Nós Tetraplégicos

25-06-2020
marcar artigo


A Delegação de Faro da Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) apresentou na sexta-feira, dia 24 de maio às 18h30, a Biblioteca Municipal de Lagoa, o livro «Deficientes das Forças Armadas – A Geração da Rutura». A obra, de 1058 páginas, foi apresentada por José Vilhena Mesquita, professor da Universidade do Algarve.

«A história da Associação dos Deficientes das Forças Armadas confunde-se com a própria luta dos deficientes da guerra colonial pelo reconhecimento dos seus direitos e está ligada à explosão coletiva decorrente da queda do regime ditatorial do Estado Novo».Este livro «procura fixar esse complexo e fecundo movimento iniciado ainda antes do 25 de Abril de 1974, em ligação com o Movimento dos Capitães, trazendo ao conhecimento público o percurso de vida dos deficientes das Forças Armadas e a sua luta tenaz e intransigente pelo direito a uma vida digna numa sociedade democrática».«Revela os esforços de reintegração social realizados pelos deficientes das Forças Armadas e o seu contributo, no domínio da reabilitação, para a criação de uma sociedade mais inclusiva. Dá conta da persistência na preservação da memória da guerra colonial por parte das suas maiores vítimas».O livro, segundo explica ao «barlavento» José Manuel Furtado, presidente da Assembleia Geral da Delegação de Faro da ADFA, é «um exercício da memória coletiva, para que essa memória não se perca. E é o resultado de um trabalho coletivo, para que essa memória seja fiel».A obra «nasceu, cresceu e concluiu-se dentro do genuíno espírito associativo que levou à criação e afirmação da ADFA e que fez dela um exemplo de abrangência, solidez e perenidade na sociedade democrática do 25 de Abril», tal como é descrito na introdução.Constitui também, nas palavras do filósofo Eduardo Lourenço, autor do Prefácio, «uma memorialização do que não podia ser esquecido sem injustiça e grave pecado, ética e humanamente insuportáveis, para aqueles que o sofreram por cumprirem o que o que desde sempre foi exigido em nome de valores ou ideais dignos, na óptica do tempo em que combateram, de consideração e respeito».Para José Manuel Furtado, «a importância sociológica que este registo para a história comporta e o contributo que os acontecimentos aí descritos tiveram na transformação para uma sociedade mais justa e inclusiva justificam, a divulgação deste evento».

Fonte: Barlavento


A Delegação de Faro da Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) apresentou na sexta-feira, dia 24 de maio às 18h30, a Biblioteca Municipal de Lagoa, o livro «Deficientes das Forças Armadas – A Geração da Rutura». A obra, de 1058 páginas, foi apresentada por José Vilhena Mesquita, professor da Universidade do Algarve.

«A história da Associação dos Deficientes das Forças Armadas confunde-se com a própria luta dos deficientes da guerra colonial pelo reconhecimento dos seus direitos e está ligada à explosão coletiva decorrente da queda do regime ditatorial do Estado Novo».Este livro «procura fixar esse complexo e fecundo movimento iniciado ainda antes do 25 de Abril de 1974, em ligação com o Movimento dos Capitães, trazendo ao conhecimento público o percurso de vida dos deficientes das Forças Armadas e a sua luta tenaz e intransigente pelo direito a uma vida digna numa sociedade democrática».«Revela os esforços de reintegração social realizados pelos deficientes das Forças Armadas e o seu contributo, no domínio da reabilitação, para a criação de uma sociedade mais inclusiva. Dá conta da persistência na preservação da memória da guerra colonial por parte das suas maiores vítimas».O livro, segundo explica ao «barlavento» José Manuel Furtado, presidente da Assembleia Geral da Delegação de Faro da ADFA, é «um exercício da memória coletiva, para que essa memória não se perca. E é o resultado de um trabalho coletivo, para que essa memória seja fiel».A obra «nasceu, cresceu e concluiu-se dentro do genuíno espírito associativo que levou à criação e afirmação da ADFA e que fez dela um exemplo de abrangência, solidez e perenidade na sociedade democrática do 25 de Abril», tal como é descrito na introdução.Constitui também, nas palavras do filósofo Eduardo Lourenço, autor do Prefácio, «uma memorialização do que não podia ser esquecido sem injustiça e grave pecado, ética e humanamente insuportáveis, para aqueles que o sofreram por cumprirem o que o que desde sempre foi exigido em nome de valores ou ideais dignos, na óptica do tempo em que combateram, de consideração e respeito».Para José Manuel Furtado, «a importância sociológica que este registo para a história comporta e o contributo que os acontecimentos aí descritos tiveram na transformação para uma sociedade mais justa e inclusiva justificam, a divulgação deste evento».

Fonte: Barlavento

marcar artigo