“Demissão era expectável, mas surpreendeu no timing”, diz presidente da CCP sobre saída de Centeno – O Jornal Económico

09-06-2020
marcar artigo

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considera que a saída de Mário Centeno do Governo “era expectável”, mas salienta que a demissão do cargo de ministro das Finanças acabou por surpreender no timing na medida em que esperava o que Centeno defendesse o Orçamento Suplementar na Assembleia da República, cujo debate está marcado para 17 de junho,

“A demissão era expectável. Surpreendeu um pouco o timing na medida em que esperava o ministro das Finanças defendesse o Orçamento Suplementar na Assembleia da República”, afirmou ao Jornal Económico João Vieira Lopes.

Quanto à substituição de Centeno pelo seu secretário de Estado do Orçamento, João Leão, o presidente da CCP diz que “trata-se no fundo de uma substituição por alguém que segue a mesma linha de pensamento ao que se sabe já que como parceiro social não temos tido uma relação com o secretário de Estado do Orçamento”.

João Vieira Lopes sinaliza, no entanto, que “a grande incógnita é se o futuro ministro das Finanças terá, ou não, mais sensibilidade aos aspetos de funcionamento da economia e ao papel das empresas já que esteve vários anos como diretor do gabinete de estudos do Ministério da Economia [entre 2010 e 2014]”.

Sobre a saída de Mário Centeno do Governo após o pedido de demissão do cargo de ministro das Finanças, anunciada no dia em que está aprovado o Orçamento Suplementar que já não contará com Centeno na sua defesa no Parlamento, o presidente da CCP deixa ainda um elogio: “teve o mérito de controlar as contas públicas”. Mas acaba também por realçar que “a CCP sempre foi muito crítica em relação à opção de deixar cair o investimento púbico para atingir os objetivos do défice, o que não foi positivo para atingir a sustentabilidade da economia”.

Mário Centeno deixa o Governo, deixando como marca o primeiro excedente orçamental em 47 anos, tendo o seu pedido de demissão sido anunciado nesta terça-feira, 9 de junho,

“O Presidente da República recebeu do Primeiro-Ministro as propostas de exoneração, a seu pedido, do Ministro de Estado e das Finanças, Professor Doutor Mário Centeno, e de nomeação, em sua substituição, do Professor Doutor João Leão”, pode-se ler no documento da Presidência da República. “O Presidente da República aceitou as propostas, realizando-se a cerimónia da posse no dia 15 de junho, às 10 horas”.

Tomando posse nesta data, João Leão, ao deixar de ser o secretário de Estado do Orçamento para ser o Ministro de Estado e das Finanças, vai defender a proposta de Orçamento Suplementar do Governo na Assembleia da República a 17 de junho.

Esta era uma saída esperada há muito tempo. O ministro das Finanças tem sido apontado para governador do Banco de Portugal, restando saber se, e quando, poderá assumir o cargo. O atual governador, Carlos Costa, está de saída, pois o seu mandato termina em julho.

A saída do até agora ministro das Finanças, e ministro do Eurogrupo, foi anunciada no dia em que o Governo discute o orçamento suplementar ao Orçamento do Estado para 2020 devido à crise económica provocada pela pandemia da Covid-19.

Recorde-se que Mário Centeno anuncia em Bruxelas na quinta-feira se se recandidata ou não à liderança do Eurogrupo, o grupo que junta os ministros das Finanças da zona euro, indo agora anunciar a sua saída.

Outras fontes sinalizam ainda que a discussão do Orçamento Suplementar que estava marcada para 19 de junho, dia em que o primeiro-ministro não podia estar presente, acabou por ser antecipada para 17 de junho para António Costa poder estar presente no plenário.

Segundo fonte próxima ao processo, “não é habitual um primeiro-ministro estar presente na discussão de um Orçamento Retificativo ou Suplementar e António Costa fez agora questão de estar presente no debate do Orçamento Suplementar”. Este era já um sinal que estava uma remodelação governamental em marcha.

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considera que a saída de Mário Centeno do Governo “era expectável”, mas salienta que a demissão do cargo de ministro das Finanças acabou por surpreender no timing na medida em que esperava o que Centeno defendesse o Orçamento Suplementar na Assembleia da República, cujo debate está marcado para 17 de junho,

“A demissão era expectável. Surpreendeu um pouco o timing na medida em que esperava o ministro das Finanças defendesse o Orçamento Suplementar na Assembleia da República”, afirmou ao Jornal Económico João Vieira Lopes.

Quanto à substituição de Centeno pelo seu secretário de Estado do Orçamento, João Leão, o presidente da CCP diz que “trata-se no fundo de uma substituição por alguém que segue a mesma linha de pensamento ao que se sabe já que como parceiro social não temos tido uma relação com o secretário de Estado do Orçamento”.

João Vieira Lopes sinaliza, no entanto, que “a grande incógnita é se o futuro ministro das Finanças terá, ou não, mais sensibilidade aos aspetos de funcionamento da economia e ao papel das empresas já que esteve vários anos como diretor do gabinete de estudos do Ministério da Economia [entre 2010 e 2014]”.

Sobre a saída de Mário Centeno do Governo após o pedido de demissão do cargo de ministro das Finanças, anunciada no dia em que está aprovado o Orçamento Suplementar que já não contará com Centeno na sua defesa no Parlamento, o presidente da CCP deixa ainda um elogio: “teve o mérito de controlar as contas públicas”. Mas acaba também por realçar que “a CCP sempre foi muito crítica em relação à opção de deixar cair o investimento púbico para atingir os objetivos do défice, o que não foi positivo para atingir a sustentabilidade da economia”.

Mário Centeno deixa o Governo, deixando como marca o primeiro excedente orçamental em 47 anos, tendo o seu pedido de demissão sido anunciado nesta terça-feira, 9 de junho,

“O Presidente da República recebeu do Primeiro-Ministro as propostas de exoneração, a seu pedido, do Ministro de Estado e das Finanças, Professor Doutor Mário Centeno, e de nomeação, em sua substituição, do Professor Doutor João Leão”, pode-se ler no documento da Presidência da República. “O Presidente da República aceitou as propostas, realizando-se a cerimónia da posse no dia 15 de junho, às 10 horas”.

Tomando posse nesta data, João Leão, ao deixar de ser o secretário de Estado do Orçamento para ser o Ministro de Estado e das Finanças, vai defender a proposta de Orçamento Suplementar do Governo na Assembleia da República a 17 de junho.

Esta era uma saída esperada há muito tempo. O ministro das Finanças tem sido apontado para governador do Banco de Portugal, restando saber se, e quando, poderá assumir o cargo. O atual governador, Carlos Costa, está de saída, pois o seu mandato termina em julho.

A saída do até agora ministro das Finanças, e ministro do Eurogrupo, foi anunciada no dia em que o Governo discute o orçamento suplementar ao Orçamento do Estado para 2020 devido à crise económica provocada pela pandemia da Covid-19.

Recorde-se que Mário Centeno anuncia em Bruxelas na quinta-feira se se recandidata ou não à liderança do Eurogrupo, o grupo que junta os ministros das Finanças da zona euro, indo agora anunciar a sua saída.

Outras fontes sinalizam ainda que a discussão do Orçamento Suplementar que estava marcada para 19 de junho, dia em que o primeiro-ministro não podia estar presente, acabou por ser antecipada para 17 de junho para António Costa poder estar presente no plenário.

Segundo fonte próxima ao processo, “não é habitual um primeiro-ministro estar presente na discussão de um Orçamento Retificativo ou Suplementar e António Costa fez agora questão de estar presente no debate do Orçamento Suplementar”. Este era já um sinal que estava uma remodelação governamental em marcha.

marcar artigo