Novo Banco: Auditoria está a chegar, mas Rio quer Ministério Público a investigar

21-09-2020
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A auditoria ao Novo Banco, que faz uma radiografia ao que aconteceu na gestão e venda dos principais créditos problemáticos (muitos herdados do Banco Espírito Santo), terá de ser entregue até ao final deste mês, garantiu António Costa. Só que a chegada desse documento à Assembleia da República não é suficiente para Rui Rio, que sugeriu ao Ministério Público investigar as vendas de ativos da instituição financeira detida pelos americanos da Lone Star e que continua a custar dinheiro aos contribuintes.

Segundo afirmou o primeiro-ministro no debate do Estado da Nação, que decorreu esta sexta-feira 24 de julho, a Deloitte, que está responsável por elaborar esse documento, pediu novamente para adiar a data de entrega da auditoria. Este trabalho, que custou 3 milhões de euros ao banco, deveria ter sido concluído em maio, mas, com a pandemia como justificação, acabou empurrada para julho. A auditora queria mais tempo, mas o ministro das Finanças, João Leão, recusou.

Esta auditoria está a ser elaborada há um ano, e debruça-se sobre 200 créditos e imóveis e outros ativos do Novo Banco, sendo realizada por conta da injeção de dinheiros públicos feita em 2019. A auditoria olha para os atos de gestão praticados no Novo Banco, mas também no BES.

Auditoria chegará à AR

Uma lei aprovada no ano passado obriga a que, sempre que entram dinheiros públicos num banco, seja realizada uma auditoria para perceber as razões. Aliás, é por isso que, por terem sido emprestados 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução para pôr 1.035 milhões de euros no banco, já em maio de 2020, a Deloitte está já responsável por fazer uma nova auditoria.

Segundo a lei, essa documentação terá de chegar à Assembleia da República, mas os termos em que poderá haver divulgação pública do que consta da auditoria ainda são incertos.

Rio ao ataque

A perspetiva de uma auditoria prestes a chegar não impede Rui Rio de querer uma maior vigilância sobre a instituição financeira comandada por António Ramalho. O líder do PSD declarou que o Novo Banco deve ser dos poucos proprietários que perdeu dinheiro no venda de imóveis nos últimos anos de explosão do imobiliário.

O Público noticiou recentemente que a venda de uma carteira de imóveis, que causou perdas de 328 milhões de euros, tinha como comprador o fundo Cerberus, entidade dona de um banco que o “chairman” do Novo Banco (Byron Haynes) tinha liderado.

Rui Rio questiona a ética de uma operação deste género, duvida da eficácia de uma operação em que são agrupados centenas de imóveis (o banco justifica com os prazos apertados dos supervisores para reduzir o peso dos ativos tóxicos no seu balanço) e deixa ainda uma sugestão ao Ministério Público:

“Tudo isto que temos visto e ouvido é já suficiente para que o Ministério Público se possa debruçar sobre a forma como este contrato de venda do Novo Banco à Lone Star tem vindo a ser executado”, defendeu.

A atenção mediática ao Novo Banco tem tudo para continuar. O banco já pediu quase 3 mil milhões ao Fundo de Resolução para cobrir perdas nos ativos considerados tóxicos. À luz do acordo de venda à Lone Star, feito em 2017, ainda poderá pedir mais cerca de 900 milhões de euros. A ideia do banco é que a limpeza fique concluída já este ano, e que possa haver uma reviravolta já no próximo ano, como tem dito António Ramalho e como referiu Byron Haynes em entrevista ao Jornal Económico esta sexta-feira.

A auditoria ao Novo Banco, que faz uma radiografia ao que aconteceu na gestão e venda dos principais créditos problemáticos (muitos herdados do Banco Espírito Santo), terá de ser entregue até ao final deste mês, garantiu António Costa. Só que a chegada desse documento à Assembleia da República não é suficiente para Rui Rio, que sugeriu ao Ministério Público investigar as vendas de ativos da instituição financeira detida pelos americanos da Lone Star e que continua a custar dinheiro aos contribuintes.

Segundo afirmou o primeiro-ministro no debate do Estado da Nação, que decorreu esta sexta-feira 24 de julho, a Deloitte, que está responsável por elaborar esse documento, pediu novamente para adiar a data de entrega da auditoria. Este trabalho, que custou 3 milhões de euros ao banco, deveria ter sido concluído em maio, mas, com a pandemia como justificação, acabou empurrada para julho. A auditora queria mais tempo, mas o ministro das Finanças, João Leão, recusou.

Esta auditoria está a ser elaborada há um ano, e debruça-se sobre 200 créditos e imóveis e outros ativos do Novo Banco, sendo realizada por conta da injeção de dinheiros públicos feita em 2019. A auditoria olha para os atos de gestão praticados no Novo Banco, mas também no BES.

Auditoria chegará à AR

Uma lei aprovada no ano passado obriga a que, sempre que entram dinheiros públicos num banco, seja realizada uma auditoria para perceber as razões. Aliás, é por isso que, por terem sido emprestados 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução para pôr 1.035 milhões de euros no banco, já em maio de 2020, a Deloitte está já responsável por fazer uma nova auditoria.

Segundo a lei, essa documentação terá de chegar à Assembleia da República, mas os termos em que poderá haver divulgação pública do que consta da auditoria ainda são incertos.

Rio ao ataque

A perspetiva de uma auditoria prestes a chegar não impede Rui Rio de querer uma maior vigilância sobre a instituição financeira comandada por António Ramalho. O líder do PSD declarou que o Novo Banco deve ser dos poucos proprietários que perdeu dinheiro no venda de imóveis nos últimos anos de explosão do imobiliário.

O Público noticiou recentemente que a venda de uma carteira de imóveis, que causou perdas de 328 milhões de euros, tinha como comprador o fundo Cerberus, entidade dona de um banco que o “chairman” do Novo Banco (Byron Haynes) tinha liderado.

Rui Rio questiona a ética de uma operação deste género, duvida da eficácia de uma operação em que são agrupados centenas de imóveis (o banco justifica com os prazos apertados dos supervisores para reduzir o peso dos ativos tóxicos no seu balanço) e deixa ainda uma sugestão ao Ministério Público:

“Tudo isto que temos visto e ouvido é já suficiente para que o Ministério Público se possa debruçar sobre a forma como este contrato de venda do Novo Banco à Lone Star tem vindo a ser executado”, defendeu.

A atenção mediática ao Novo Banco tem tudo para continuar. O banco já pediu quase 3 mil milhões ao Fundo de Resolução para cobrir perdas nos ativos considerados tóxicos. À luz do acordo de venda à Lone Star, feito em 2017, ainda poderá pedir mais cerca de 900 milhões de euros. A ideia do banco é que a limpeza fique concluída já este ano, e que possa haver uma reviravolta já no próximo ano, como tem dito António Ramalho e como referiu Byron Haynes em entrevista ao Jornal Económico esta sexta-feira.

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