Catarina Martins incitou a "vandalizar umas estátuas e demolir o Padrão dos Descobrimentos"?

17-06-2020
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"Embora lá vandalizar uma estátuas e demolir o Padrão dos Descobrimentos", salienta-se no topo da publicação em causa. Segue-se uma imagem do suposto tweet de Catarina Martins, apresentado como se fosse recente.

"Virá o dia em que os discursos oficiais serão capazes de reconhecer a enorme violência da Expansão portuguesa, a nossa história esclavagista, a responsabilidade no tráfico transatlântico de escravos. Até podia ser num 10 de junho. Mas ainda não foi", terá escrito a deputada a líder bloquista, supostamente "há 42 minutos".

É verdade que Catarina Martins incitou a "vandalizar umas estátuas e demolir o Padrão dos Descobrimentos"?

Importa começar por sublinhar que o tweet é verdadeiro (pode conferir aqui), mas ao contrário do que se sugere ou interpreta na maior parte das publicações detectadas nos últimos dias, o facto é que foi publicado por Catarina Martins no dia 10 de junho de 2018, há mais de dois anos.

No caso da publicação que analisamos, entre outras similares, o logro é mais desenvolvido, na medida em que se traça uma ligação direta - em forma de citação - aos recentes atos de vandalismo sobre estátuas, ou à petição (já cancelada) que visava demolir a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos.

Em suma, além de o tweet ser antigo, estando a ser partilhado nos últimos dias como se fosse atual, não encontramos qualquer registo público de declaração de Catarina Martins que possa ser interpretada como um incitamento a "vandalizar umas estátuas e demolir o Padrão dos Descobrimentos".

As publicações em causa estão portanto a induzir em erro e a reproduzir desinformação.

________________________________________

Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.

Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:

Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações "Falso" ou "Maioritariamente Falso" nos sites de verificadores de factos.

Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:

"Embora lá vandalizar uma estátuas e demolir o Padrão dos Descobrimentos", salienta-se no topo da publicação em causa. Segue-se uma imagem do suposto tweet de Catarina Martins, apresentado como se fosse recente.

"Virá o dia em que os discursos oficiais serão capazes de reconhecer a enorme violência da Expansão portuguesa, a nossa história esclavagista, a responsabilidade no tráfico transatlântico de escravos. Até podia ser num 10 de junho. Mas ainda não foi", terá escrito a deputada a líder bloquista, supostamente "há 42 minutos".

É verdade que Catarina Martins incitou a "vandalizar umas estátuas e demolir o Padrão dos Descobrimentos"?

Importa começar por sublinhar que o tweet é verdadeiro (pode conferir aqui), mas ao contrário do que se sugere ou interpreta na maior parte das publicações detectadas nos últimos dias, o facto é que foi publicado por Catarina Martins no dia 10 de junho de 2018, há mais de dois anos.

No caso da publicação que analisamos, entre outras similares, o logro é mais desenvolvido, na medida em que se traça uma ligação direta - em forma de citação - aos recentes atos de vandalismo sobre estátuas, ou à petição (já cancelada) que visava demolir a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos.

Em suma, além de o tweet ser antigo, estando a ser partilhado nos últimos dias como se fosse atual, não encontramos qualquer registo público de declaração de Catarina Martins que possa ser interpretada como um incitamento a "vandalizar umas estátuas e demolir o Padrão dos Descobrimentos".

As publicações em causa estão portanto a induzir em erro e a reproduzir desinformação.

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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.

Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:

Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações "Falso" ou "Maioritariamente Falso" nos sites de verificadores de factos.

Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:

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