Função pública. CTGP diz que proposta de aumentos é “vergonha”

02-01-2020
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Governo avançou com proposta de aumento de 0,3% para o próximo ano. Sindicatos voltam a estar reunidos esta sexta-feira com o Governo para uma reunião extraordinária.

As várias estruturas sindicais mostram-se descontentes com a proposta avançada pelo Governo que propõe um aumento salarial de 0,3% aos funcionários públicos. Um cenário que, ainda esta quinta-feira, foi criticado pela CTGP ao considerar a “proposta vergonhosa”, uma vez que, “mais de 600 mil trabalhadores durante dez anos não tiveram qualquer atualização salarial”, revelou Arménio Carlos.

O aumento de 0,3% foi confirmado na quinta-feira pelo secretário de Estado do Orçamento, João Leão, tendo em conta a taxa de inflação observada até novembro. Uma informação que veio desmentir os dados avançados pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) que à saída do encontro com o Governo, na quarta-feira, acenava com aumentos até 0,7%, consoante o valor salarial que também se mostrou descontente com esta solução. “A proposta que o secretário de Estado do Orçamento nos fez foi exatamente que iria aumentar os salários de todos os trabalhadores da administração pública no ano de 2020 utilizando a fórmula que vai ser usada para o aumento das pensões”, afirmou José Abraão.

De acordo com as contas de João Leão, o aumento no próximo ano será em linha com a inflação de novembro e, segundo as suas contas, a atualização terá um impacto orçamental entre 60 e 70 milhões de euros. Uma decisão que, segundo o líder da CGTP é “vergonhosa e inadmissível porque foram estes trabalhadores da função pública que em condições muito difíceis evitaram que os serviços públicos entrassem pura e simplesmente em declínio”, acrescentando que “é vergonhosa porque não se trata [assim] aqueles que são os profissionais que todos os dias dão o seu melhor”.

Para Arménio Carlos “o problema não é dinheiro, porque este ano Portugal vai ter um excedente orçamental”, advertindo que se há um saldo orçamental positivo “há dinheiro para atribuir quer para a melhoria dos serviços públicos, quer para a melhoria dos salários dos trabalhadores”.

Para o líder da CGTP não há dívidas: “O que não se admite é que o Governo que está a apresentar uma proposta de 0,3% seja o mesmo Governo que já está a preparar o desvio de mais umas centenas de milhões de euros para o Novo Banco, mais uma vez, para pagar a fraude e a má gestão do setor privado”, lembrando que “problema de fundo” tem a ver com os trabalhadores serem ressarcidos da fatura que tiveram que pagar com “a política de austeridade que lhes foi imposta”.

O Ministério das Finanças revela também que “para 2021, o Governo propõe que a atualização salarial seja igual à taxa de inflação de 2020 inscrita no OE 2020, de forma a proteger o poder de compra dos trabalhadores, no caso em que a taxa de inflação em 2020 se situe acima desta previsão, o aumento corresponderá à taxa efetivamente observada”.

Para esta sexta-feira, está marcada uma nova reunião suplementar, onde serão apresentadas propostas pelas estruturas sindicais. Este encontro já estava previsto caso fosse pedido pelos sindicatos.

Governo avançou com proposta de aumento de 0,3% para o próximo ano. Sindicatos voltam a estar reunidos esta sexta-feira com o Governo para uma reunião extraordinária.

As várias estruturas sindicais mostram-se descontentes com a proposta avançada pelo Governo que propõe um aumento salarial de 0,3% aos funcionários públicos. Um cenário que, ainda esta quinta-feira, foi criticado pela CTGP ao considerar a “proposta vergonhosa”, uma vez que, “mais de 600 mil trabalhadores durante dez anos não tiveram qualquer atualização salarial”, revelou Arménio Carlos.

O aumento de 0,3% foi confirmado na quinta-feira pelo secretário de Estado do Orçamento, João Leão, tendo em conta a taxa de inflação observada até novembro. Uma informação que veio desmentir os dados avançados pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) que à saída do encontro com o Governo, na quarta-feira, acenava com aumentos até 0,7%, consoante o valor salarial que também se mostrou descontente com esta solução. “A proposta que o secretário de Estado do Orçamento nos fez foi exatamente que iria aumentar os salários de todos os trabalhadores da administração pública no ano de 2020 utilizando a fórmula que vai ser usada para o aumento das pensões”, afirmou José Abraão.

De acordo com as contas de João Leão, o aumento no próximo ano será em linha com a inflação de novembro e, segundo as suas contas, a atualização terá um impacto orçamental entre 60 e 70 milhões de euros. Uma decisão que, segundo o líder da CGTP é “vergonhosa e inadmissível porque foram estes trabalhadores da função pública que em condições muito difíceis evitaram que os serviços públicos entrassem pura e simplesmente em declínio”, acrescentando que “é vergonhosa porque não se trata [assim] aqueles que são os profissionais que todos os dias dão o seu melhor”.

Para Arménio Carlos “o problema não é dinheiro, porque este ano Portugal vai ter um excedente orçamental”, advertindo que se há um saldo orçamental positivo “há dinheiro para atribuir quer para a melhoria dos serviços públicos, quer para a melhoria dos salários dos trabalhadores”.

Para o líder da CGTP não há dívidas: “O que não se admite é que o Governo que está a apresentar uma proposta de 0,3% seja o mesmo Governo que já está a preparar o desvio de mais umas centenas de milhões de euros para o Novo Banco, mais uma vez, para pagar a fraude e a má gestão do setor privado”, lembrando que “problema de fundo” tem a ver com os trabalhadores serem ressarcidos da fatura que tiveram que pagar com “a política de austeridade que lhes foi imposta”.

O Ministério das Finanças revela também que “para 2021, o Governo propõe que a atualização salarial seja igual à taxa de inflação de 2020 inscrita no OE 2020, de forma a proteger o poder de compra dos trabalhadores, no caso em que a taxa de inflação em 2020 se situe acima desta previsão, o aumento corresponderá à taxa efetivamente observada”.

Para esta sexta-feira, está marcada uma nova reunião suplementar, onde serão apresentadas propostas pelas estruturas sindicais. Este encontro já estava previsto caso fosse pedido pelos sindicatos.

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