CDS-PP: Concelhia de Lisboa

14-11-2019
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O debate entre o deputado do CDS-PP Telmo Correia e Freitas do Amaral começou de forma acesa, com o antigo líder parlamentar democrata-cristão a acusar o ministro dos Negócios Estrangeiros de ter "vergonha de ser ocidental e de viver em democracia".Na sua intervenção, o deputado do CDS-PP Telmo Correia classificou o comunicado de Freitas do Amaral sobre a polémica das caricaturas de Maomé como "uma das páginas mais tristes" da diplomacia portuguesa. "Nem uma palavra sobre violência, é inaceitável e inadmissível", acusou Telmo Correia, considerando que esta posição "pôs em causa os interesses de Portugal".Para o ex-líder parlamentar dos democratas-cristãos, o Ministério dos Negócios Estrangeiros é actualmente "um embaraço" e um local "de opinadores"."É gravíssimo termos neste Ministério um ministro que sistematicamente tropeça nas suas próprias opiniões", criticou Telmo Correia, sugerindo que se mude o nome de "Palácio das Necessidades para Palácio das infelicidades".Recorrendo a teorias do estadista britânico Winston Churchill, Telmo Correia sublinhou que "o apaziguamento não chega" para responder à "violência absoluta e expansionista"."Se formos brandos com o terrorismo somos negligentes da democracia e brandos na defesa da liberdade", salientou.Lembrando os mortos nos atentados de Nova Iorque, Madrid e Londres, Telmo Correia sublinhou que o agressor não é nem o Ocidente nem o Islão."Os agressores não somos nós, como também não é o Islão nem os muçulmanos. Os agressores são fanáticos radicais que usam indevidamente a religião para semear a violência", disse.O CDS aproveitou para questionar o ministro dos Negócios Estrangeiros sobre declarações proferidas em Novembro passado pelo secretário de Estado da Cooperação João Gomes Cravinho, que apelidou o fundador da UNITA, Jonas Savimbi, de "monstro" e "Hitler africano"."Pelos vistos este tipo de dislates não se ficam pelo titular da pasta", criticou Telmo Correia, sublinhando que "a democracia angolana é um objectivo estratégico da política externa portuguesa".No encerramento do debate, o deputado do CDS-PP Telmo Correia "confessou" hoje sentir saudades dos governos do socialista António Guterres em matéria de política externa, no final de uma interpelação em que os democratas-cristãos criticaram duramente o ministro Freitas do Amaral."Sinto saudades dos governos PSD e CDS e sinto saudades dos governos de António Guterres, que grandes ministros dos Negócios Estrangeiros!", afirmou Telmo Correia, num elogio ao socialista Jaime Gama, que ocupou essa pasta entre 1995 e 2001, e hoje preside à Assembleia da República.Já perto do final da interpelação, suscitada pelo CDS para confrontar o Governo com a posição assumida na polémica sobre as caricaturas de Maomé, Telmo Correia considerou que Freitas do Amaral "não explicou porque é que no seu pequeno e sucinto comunicado [de 7 de Fevereiro] não condenou a violência" contra representações diplomáticas europeias.Aliás, o ex-líder parlamentar do CDS criticou a posição assumida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros no debate, sublinhando que Freitas do Amaral considerou "compreensível" a violência gerada pela publicação das caricaturas.Na conclusão do debate, Telmo Correia acusou o ministro de "falar grosso com a Inglaterra e com os Estados Unidos e falar fininho com o terrorismo e radicalismo".Recusando que a interpelação tenha sido um ataque pessoal a Freitas do Amaral, o CDS rejeitou também pedir a sua demissão, ao contrário do PSD, que sugeriu uma remodelação."Não vamos pedir a cessação deste tormento, não o vamos fazer porque respeitamos os tempos do primeiro-ministro. Não é necessário, o tempo o resolverá com naturalidade", rematou Telmo Correia.Fonte: LUSA

O debate entre o deputado do CDS-PP Telmo Correia e Freitas do Amaral começou de forma acesa, com o antigo líder parlamentar democrata-cristão a acusar o ministro dos Negócios Estrangeiros de ter "vergonha de ser ocidental e de viver em democracia".Na sua intervenção, o deputado do CDS-PP Telmo Correia classificou o comunicado de Freitas do Amaral sobre a polémica das caricaturas de Maomé como "uma das páginas mais tristes" da diplomacia portuguesa. "Nem uma palavra sobre violência, é inaceitável e inadmissível", acusou Telmo Correia, considerando que esta posição "pôs em causa os interesses de Portugal".Para o ex-líder parlamentar dos democratas-cristãos, o Ministério dos Negócios Estrangeiros é actualmente "um embaraço" e um local "de opinadores"."É gravíssimo termos neste Ministério um ministro que sistematicamente tropeça nas suas próprias opiniões", criticou Telmo Correia, sugerindo que se mude o nome de "Palácio das Necessidades para Palácio das infelicidades".Recorrendo a teorias do estadista britânico Winston Churchill, Telmo Correia sublinhou que "o apaziguamento não chega" para responder à "violência absoluta e expansionista"."Se formos brandos com o terrorismo somos negligentes da democracia e brandos na defesa da liberdade", salientou.Lembrando os mortos nos atentados de Nova Iorque, Madrid e Londres, Telmo Correia sublinhou que o agressor não é nem o Ocidente nem o Islão."Os agressores não somos nós, como também não é o Islão nem os muçulmanos. Os agressores são fanáticos radicais que usam indevidamente a religião para semear a violência", disse.O CDS aproveitou para questionar o ministro dos Negócios Estrangeiros sobre declarações proferidas em Novembro passado pelo secretário de Estado da Cooperação João Gomes Cravinho, que apelidou o fundador da UNITA, Jonas Savimbi, de "monstro" e "Hitler africano"."Pelos vistos este tipo de dislates não se ficam pelo titular da pasta", criticou Telmo Correia, sublinhando que "a democracia angolana é um objectivo estratégico da política externa portuguesa".No encerramento do debate, o deputado do CDS-PP Telmo Correia "confessou" hoje sentir saudades dos governos do socialista António Guterres em matéria de política externa, no final de uma interpelação em que os democratas-cristãos criticaram duramente o ministro Freitas do Amaral."Sinto saudades dos governos PSD e CDS e sinto saudades dos governos de António Guterres, que grandes ministros dos Negócios Estrangeiros!", afirmou Telmo Correia, num elogio ao socialista Jaime Gama, que ocupou essa pasta entre 1995 e 2001, e hoje preside à Assembleia da República.Já perto do final da interpelação, suscitada pelo CDS para confrontar o Governo com a posição assumida na polémica sobre as caricaturas de Maomé, Telmo Correia considerou que Freitas do Amaral "não explicou porque é que no seu pequeno e sucinto comunicado [de 7 de Fevereiro] não condenou a violência" contra representações diplomáticas europeias.Aliás, o ex-líder parlamentar do CDS criticou a posição assumida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros no debate, sublinhando que Freitas do Amaral considerou "compreensível" a violência gerada pela publicação das caricaturas.Na conclusão do debate, Telmo Correia acusou o ministro de "falar grosso com a Inglaterra e com os Estados Unidos e falar fininho com o terrorismo e radicalismo".Recusando que a interpelação tenha sido um ataque pessoal a Freitas do Amaral, o CDS rejeitou também pedir a sua demissão, ao contrário do PSD, que sugeriu uma remodelação."Não vamos pedir a cessação deste tormento, não o vamos fazer porque respeitamos os tempos do primeiro-ministro. Não é necessário, o tempo o resolverá com naturalidade", rematou Telmo Correia.Fonte: LUSA

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