Portugal disponível para acolher 2.000 estudantes refugiados

19-01-2020
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Um levantamento feito pelo Governo permite que Portugal possa acolher 2.000 refugiados no ensino superior e mil nas escolas profissionais, diz ministro adjunto Eduardo Cabrita

O ministro adjunto Eduardo Cabrita afirmou esta sexta-feira, em Penela, Coimbra, que um levantamento feito pelo Governo permite que Portugal possa acolher 2.000 refugiados no ensino superior e mil nas escolas profissionais portuguesas.

O levantamento "já feito, quer no ensino superior universitário quer politécnico, permitirá passar de 150 para 2.000 estudantes" refugiados a acolher, disse hoje o ministro adjunto Eduardo Cabrita, que falava no final de uma visita à Escola de Penela, em que contactou com as crianças sírias e sudanesas que estão há três meses a viver neste concelho do distrito de Coimbra.

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Segundo o ministro, este acolhimento no ensino superior vai contar com "alojamento, aulas de português e noutros casos com frequência de aulas em inglês".

Quanto às escolas profissionais, também foi feito um levantamento nacional, que irá permitir a Portugal "acolher, numa primeira fase, perto de mil estudantes" nessas mesmas escolas.

Em declarações aos jornalistas, Eduardo Cabrita sublinhou que Portugal tem uma "posição de abertura" relativamente ao acolhimento de refugiados, sendo que será possível "aprofundar experiências de integração".

"Podemos ir mais além neste esforço de inclusão que tão bem contribui em municípios como Penela", marcados pela baixa densidade demográfica, apontou.

Hoje, o primeiro-ministro, António Costa, oferece à chanceler alemã Angela Merkel, apoio na integração de refugiados, nomeadamente para receber estudantes.

"Eu gostaria de dizer à senhora Merkel que além do esforço que estamos empenhados, quer na vigilância das fronteiras externas da União, quer nos trabalhos dos hotspots (registos de refugiados), estamos disponíveis numa base bilateral para colaborar e ajudar a Alemanha", referiu o chefe do executivo.

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Essa colaboração é uma "excelente oportunidade" para Portugal, ao manter alunos nos politécnicos e universidades, "onde por via do efeito demográfico têm vagas".

O ministro-adjunto afirmou ainda que autarquias na Beira Interior, Sul, Oeste e Trás-os-Montes poderão ser zonas piloto para implementar um projeto de substituição de trabalhadores sazonais por famílias de refugiados.

Os projetos-piloto estão a ser estudados "com as autarquias, mas também com os empresários da zona em causa" para intervir em locais da zona Sul, Oeste, Beira Interior e Trás-os-Montes, onde "há atividades hoje desenvolvidas com recurso a trabalhadores sazonais", informou Eduardo Cabrita.

O Governo está a estudar "a formar de substituir gradualmente essa sazonalidade, em que em cada ano corresponde a uma nacionalidade diferente, por uma presença que corresponda a uma inclusão, a uma fixação de famílias nessas zonas em que há carências significativas de mão-de-obra e que correspondem, na maior parte dos casos, a zonas de baixa densidade", vincou o ministro-adjunto.

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A ideia, sublinhou, é atrair trabalhadores em áreas em que Portugal "tem mão-de-obra sazonal imigrante", substituindo essa sazonalidade por "famílias que, com carácter de permanência, estejam disponíveis a integrar-se na sociedade portuguesa".

"É um grande esforço nacional, que une a sociedade portuguesa e manifesta o melhor do nosso sentimento de um país solidário, mesmo em tempos de dificuldades", vincou Eduardo Cabrita, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola de Penela, em que contactou com as crianças sírias e sudanesas que estão há três meses a viver neste concelho do distrito de Coimbra.

Hoje o primeiro-ministro, António Costa, já tinha referido a possibilidade de refugiados poderem trabalhar no setor agrícola, onde a mão-de-obra é normalmente preenchida por migrantes de origem asiática.

Um levantamento feito pelo Governo permite que Portugal possa acolher 2.000 refugiados no ensino superior e mil nas escolas profissionais, diz ministro adjunto Eduardo Cabrita

O ministro adjunto Eduardo Cabrita afirmou esta sexta-feira, em Penela, Coimbra, que um levantamento feito pelo Governo permite que Portugal possa acolher 2.000 refugiados no ensino superior e mil nas escolas profissionais portuguesas.

O levantamento "já feito, quer no ensino superior universitário quer politécnico, permitirá passar de 150 para 2.000 estudantes" refugiados a acolher, disse hoje o ministro adjunto Eduardo Cabrita, que falava no final de uma visita à Escola de Penela, em que contactou com as crianças sírias e sudanesas que estão há três meses a viver neste concelho do distrito de Coimbra.

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Segundo o ministro, este acolhimento no ensino superior vai contar com "alojamento, aulas de português e noutros casos com frequência de aulas em inglês".

Quanto às escolas profissionais, também foi feito um levantamento nacional, que irá permitir a Portugal "acolher, numa primeira fase, perto de mil estudantes" nessas mesmas escolas.

Em declarações aos jornalistas, Eduardo Cabrita sublinhou que Portugal tem uma "posição de abertura" relativamente ao acolhimento de refugiados, sendo que será possível "aprofundar experiências de integração".

"Podemos ir mais além neste esforço de inclusão que tão bem contribui em municípios como Penela", marcados pela baixa densidade demográfica, apontou.

Hoje, o primeiro-ministro, António Costa, oferece à chanceler alemã Angela Merkel, apoio na integração de refugiados, nomeadamente para receber estudantes.

"Eu gostaria de dizer à senhora Merkel que além do esforço que estamos empenhados, quer na vigilância das fronteiras externas da União, quer nos trabalhos dos hotspots (registos de refugiados), estamos disponíveis numa base bilateral para colaborar e ajudar a Alemanha", referiu o chefe do executivo.

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Essa colaboração é uma "excelente oportunidade" para Portugal, ao manter alunos nos politécnicos e universidades, "onde por via do efeito demográfico têm vagas".

O ministro-adjunto afirmou ainda que autarquias na Beira Interior, Sul, Oeste e Trás-os-Montes poderão ser zonas piloto para implementar um projeto de substituição de trabalhadores sazonais por famílias de refugiados.

Os projetos-piloto estão a ser estudados "com as autarquias, mas também com os empresários da zona em causa" para intervir em locais da zona Sul, Oeste, Beira Interior e Trás-os-Montes, onde "há atividades hoje desenvolvidas com recurso a trabalhadores sazonais", informou Eduardo Cabrita.

O Governo está a estudar "a formar de substituir gradualmente essa sazonalidade, em que em cada ano corresponde a uma nacionalidade diferente, por uma presença que corresponda a uma inclusão, a uma fixação de famílias nessas zonas em que há carências significativas de mão-de-obra e que correspondem, na maior parte dos casos, a zonas de baixa densidade", vincou o ministro-adjunto.

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A ideia, sublinhou, é atrair trabalhadores em áreas em que Portugal "tem mão-de-obra sazonal imigrante", substituindo essa sazonalidade por "famílias que, com carácter de permanência, estejam disponíveis a integrar-se na sociedade portuguesa".

"É um grande esforço nacional, que une a sociedade portuguesa e manifesta o melhor do nosso sentimento de um país solidário, mesmo em tempos de dificuldades", vincou Eduardo Cabrita, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola de Penela, em que contactou com as crianças sírias e sudanesas que estão há três meses a viver neste concelho do distrito de Coimbra.

Hoje o primeiro-ministro, António Costa, já tinha referido a possibilidade de refugiados poderem trabalhar no setor agrícola, onde a mão-de-obra é normalmente preenchida por migrantes de origem asiática.

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