BE e Chega criticam eventual apoio do PCP ao fim dos debates quinzenais

09-07-2020
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O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, congratulou-se esta terça-feira com a alteração à lei eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores – que prevê o voto antecipado em mobilidade –, considerando que contraria o "mau exemplo" que o Parlamento dá ao país ao discutir o fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro. E critica ainda o eventual apoio dos comunistas às propostas do PS e do PSD.

"Bem podia esta Assembleia da República por os olhos na Assembleia legislativa regional porque enquanto nos Açores se discute e propõe uma alteração à lei que aproxima as pessoas da democracia, aqui estão em curso debates e propostas que visam exatamente o contrário", afirmou Pedro Filipe Soares no plenário.

De acordo com o líder da bancada do Bloco, o PS e o PSD provavelmente com "uma ajudinha do PCP e do PEV" irão aprovar a redução dos debates com o primeiro-ministro, afastando "pontos de interesse" do debate parlamentar para o cidadão comum, assumindo que o "debate democrático em vez de uma virtude é um problema."

"Isso é algo que como democrata eu não consigo compreende e diminuir também o confronto das ideias a uma espécie de democracia amestrada, domesticada porque aparentememte o confronto de ideias é negativo para o país", insiste.

Em resposta, o deputado do PCP António Filipe considerou a intervenção do líder parlamentar do Bloco "insólita", alegando que levou ao debate uma questão que não tem "rigorosamente nada a ver" com o ponto em discussão.

Ventura acusa PCP de “atrás da cortina dar a mão ao PS”

Também o deputado do Chega, André Ventura criticou o eventual apoio do PCP à proposta de redução dos debates quinzenais com o primeiro-ministro. "De facto exigir democracia nos Açores e pedir menos democracia no plenário da AR é um pouco contrasensual e a forma como respondeu ao deputado Pedro Filipe Soares não nos tranquilizou nada", disse o líder do Chega.

Apesar de a discussão desta matéria estar na agenda do Parlamento, Ventura acusou o partido comunista de "atrás da cortina dar a mão ao PS", antecipando outra posição no mesmo sentido. "Isso mostra bem o que é pedir uma coisa para os Açores e fazer aqui outra, como seerá o fim dos debates quinzenais provavelmente com o apoio do PCP aqui na Assembleia da República", atirou.

Há uma semana, o líder do PSD defendeu o fim dos debates quinzenais com o chefe do Governo, propondo em alternativa a presença do primeiro-ministro no Parlamento oito vezes por ano para prestar esclarecimentos aos deputados. O PS manifestou-se de imediato alinhado com a ideia, apresentando uma proposta na mesma linha.

Os socialistas propõem que o primeiro-ministro se desloque ao Parlamento uma vez por mês, incluindo no debate do Estado da Nação e debates sobre o processo de construção europeia.

O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, congratulou-se esta terça-feira com a alteração à lei eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores – que prevê o voto antecipado em mobilidade –, considerando que contraria o "mau exemplo" que o Parlamento dá ao país ao discutir o fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro. E critica ainda o eventual apoio dos comunistas às propostas do PS e do PSD.

"Bem podia esta Assembleia da República por os olhos na Assembleia legislativa regional porque enquanto nos Açores se discute e propõe uma alteração à lei que aproxima as pessoas da democracia, aqui estão em curso debates e propostas que visam exatamente o contrário", afirmou Pedro Filipe Soares no plenário.

De acordo com o líder da bancada do Bloco, o PS e o PSD provavelmente com "uma ajudinha do PCP e do PEV" irão aprovar a redução dos debates com o primeiro-ministro, afastando "pontos de interesse" do debate parlamentar para o cidadão comum, assumindo que o "debate democrático em vez de uma virtude é um problema."

"Isso é algo que como democrata eu não consigo compreende e diminuir também o confronto das ideias a uma espécie de democracia amestrada, domesticada porque aparentememte o confronto de ideias é negativo para o país", insiste.

Em resposta, o deputado do PCP António Filipe considerou a intervenção do líder parlamentar do Bloco "insólita", alegando que levou ao debate uma questão que não tem "rigorosamente nada a ver" com o ponto em discussão.

Ventura acusa PCP de “atrás da cortina dar a mão ao PS”

Também o deputado do Chega, André Ventura criticou o eventual apoio do PCP à proposta de redução dos debates quinzenais com o primeiro-ministro. "De facto exigir democracia nos Açores e pedir menos democracia no plenário da AR é um pouco contrasensual e a forma como respondeu ao deputado Pedro Filipe Soares não nos tranquilizou nada", disse o líder do Chega.

Apesar de a discussão desta matéria estar na agenda do Parlamento, Ventura acusou o partido comunista de "atrás da cortina dar a mão ao PS", antecipando outra posição no mesmo sentido. "Isso mostra bem o que é pedir uma coisa para os Açores e fazer aqui outra, como seerá o fim dos debates quinzenais provavelmente com o apoio do PCP aqui na Assembleia da República", atirou.

Há uma semana, o líder do PSD defendeu o fim dos debates quinzenais com o chefe do Governo, propondo em alternativa a presença do primeiro-ministro no Parlamento oito vezes por ano para prestar esclarecimentos aos deputados. O PS manifestou-se de imediato alinhado com a ideia, apresentando uma proposta na mesma linha.

Os socialistas propõem que o primeiro-ministro se desloque ao Parlamento uma vez por mês, incluindo no debate do Estado da Nação e debates sobre o processo de construção europeia.

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