Ministro Leão atira-se ao PSD e ao regresso “do Diabo”: “Para o PSD a austeridade é a única forma. Está no seu ADN”

28-10-2020
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O ministro das Finanças está esta tarde no Parlamento a explicar aos deputados o Orçamento do Estado para 2021 e nas palavras não se coibiu de atirar ao PSD e às críticas que Rui Rio fez ao documento: "Para o PSD, a austeridade é a única forma correta de reagir a uma crise. É esta visão que está no seu ADN. Estão contra o conjunto de medidas sociais previstas neste Orçamento: contra o aumento do salário mínimo, contra a política de aumento dos rendimentos e das pensões, contra maior proteção social para os que perdem o emprego e estão a ser afetados pela crise", disse na sua intervenção inicial.

Os tiros inesperados saídos de João Leão não se ficaram por aqui. Para o ministro o problema vem de trás, da posição do PSD que, no tempo da troika, elogiava a redução do défice através de cortes: "Só assim para o PSD a redução do deficit orçamental é considerada virtuosa", disse. E ainda lembrou Passos Coelho, que referia que viria aí "o Diabo". "O seu discurso fez-nos lembrar algo que já não ouvíamos há algum tempo. Faz-nos lembrar o discurso do PSD nos 2 primeiros anos do Governo PS, entre 2015 e 2017. O discurso de que não havia alternativa. Quase só faltou dizer que vinha aí o diabo..", atirou.

Na resposta, Afonso Oliveira, do PSD, notou que Leão "conteve-se no tempo, mas não nas palavras". "É inacreditável como é que perde metade do seu tempo a falar do líder da oposição. Se é para agradar à esquerda, esse ataque ao PSD, o PCP já disse que se abstinha. E para o BE não sei se é suficiente", respondeu.

Os dois acabariam por debater este assunto. O ministro acabaria por dizer que tinha demorado tempo a falar do PSD porque era "a melhor forma" de mostrar que a orientação global do Orçamento "contrasta com a versão do PSD", uma visão "negativa assente na austeridade".

O PSD questionou ainda o Governo sobre os apoios às empresas. Na sua intervenção, Leão tinha dito: "Enquanto durar a pandemia, o governo não deixará de continuar a apoiar o emprego ajudando as empresas a suportar parte dos custos do trabalho nos setores mais atingidos pela crise".

Em plenas negociações do Orçamento do Estado, e ainda antes da audição de João Leão, o PCP decidiu revelar que se irá abster na votação na generalidade. Contudo, na sua intervenção inicial, Leão também se dirigiria à esquerda: "Os interesses de Portugal e dos portugueses estão à frente das disputas e dos interesses individuais de cada partido. Não podemos ter receio de enfrentar os momentos difíceis. Não é o momento de desistir. Os portugueses, com razão, não nos perdoariam", afirmou.

O ministro das Finanças está esta tarde no Parlamento a explicar aos deputados o Orçamento do Estado para 2021 e nas palavras não se coibiu de atirar ao PSD e às críticas que Rui Rio fez ao documento: "Para o PSD, a austeridade é a única forma correta de reagir a uma crise. É esta visão que está no seu ADN. Estão contra o conjunto de medidas sociais previstas neste Orçamento: contra o aumento do salário mínimo, contra a política de aumento dos rendimentos e das pensões, contra maior proteção social para os que perdem o emprego e estão a ser afetados pela crise", disse na sua intervenção inicial.

Os tiros inesperados saídos de João Leão não se ficaram por aqui. Para o ministro o problema vem de trás, da posição do PSD que, no tempo da troika, elogiava a redução do défice através de cortes: "Só assim para o PSD a redução do deficit orçamental é considerada virtuosa", disse. E ainda lembrou Passos Coelho, que referia que viria aí "o Diabo". "O seu discurso fez-nos lembrar algo que já não ouvíamos há algum tempo. Faz-nos lembrar o discurso do PSD nos 2 primeiros anos do Governo PS, entre 2015 e 2017. O discurso de que não havia alternativa. Quase só faltou dizer que vinha aí o diabo..", atirou.

Na resposta, Afonso Oliveira, do PSD, notou que Leão "conteve-se no tempo, mas não nas palavras". "É inacreditável como é que perde metade do seu tempo a falar do líder da oposição. Se é para agradar à esquerda, esse ataque ao PSD, o PCP já disse que se abstinha. E para o BE não sei se é suficiente", respondeu.

Os dois acabariam por debater este assunto. O ministro acabaria por dizer que tinha demorado tempo a falar do PSD porque era "a melhor forma" de mostrar que a orientação global do Orçamento "contrasta com a versão do PSD", uma visão "negativa assente na austeridade".

O PSD questionou ainda o Governo sobre os apoios às empresas. Na sua intervenção, Leão tinha dito: "Enquanto durar a pandemia, o governo não deixará de continuar a apoiar o emprego ajudando as empresas a suportar parte dos custos do trabalho nos setores mais atingidos pela crise".

Em plenas negociações do Orçamento do Estado, e ainda antes da audição de João Leão, o PCP decidiu revelar que se irá abster na votação na generalidade. Contudo, na sua intervenção inicial, Leão também se dirigiria à esquerda: "Os interesses de Portugal e dos portugueses estão à frente das disputas e dos interesses individuais de cada partido. Não podemos ter receio de enfrentar os momentos difíceis. Não é o momento de desistir. Os portugueses, com razão, não nos perdoariam", afirmou.

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