RCA. Ministra agradece atuação "com coração" de militares portugueses

19-12-2020
marcar artigo

A ministra da Defesa da República Centro Africana (RCA) afirmou este sábado que o seu povo está “agradecido” aos militares portugueses integrados nas missões das Nações Unidas e União Europeia, dizendo que atuam no seu país “com coração”.

As palavras de Marie-Noelle Koyara foram ouvidas pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, durante uma visita ao destacamento militar português presente na RCA.

show more

Portugal tem atualmente na RCA 243 militares, dos quais 188 integram a Missão Multidimensional das Nações Unidas para a Estabilização (MINUSCA) e 55 participam na missão de treino da União Europeia (EUTM), liderada por Portugal, pelo brigadeiro general Neves de Abreu, até setembro de 2021.

“Em nome do governo e do povo centro-africano, quero agradecer a Portugal. Os portugueses estão aqui a trabalhar bem, com coração, mostrando amor. Quando se percorre este país, o nosso povo agradece aos portugueses, porque eles sabem que os portugueses trabalham em defesa da nossa segurança e têm coração”, declarou em português a ministra da Defesa da RCA, que viveu alguns anos em Cabo Verde, após uma breve reunião com João Gomes Cravinho e com as cúpulas militares nacionais nas missões da MINUSCA e da EUTM.

Antes, em declarações aos jornalistas, o ministro da Defesa Nacional salientou que a missão das Forças Armadas na RCA é uma das maiores em termos de envolvimento externo, mas é também “uma das mais complexas”.

“Mas as Forças Armadas têm demonstrado enorme brio. Seja do lado das autoridades da República Centro Africana, seja do lado do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas [António Guterres], ou, ainda, da parte da embaixadora da União Europeia, todos têm demonstrado um grande agradecimento em relação à forma notável como as Forças Armadas portuguesas têm correspondido em relação a desafios complexos”, afirmou João Gomes Cravinho.

Interrogado sobre se não teme um agravamento da instabilidade logo após as eleições presidenciais e legislativas na República Centro Africana, previstas para o próximo dia 27, João Gomes Cravinho assumiu que “momentos eleitorais são sempre momentos de tensão e de dificuldades no plano político”.

“O que é fundamental é que essas tensões são saiam e, naturalmente, este é um momento de alguma vulnerabilidade. Sabemos que a República Centro Africana é um país que vem de um processo de grande fragilização e que neste último par de anos tem vindo a recuperar a sua capacidade em termos de extensão da autoridade do Estado no território”, disse.

De acordo com o ministro da Defesa, apesar de esta época pré-eleitoral na RCA ser “um momento de grande vulnerabilidade” nos planos político e da segurança, “constitui, igualmente, um momento de grande determinação”.

“No presente, estamos a ver a missão das Nações Unidas a procurar assegurar que em todo o território haja segurança e estabilidade para que os centro-africanos exercem o seu direito de voto. Por outro lado, vemos também a força de reação rápida portuguesa em ação, tendo em vista que se atinja esse objetivo”, apontou.

“O trabalho aqui feito pelas Forças Armadas, particularmente pela força de reação rápida, é único e excecional, dando um contributo da maior importância para este processo de transição para um país estável e seguro”, acrescentou João Gomes Cravinho.

A MINUSCA tem como principal objetivo a proteção da população civil, em apoio ao processo de paz neste país, enquanto a EUTM está dedicada à formação e treino das forças centro-africanas.

A RCA, que terá eleições presidenciais e legislativas no próximo dia 27, vive desde dezembro de 2012 em clima de guerra civil, que foi desencadeada pela revolta armada de grupos de maioria muçulmana (Séléka) e pela reação, também armada, de milícias maioritariamente cristãs (Anti-Balaka).

Antes de partir de Bangui, durante um lanche de Natal com várias dezenas de militares portugueses das missões da MINUSCA e da EUTM, o ministro da Defesa ofereceu simbolicamente relógios a três deles, mas com a garantia de que todos vão receber. Relógios que têm a inscrição “Portugal sempre”.

“Penso que nem era preciso ter essa inscrição nos relógios. Todos vós sentem Portugal”, comentou o membro do Governo, antes de partir para uma também breve visita aos militares portugueses presentes em São Tomé e Príncipe.

A ministra da Defesa da República Centro Africana (RCA) afirmou este sábado que o seu povo está “agradecido” aos militares portugueses integrados nas missões das Nações Unidas e União Europeia, dizendo que atuam no seu país “com coração”.

As palavras de Marie-Noelle Koyara foram ouvidas pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, durante uma visita ao destacamento militar português presente na RCA.

show more

Portugal tem atualmente na RCA 243 militares, dos quais 188 integram a Missão Multidimensional das Nações Unidas para a Estabilização (MINUSCA) e 55 participam na missão de treino da União Europeia (EUTM), liderada por Portugal, pelo brigadeiro general Neves de Abreu, até setembro de 2021.

“Em nome do governo e do povo centro-africano, quero agradecer a Portugal. Os portugueses estão aqui a trabalhar bem, com coração, mostrando amor. Quando se percorre este país, o nosso povo agradece aos portugueses, porque eles sabem que os portugueses trabalham em defesa da nossa segurança e têm coração”, declarou em português a ministra da Defesa da RCA, que viveu alguns anos em Cabo Verde, após uma breve reunião com João Gomes Cravinho e com as cúpulas militares nacionais nas missões da MINUSCA e da EUTM.

Antes, em declarações aos jornalistas, o ministro da Defesa Nacional salientou que a missão das Forças Armadas na RCA é uma das maiores em termos de envolvimento externo, mas é também “uma das mais complexas”.

“Mas as Forças Armadas têm demonstrado enorme brio. Seja do lado das autoridades da República Centro Africana, seja do lado do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas [António Guterres], ou, ainda, da parte da embaixadora da União Europeia, todos têm demonstrado um grande agradecimento em relação à forma notável como as Forças Armadas portuguesas têm correspondido em relação a desafios complexos”, afirmou João Gomes Cravinho.

Interrogado sobre se não teme um agravamento da instabilidade logo após as eleições presidenciais e legislativas na República Centro Africana, previstas para o próximo dia 27, João Gomes Cravinho assumiu que “momentos eleitorais são sempre momentos de tensão e de dificuldades no plano político”.

“O que é fundamental é que essas tensões são saiam e, naturalmente, este é um momento de alguma vulnerabilidade. Sabemos que a República Centro Africana é um país que vem de um processo de grande fragilização e que neste último par de anos tem vindo a recuperar a sua capacidade em termos de extensão da autoridade do Estado no território”, disse.

De acordo com o ministro da Defesa, apesar de esta época pré-eleitoral na RCA ser “um momento de grande vulnerabilidade” nos planos político e da segurança, “constitui, igualmente, um momento de grande determinação”.

“No presente, estamos a ver a missão das Nações Unidas a procurar assegurar que em todo o território haja segurança e estabilidade para que os centro-africanos exercem o seu direito de voto. Por outro lado, vemos também a força de reação rápida portuguesa em ação, tendo em vista que se atinja esse objetivo”, apontou.

“O trabalho aqui feito pelas Forças Armadas, particularmente pela força de reação rápida, é único e excecional, dando um contributo da maior importância para este processo de transição para um país estável e seguro”, acrescentou João Gomes Cravinho.

A MINUSCA tem como principal objetivo a proteção da população civil, em apoio ao processo de paz neste país, enquanto a EUTM está dedicada à formação e treino das forças centro-africanas.

A RCA, que terá eleições presidenciais e legislativas no próximo dia 27, vive desde dezembro de 2012 em clima de guerra civil, que foi desencadeada pela revolta armada de grupos de maioria muçulmana (Séléka) e pela reação, também armada, de milícias maioritariamente cristãs (Anti-Balaka).

Antes de partir de Bangui, durante um lanche de Natal com várias dezenas de militares portugueses das missões da MINUSCA e da EUTM, o ministro da Defesa ofereceu simbolicamente relógios a três deles, mas com a garantia de que todos vão receber. Relógios que têm a inscrição “Portugal sempre”.

“Penso que nem era preciso ter essa inscrição nos relógios. Todos vós sentem Portugal”, comentou o membro do Governo, antes de partir para uma também breve visita aos militares portugueses presentes em São Tomé e Príncipe.

marcar artigo