Marques Mendes sobre apoio de Costa a Luís Filipe Vieira: “Foi um misto de arrogância e de impunidade” – O Jornal Económico

19-12-2020
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O comentador político Luís Marques Mendes criticou este domingo António Costa integrar a comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica, considerando que o primeiro-ministro se irá “arrepender”.

“Se António Costa não fosse primeiro-ministro apoiasse Luís Filipe Vieira não havia nenhuma crítica e nenhuma censura. É cidadão, não tinha nenhum cargo, não exercia nenhuma função”, disse este domingo no habitual espaço de comentário na Sic, acrescentando que “o problema é ter um cargo, porque nestas matérias a pessoa confunde-se com o cargo. A pessoa confunde-se com a função”.

Marques Mendes realçou que “alguém que é deputado, presidente da câmara, ministro, mas sobretudo primeiro-ministro não pode fazer uma coisa destas”.

“É um erro de palmatória, porque justa ou injustamente dá para as pessoas a ideia da promiscuidade entre política e futebol. Acho que cometeu um erro, acho que se vai arrepender, mais rápido do que se imagina”, disse, vincando que “foi um misto de arrogância e de impunidade”.

O comentador político defendeu ainda que a candidatura às presidenciais de Ana Gomes “irrita António Costa” porque “a relação política de Ana Gomes e António Costa há muito tempo que é má”, mas também porque “os maiores apoiantes de Ana Gomes são aqueles que dentro do PS não gostam de António Costa, ou são adversários de António Costa”.

“Acho que o PS vai dar liberdade de voto. Fazer agora o que Cavaco fez há 30 anos”, adiantou, considerando que “Ana Gomes é uma pessoa com coragem e é uma pessoa com convicções”. Para o advogado “à esquerda vai haver uma grande força para concentrar votos em Ana Gomes, para ela ficar à frente de André Ventura”, pelo que a corrida às presidenciais acabam por se traduzir em três eleições dentro de uma eleição: uma eleição para o Presidente da República, uma eleição para saber quem fica em segundo lugar e uma terceira para saber quem lidera a esquerda.

Relatório da auditoria ao Novo Banco não revela os nomes dos grandes devedores

Luís Marques Mendes criticou ainda o facto de o relatório da auditoria ao Novo Banco ter sido publicado sem a lista dos grandes devedores, defendendo que “isto tem que ser divulgado”.

“Quem são os devedores? Quem são os incumpridores? Na linguagem popular: quem são os caloteiros que geraram milhões e milhões de prejuízos, que abriram buracos brutais?”, questionou. “Foi tudo rasurado, tudo escondido. Não tem nada a ver com a auditoria, com a Deloitte, não é culpa dela. Digo o seguinte, que já dizia na Caixa Geral de Depósitos: sempre que há bancos, ou públicos ou financiados por dinheiro público, os portugueses têm o direito a saber quem causou os buracos”, realçou.

Considerando que o “sigilo bancário neste caso é beneficiar o infrator, o caloteiro, o devedor”, exemplificou que “quando há incumpridores ao fisco, o Estado publica a lista, os nomes em concreto das pessoas e das empresas”.

“Eu pergunto: porque é que não se faz a mesma coisa no Novo Banco? Isto é irritante, indigna as pessoas, é disto que se alimentam os populistas”, disse.

O comentador político Luís Marques Mendes criticou este domingo António Costa integrar a comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica, considerando que o primeiro-ministro se irá “arrepender”.

“Se António Costa não fosse primeiro-ministro apoiasse Luís Filipe Vieira não havia nenhuma crítica e nenhuma censura. É cidadão, não tinha nenhum cargo, não exercia nenhuma função”, disse este domingo no habitual espaço de comentário na Sic, acrescentando que “o problema é ter um cargo, porque nestas matérias a pessoa confunde-se com o cargo. A pessoa confunde-se com a função”.

Marques Mendes realçou que “alguém que é deputado, presidente da câmara, ministro, mas sobretudo primeiro-ministro não pode fazer uma coisa destas”.

“É um erro de palmatória, porque justa ou injustamente dá para as pessoas a ideia da promiscuidade entre política e futebol. Acho que cometeu um erro, acho que se vai arrepender, mais rápido do que se imagina”, disse, vincando que “foi um misto de arrogância e de impunidade”.

O comentador político defendeu ainda que a candidatura às presidenciais de Ana Gomes “irrita António Costa” porque “a relação política de Ana Gomes e António Costa há muito tempo que é má”, mas também porque “os maiores apoiantes de Ana Gomes são aqueles que dentro do PS não gostam de António Costa, ou são adversários de António Costa”.

“Acho que o PS vai dar liberdade de voto. Fazer agora o que Cavaco fez há 30 anos”, adiantou, considerando que “Ana Gomes é uma pessoa com coragem e é uma pessoa com convicções”. Para o advogado “à esquerda vai haver uma grande força para concentrar votos em Ana Gomes, para ela ficar à frente de André Ventura”, pelo que a corrida às presidenciais acabam por se traduzir em três eleições dentro de uma eleição: uma eleição para o Presidente da República, uma eleição para saber quem fica em segundo lugar e uma terceira para saber quem lidera a esquerda.

Relatório da auditoria ao Novo Banco não revela os nomes dos grandes devedores

Luís Marques Mendes criticou ainda o facto de o relatório da auditoria ao Novo Banco ter sido publicado sem a lista dos grandes devedores, defendendo que “isto tem que ser divulgado”.

“Quem são os devedores? Quem são os incumpridores? Na linguagem popular: quem são os caloteiros que geraram milhões e milhões de prejuízos, que abriram buracos brutais?”, questionou. “Foi tudo rasurado, tudo escondido. Não tem nada a ver com a auditoria, com a Deloitte, não é culpa dela. Digo o seguinte, que já dizia na Caixa Geral de Depósitos: sempre que há bancos, ou públicos ou financiados por dinheiro público, os portugueses têm o direito a saber quem causou os buracos”, realçou.

Considerando que o “sigilo bancário neste caso é beneficiar o infrator, o caloteiro, o devedor”, exemplificou que “quando há incumpridores ao fisco, o Estado publica a lista, os nomes em concreto das pessoas e das empresas”.

“Eu pergunto: porque é que não se faz a mesma coisa no Novo Banco? Isto é irritante, indigna as pessoas, é disto que se alimentam os populistas”, disse.

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