Covid-19. Unbabel anuncia reestruturação e despede um terço dos trabalhadores

19-06-2020
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A Unbabel vai avançar com uma reestruturação que vai afetar 35% dos mais de 250 trabalhadores que a scaleup tem em Portugal e nos Estados Unidos. A notícia foi avançada pelo jornal online “Eco” e confirmada ao Expresso pela scaleup (empresa que até agora registava um crescimento acelerado).

“Anunciamos hoje [terça-feira] internamente uma reestruturação da empresa. Esta medida vai afetar 35% dos nossos colaboradores”, afirma o presidente executivo Vasco Pedro, em declarações enviadas ao Expresso. “Enquanto empresa tecnológica que opera no mercado global, com clientes em indústrias variadas, algumas das quais afetadas pela situação económica resultante da pandemia do Covid-19, tivemos que tomar esta decisão, indesejável mas infelizmente necessária, para garantir a continuidade e a sustentabilidade da empresa.”

A reestruturação da empresa que alia inteligência artificial com pós-edição humana à tradução automática, para oferecer um serviço de apoio ao cliente multilingue, surge na sequência da crise provocada pela pandemia de coronavírus, que provoca a doença conhecida como Covid-19. “Com uma mudança tão drástica na economia global tivemos de nos agilizar com uma reestruturação interna que nos permitisse fazer face à conjuntura atual e futura”, esclarece Vasco Pedro. A quebra de receitas de clientes na área do turismo e eventos explica esta decisão.

Segundo disse em fevereiro ao “Dinheiro Vivo” o líder da Unbabel, nessa altura a empresa contava com 265 trabalhadores – pelo que, agora, mais de 90 irão sair da empresa.

As pessoas afetadas pelos despedimentos da empresa – que tem como clientes a TAP, a easyJet, a Booking ou a EDP – vão usufruir de um pacote de benefícios. De acordo com Vasco Pedro, estes incluem uma indemnização “acima da média”, a extensão do seguro de saúde até ao final do ano e oferta de computadores portáteis para que cada pessoa “possa continuar a ter acesso a uma ferramenta de trabalho”.

Além disso, a equipa de recursos humanos da Unbabel está disponível para ajudar a recolocar os trabalhadores em novas oportunidades de trabalho e dar apoio aos trabalhadores expatriados “em quaisquer questões de imigração e expatriação aos países de origem, conforme aplicável”.

O Expresso questionou a empresa sobre a distribuição geográfica dos despedimentos e a sustentabilidade futura de alguns mercados e escritórios, mas a Unbabel não quer, nesta fase, prestar esclarecimentos adicionais.

Na declaração enviada, o líder da Unbabel diz apenas que a empresa “vai continuar a servir o mercado global, mais digitalizado e globalizado depois desta crise, e a investir no desenvolvimento de produtos que, através de inteligência artificial aliada a uma rede global de tradutores, permitam às empresas comunicar com os seus clientes nas suas línguas nativas, com uma tradução escalável em qualquer canal digital”.

Fundada em 2013, a scaleup (empresa em crescimento acelerado, que já não é considerada uma startup) já angariou um total de 91 milhões de dólares em investimento – depois de, em março do ano passado, ter captado 60 milhões de dólares numa ronda de investimento série C. Com escritórios em Lisboa, São Francisco (sede), Nova Iorque e Pittsburgh, a Unbabel – que traduzia até agora mais de um milhão de mensagens de apoio ao cliente por mês – estava a apostar na expansão nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia.

Recorde-se que esta terça-feira um grupo de empreendedores portugueses do movimento tech4COVID19 pediu ao Governo apoios concretos para mitigar o impacto negativo da Covid-19 nas startups e scaleups portuguesas. Espera-se que o Executivo de António Costa apresente medidas esta semana.

A Unbabel vai avançar com uma reestruturação que vai afetar 35% dos mais de 250 trabalhadores que a scaleup tem em Portugal e nos Estados Unidos. A notícia foi avançada pelo jornal online “Eco” e confirmada ao Expresso pela scaleup (empresa que até agora registava um crescimento acelerado).

“Anunciamos hoje [terça-feira] internamente uma reestruturação da empresa. Esta medida vai afetar 35% dos nossos colaboradores”, afirma o presidente executivo Vasco Pedro, em declarações enviadas ao Expresso. “Enquanto empresa tecnológica que opera no mercado global, com clientes em indústrias variadas, algumas das quais afetadas pela situação económica resultante da pandemia do Covid-19, tivemos que tomar esta decisão, indesejável mas infelizmente necessária, para garantir a continuidade e a sustentabilidade da empresa.”

A reestruturação da empresa que alia inteligência artificial com pós-edição humana à tradução automática, para oferecer um serviço de apoio ao cliente multilingue, surge na sequência da crise provocada pela pandemia de coronavírus, que provoca a doença conhecida como Covid-19. “Com uma mudança tão drástica na economia global tivemos de nos agilizar com uma reestruturação interna que nos permitisse fazer face à conjuntura atual e futura”, esclarece Vasco Pedro. A quebra de receitas de clientes na área do turismo e eventos explica esta decisão.

Segundo disse em fevereiro ao “Dinheiro Vivo” o líder da Unbabel, nessa altura a empresa contava com 265 trabalhadores – pelo que, agora, mais de 90 irão sair da empresa.

As pessoas afetadas pelos despedimentos da empresa – que tem como clientes a TAP, a easyJet, a Booking ou a EDP – vão usufruir de um pacote de benefícios. De acordo com Vasco Pedro, estes incluem uma indemnização “acima da média”, a extensão do seguro de saúde até ao final do ano e oferta de computadores portáteis para que cada pessoa “possa continuar a ter acesso a uma ferramenta de trabalho”.

Além disso, a equipa de recursos humanos da Unbabel está disponível para ajudar a recolocar os trabalhadores em novas oportunidades de trabalho e dar apoio aos trabalhadores expatriados “em quaisquer questões de imigração e expatriação aos países de origem, conforme aplicável”.

O Expresso questionou a empresa sobre a distribuição geográfica dos despedimentos e a sustentabilidade futura de alguns mercados e escritórios, mas a Unbabel não quer, nesta fase, prestar esclarecimentos adicionais.

Na declaração enviada, o líder da Unbabel diz apenas que a empresa “vai continuar a servir o mercado global, mais digitalizado e globalizado depois desta crise, e a investir no desenvolvimento de produtos que, através de inteligência artificial aliada a uma rede global de tradutores, permitam às empresas comunicar com os seus clientes nas suas línguas nativas, com uma tradução escalável em qualquer canal digital”.

Fundada em 2013, a scaleup (empresa em crescimento acelerado, que já não é considerada uma startup) já angariou um total de 91 milhões de dólares em investimento – depois de, em março do ano passado, ter captado 60 milhões de dólares numa ronda de investimento série C. Com escritórios em Lisboa, São Francisco (sede), Nova Iorque e Pittsburgh, a Unbabel – que traduzia até agora mais de um milhão de mensagens de apoio ao cliente por mês – estava a apostar na expansão nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia.

Recorde-se que esta terça-feira um grupo de empreendedores portugueses do movimento tech4COVID19 pediu ao Governo apoios concretos para mitigar o impacto negativo da Covid-19 nas startups e scaleups portuguesas. Espera-se que o Executivo de António Costa apresente medidas esta semana.

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