevenção e segurança, através de um
maior conhecimento dos riscos e vulnerabilidades do nosso território”, concluiu,
antes de entregar as «Chaves do Humanismo» ao Primeiro-Ministro António Costa,
a segunda personalidade a receber esta distinção, depois do Nobel da Paz Ramos
Horta, assim como um exemplar das Atas de Vereação da Câmara Municipal de
Loulé, as mais antigas de Portugal.  

“Primeiro
passo para a segurança é ter consciência dos riscos existentes”

Depois de ter estado em Almancil, no dia 14 de fevereiro,
para a abertura do novo posto da GNR daquela freguesia, Eduardo Cabrita,
Ministro da Administração Interna, regressou ao concelho de Loulé, agora para a
inauguração do CREPC e BAL, e elogiou a forma como no Algarve se tem
identificado a necessidade de uma visão global integrada em termos de
segurança. “Conhecemos muitos locais na Bacia do Mediterrâneo com boas
condições naturais e infraestruturas, património cultural, uma meteorologia
igualmente agradável, mas em que o fator segurança condiciona a sua escolha
como destino de férias. É a segurança interna que faz a diferença, antes de
mais, na qualidade de vida de todos os portugueses, é um elemento essencial de
coesão social e territorial, de competitividade, de atração de turistas e
investimento, de fator de identidade”, garantiu o governante.

...

Fundamental para a segurança de Portugal é também a Proteção
Civil, porque “qualquer incêndio rural, risco sísmico, ciclone ou epidemia são
graves para o país e terão a solidariedade e intervenção atenta do governo”.
“Sabemos que uma ocorrência deste tipo no Algarve chega mais longe e mais
depressa, pelo boca-a-boca de todos os que visitam a região e pela sua projeção
mediática. Por isso, este investimento de cerca de 2,6 milhões de euros no Comando
Regional de Emergência e Proteção Civil e na Base de Apoio Logístico da
Proteção Civil foi considerado um projeto de interesse nacional, com 85 por
cento de financiamento comunitário e os restantes 15 por cento assumidos pela
Câmara Municipal de Loulé”, apontou Eduardo Cabrita, confirmando a vontade de
se criarem cinco estruturas regionais deste tipo que permitam uma resposta mais
eficaz às ocorrências. “É um modelo que possibilita uma coerência territorial
que antigamente não existia e traz um conhecimento fundamental em tempos de
mudança. Em 2018 e 2019 tivemos cerca de 70 por cento de redução de área ardida
relativamente à década anterior, mas isto só reforça o nosso empenho e
determinação em mobilizar todo o sistema para ir ainda mais além”. 
Já António Costa enalteceu a articulação tripartida entre a
Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o Município de Loulé e a
União Europeia, que permitiu viabilizar dois investimentos da maior importância
para a região e para o país. “É um excelente exemplo para aqueles que temem a
Descentralização e para aqueles que desconfiam da União Europeia. Sabemos bem
que é fundamental a segurança como fator de desenvolvimento coletivo, e o
primeiro passo para a segurança é termos consciência dos riscos que existem em
cada território. Um risco natural e histórico do Algarve é o sísmico, mas as
alterações climáticas têm vindo a criar novos riscos e a agravar riscos pré-existentes,
como a erosão costeira, a seca e os incêndios”, alertou o Primeiro-Ministro,
recordando que a Proteção Civil não existe apenas para combater os incêndios
florestais, mas sim, essencialmente, para desenvolver uma cultura de segurança,
assente na prevenção, proteção de pessoas e bens e de reação perante situações
de catástrofes. “É nos dias de chuva que prevenimos os incêndios de Verão e
nunca podemos esquecer que é uma responsabilidade de todos nós acautelar esse
risco. Claro que essa missão é também do Estado e finalmente obtivemos o visto
do Tribunal de Contas para um conjunto de empreitadas para construir e executar
um Plano Nacional de Faixas de Interrupção. Mas é um trabalho que recai também
sobre os proprietários de cada parcela”, indicou António Costa.

O Primeiro-Ministro defendeu igualmente que os melhores
resultados de 2018 e 2019 nesta matéria não são sinónimo de que os riscos
desapareceram, portanto, há que continuar a trabalhar na limpeza, a tempo e
horas, das matas e florestas. “Contudo, sabemos que, por melhor que seja a
prevenção, o risco não desaparece e, quando a tragédia surge, é necessário
responder. Daí ser fundamental o esforço de qualificação da nossa estrutura de
combate a qualquer calamidade na área da proteção civil”, salientou.
“Precisamos ter melhores meios e recursos, mas também uma boa capacidade de
planeamento, de comando e controlo, de logística para sustentar estas
operações. Com os equipamentos hoje inaugurados estamos a dotar a Proteção
Civil com uma capacidade de planeamento, comando e controlo de operações de que
até agora não dispunha e essa mais-valia fará a diferença no dia em que for
preciso responder a qualquer tragédia”, garantiu António Costa. “Estamos a
preparar-nos para o momento de ação. O país, os Municípios e a União Europeia
estão a investir para dotar o sistema de melhor capacidade de previsão e de
resposta, caso tal seja necessária, porque temos que ganhar essas batalhas, em
nome da proteção da vida e da segurança individual de cada ser vivo, em nome da
proteção dos bens da região e de cada pessoa e família, em nome da proteção dos
bens naturais desta região. Porque a economia nacional cresceu, em 2019, acima
de todas as previsões, graças à capacidade de investimento dos empresários e de
trabalho dos portugueses, mas também graças às condições institucionais que
criamos para gerar confiança internacional e atrair investimento. O turismo tem
uma capacidade extraordinária de mobilização de toda a cadeia económica
nacional, da agricultura à indústria, da construção ao comércio e serviços. Por
isso, quando estamos a investir em segurança no Algarve, também estamos a
investir no desenvolvimento económico e social da região e do país”, concluiu o
Primeiro-Ministro António Costa.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

O Primeiro-Ministro António Costa, acompanhado pelo Ministro
da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pelo Presidente da Autoridade
Nacional de Emergência e Proteção Civil, Tenente-General Carlos Mourato Nunes, e
por vários Secretários de Estado, deslocou-se ao concelho de Loulé, no dia 29
de fevereiro, para presidir à inauguração de dois equipamentos na área da
proteção civil que irão servir o Algarve: o CREPC – Comando Regional de
Emergência e Proteção Civil, em Loulé; e a BAL – Base de Apoio Logístico da
Proteção Civil, em Quarteira.
O CREPC passa a ser a nova «casa» da Proteção Civil no
Algarve, substituindo as antigas instalações que se localizavam na baixa da
cidade de Faro. O edifício está situado num terreno cedido pela autarquia
louletana naquela que é já chamada a «Cidadela da Segurança e Proteção Civil»
que está a ser criada em Loulé, com uma centralidade única, acesso direto à Via
do Infante e localização privilegiada, em frente à Base de Helicópteros e ao
Quartel de Bombeiros de Loulé. Este equipamento reúne todas as condições para a
coordenação institucional e comando de operações que decorram no Algarve e representou
um investimento de cerca de 1 milhão e 250 mil euros, cofinanciado pela União
Europeia em 85 por cento.

Em Quarteira, a BAL permitirá o apoio, armazenamento de
equipamento, estadia e suporte direto às operações de socorro em todo o Algarve.
A unidade tem capacidade para albergar perto de 120 operacionais, assegurando o
alojamento, alimentação, espaços administrativos (gestão e comunicações),
armazenamento de equipamentos, abastecimento (exterior) e parqueamento de
veículos. O edifício integra ainda uma unidade operacional da Força Especial de
Proteção Civil e instalações para um destacamento do corpo de bombeiros
municipais. A obra teve um custo que rondou 1,6 milhões de euros, com 85 por
cento de financiamento comunitário.Os dois novos equipamentos inserem-se numa candidatura ao
POSEUR, no âmbito do Fundo de Coesão da União Europeia, e vêm reforçar a rede
estratégica de infraestruturas da Proteção Civil no Algarve, melhorando
significativamente as condições de trabalho de todos quantos têm a
responsabilidade de assegurar a proteção e o socorro das populações, a defesa
do seu património e a salvaguarda do ambiente, numa região que se assume como
um destino turístico que compete com os melhores do mundo. “É uma satisfação e
uma enorme alegria proporcionar, a partir de hoje, ao concelho de Loulé e à
Proteção Civil do Algarve duas infraestruturas de grande qualidade e valor
estratégico para o dispositivo de proteção e segurança das pessoas, dos seus
bens e dos seus valores ambientais. A segurança das pessoas tem sido uma
preocupação constante desta autarquia e estes equipamentos que hoje inauguramos
foram executados porque eram indispensáveis e porque se articulam com a visão
que esboçamos em 1998, ano em que iniciamos uma trajetória de investimentos
para a instalação de meios e capacidades para Loulé, mas também para a região,
face à consciência dos riscos e das fragilidades com que nos deparamos na
altura”, justificou Vítor Aleixo.

O presidente da Câmara Municipal de Loulé lembrou ainda o
aumento do número de ocorrências, da intensidade e dos danos resultantes de
desastres relacionados com o clima, enfatizando que as mudanças climáticas
criaram uma real e urgente necessidade de articulação entre as escalas global,
nacional, regional e local para a redução das catástrofes. “Cabe ao poder local
e às entidades responsáveis planearem ações de prevenção, mitigação,
preparação, resposta e recuperação voltadas para a proteção e defesa civil,
acautelando a sua integração nas políticas de ordenamento de território, do
desenvolvimento urbano, da saúde, do meio-ambiente, da gestão hídrica, da
geologia, das infraestruturas, da educação e ciência e das demais políticas
sectoriais, visando o desenvolvimento sustentável”, defendeu o edil louletano,
motivo pela qual Loulé tem encarado de forma prioritária a prevenção de riscos
coletivos, atuando rapidamente para a atenuação dos seus efeitos e
consequências. 
Segundo Vítor Aleixo, e após uma priorização criteriosa,
foram executados diversos projetos em áreas estratégicas, assim como
importantes investimentos destinados a reforçar a segurança e a proteção de
pessoas e bens. Disso são exemplos a assinatura de protocolos com a Autoridade
Marítima Nacional para a construção de um novo Posto da Polícia Marítima e de
uma Estação Salva-Vidas em Quarteira, a inauguração do Sub-Destacamento
Territorial da GNR em Quarteira e do Posto Territorial da GNR em Almancil, a
que se somam agora o CREPC e a BAL. “Mas a autarquia tem igualmente trabalhado
para informar e envolver diretamente a população local, através da criação de
uma equipa municipal operacional para planear operações, prevenir, sensibilizar
e alertar para os riscos de cheias, inundações e incêndios rurais. Foi também
lançado os programas «Aldeia Segura» e «Pessoas Seguras» e a população tem-se
mostrado extremamente recetiva e colaboradora em todas estas ações”, enalteceu
o presidente da Câmara Municipal de Loulé, recordando que, em 2019, em período
de férias escolares, 68 jovens do concelho se disponibilizaram para ajudar a
proteger a floresta, percorrendo o interior e interagindo com as gentes locais.
E, desde 2015, ao abrigo de um protocolo assinado com 16 clubes de caça do
concelho de Loulé, os praticantes desta modalidade passaram a constituir parte
da equipa de defesa da floresta contra incêndios. “Cabe aqui também relevar e
agradecer o papel das Forças Armadas, que nos tem prestado uma ajuda preciosa para
uma ação mais sistémica e mais eficaz. Precisamos da experiência, do conhecimento
e da colaboração de todos”, frisou o autarca.

À população de Quarteira e Vilamoura, Vítor Aleixo deixou as
garantias de que os Bombeiros Municipais passaram a estar dotados de
instalações condignas e de meios humanos e técnicos capazes de fazer frente a
qualquer situação de emergência médica e incêndios. “Ficarão estacionados na
BAL uma autoescada, um veículo de combate a incêndios urbanos, um veículo de
combate a incêndios rurais, um autotanque e uma ambulância de emergência”,
indicou. “Loulé é, hoje, um concelho e um território que atravessa uma boa fase
do seu desenvolvimento económico, social e ambiental. Que é capaz de atrair
investimento privado em montante significativo, estrangeiro e nacional, em
áreas tao diversas como as tecnologias digitais, o imobiliário, o turismo de
saúde e wellness e as indústrias criativas nos campos das produções
cinematográficas e de televisão. Esta atratividade cresceu nos últimos anos, na
medida em que passamos a ser notados como um município que soube fazer, no
tempo certo, as suas apostas estratégicas e os seus investimentos públicos
municipais na ação climática, na segurança e proteção dos cidadãos, na cultura
e valorização do património, e na inovação e investigação científica nas
ciências biomédicas”, destacou o presidente da Câmara Municipal de Loulé. “Cá estamos
e estaremos para procurar fazer mais e melhor. Trabalharemos arduamente para
aprofundar a promoção de uma cultura de prevenção e segurança, através de um
maior conhecimento dos riscos e vulnerabilidades do nosso território”, concluiu,
antes de entregar as «Chaves do Humanismo» ao Primeiro-Ministro António Costa,
a segunda personalidade a receber esta distinção, depois do Nobel da Paz Ramos
Horta, assim como um exemplar das Atas de Vereação da Câmara Municipal de
Loulé, as mais antigas de Portugal.  

“Primeiro
passo para a segurança é ter consciência dos riscos existentes”

Depois de ter estado em Almancil, no dia 14 de fevereiro,
para a abertura do novo posto da GNR daquela freguesia, Eduardo Cabrita,
Ministro da Administração Interna, regressou ao concelho de Loulé, agora para a
inauguração do CREPC e BAL, e elogiou a forma como no Algarve se tem
identificado a necessidade de uma visão global integrada em termos de
segurança. “Conhecemos muitos locais na Bacia do Mediterrâneo com boas
condições naturais e infraestruturas, património cultural, uma meteorologia
igualmente agradável, mas em que o fator segurança condiciona a sua escolha
como destino de férias. É a segurança interna que faz a diferença, antes de
mais, na qualidade de vida de todos os portugueses, é um elemento essencial de
coesão social e territorial, de competitividade, de atração de turistas e
investimento, de fator de identidade”, garantiu o governante.

...

Fundamental para a segurança de Portugal é também a Proteção
Civil, porque “qualquer incêndio rural, risco sísmico, ciclone ou epidemia são
graves para o país e terão a solidariedade e intervenção atenta do governo”.
“Sabemos que uma ocorrência deste tipo no Algarve chega mais longe e mais
depressa, pelo boca-a-boca de todos os que visitam a região e pela sua projeção
mediática. Por isso, este investimento de cerca de 2,6 milhões de euros no Comando
Regional de Emergência e Proteção Civil e na Base de Apoio Logístico da
Proteção Civil foi considerado um projeto de interesse nacional, com 85 por
cento de financiamento comunitário e os restantes 15 por cento assumidos pela
Câmara Municipal de Loulé”, apontou Eduardo Cabrita, confirmando a vontade de
se criarem cinco estruturas regionais deste tipo que permitam uma resposta mais
eficaz às ocorrências. “É um modelo que possibilita uma coerência territorial
que antigamente não existia e traz um conhecimento fundamental em tempos de
mudança. Em 2018 e 2019 tivemos cerca de 70 por cento de redução de área ardida
relativamente à década anterior, mas isto só reforça o nosso empenho e
determinação em mobilizar todo o sistema para ir ainda mais além”. 
Já António Costa enalteceu a articulação tripartida entre a
Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o Município de Loulé e a
União Europeia, que permitiu viabilizar dois investimentos da maior importância
para a região e para o país. “É um excelente exemplo para aqueles que temem a
Descentralização e para aqueles que desconfiam da União Europeia. Sabemos bem
que é fundamental a segurança como fator de desenvolvimento coletivo, e o
primeiro passo para a segurança é termos consciência dos riscos que existem em
cada território. Um risco natural e histórico do Algarve é o sísmico, mas as
alterações climáticas têm vindo a criar novos riscos e a agravar riscos pré-existentes,
como a erosão costeira, a seca e os incêndios”, alertou o Primeiro-Ministro,
recordando que a Proteção Civil não existe apenas para combater os incêndios
florestais, mas sim, essencialmente, para desenvolver uma cultura de segurança,
assente na prevenção, proteção de pessoas e bens e de reação perante situações
de catástrofes. “É nos dias de chuva que prevenimos os incêndios de Verão e
nunca podemos esquecer que é uma responsabilidade de todos nós acautelar esse
risco. Claro que essa missão é também do Estado e finalmente obtivemos o visto
do Tribunal de Contas para um conjunto de empreitadas para construir e executar
um Plano Nacional de Faixas de Interrupção. Mas é um trabalho que recai também
sobre os proprietários de cada parcela”, indicou António Costa.

O Primeiro-Ministro defendeu igualmente que os melhores
resultados de 2018 e 2019 nesta matéria não são sinónimo de que os riscos
desapareceram, portanto, há que continuar a trabalhar na limpeza, a tempo e
horas, das matas e florestas. “Contudo, sabemos que, por melhor que seja a
prevenção, o risco não desaparece e, quando a tragédia surge, é necessário
responder. Daí ser fundamental o esforço de qualificação da nossa estrutura de
combate a qualquer calamidade na área da proteção civil”, salientou.
“Precisamos ter melhores meios e recursos, mas também uma boa capacidade de
planeamento, de comando e controlo, de logística para sustentar estas
operações. Com os equipamentos hoje inaugurados estamos a dotar a Proteção
Civil com uma capacidade de planeamento, comando e controlo de operações de que
até agora não dispunha e essa mais-valia fará a diferença no dia em que for
preciso responder a qualquer tragédia”, garantiu António Costa. “Estamos a
preparar-nos para o momento de ação. O país, os Municípios e a União Europeia
estão a investir para dotar o sistema de melhor capacidade de previsão e de
resposta, caso tal seja necessária, porque temos que ganhar essas batalhas, em
nome da proteção da vida e da segurança individual de cada ser vivo, em nome da
proteção dos bens da região e de cada pessoa e família, em nome da proteção dos
bens naturais desta região. Porque a economia nacional cresceu, em 2019, acima
de todas as previsões, graças à capacidade de investimento dos empresários e de
trabalho dos portugueses, mas também graças às condições institucionais que
criamos para gerar confiança internacional e atrair investimento. O turismo tem
uma capacidade extraordinária de mobilização de toda a cadeia económica
nacional, da agricultura à indústria, da construção ao comércio e serviços. Por
isso, quando estamos a investir em segurança no Algarve, também estamos a
investir no desenvolvimento económico e social da região e do país”, concluiu o
Primeiro-Ministro António Costa.

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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