Costa tenta Orçamento-espargata

17-03-2020
marcar artigo

Sem parceiros oficiais para aprovar o Orçamento do Estado, António Costa e Mário Centeno desenharam um documento que tem potencial para agradar a (quase) todos os partidos... mas que corre o risco de não satisfazer verdadeiramente a ninguém. Há mais dinheiro para a Saúde (apesar do desgosto da ministra Marta Temido), há benefícios fiscais e aumentos para funcionários públicos (classificados como “inaceitáveis” e “ridículos” por sindicatos e ex-parceiros de esquerda), há apoios para empresas (apesar do universo minimal a que vão ser destinados), há (outra vez) aumento de impostos indiretos e renovados apoios à natalidade e aos mais jovens. E ainda uns pozinhos para piscar a piscar o olho ao PSD/Madeira (o pagamento de metade do hospital da Madeira estará fechado e a renegociação da dívida “bem encaminhada”), enquanto o PAN é seduzido por medidas como o aumento do IVA da Tourada.

No sábado, quando aprovou a proposta de Orçamento do Estado para 2020, António Costa recorreu ao Twitter para sintetizar a coisa nestes termos: é um Orçamento que dá “continuidade à política orçamental que iniciámos em 2016, de melhoria de rendimentos, apoio à modernização das empresas, reforço do investimento na qualidade dos serviços públicos... Com contas certas”. Os destinatários da mensagem estavam no subtexto: Bloco de Esquerda e PCP. Por outras palavras, se o Orçamento é de continuidade e mantém a chancela ‘geringonça’, a esquerda não tem argumentos políticos para o chumbar.

Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler (também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso).

Sem parceiros oficiais para aprovar o Orçamento do Estado, António Costa e Mário Centeno desenharam um documento que tem potencial para agradar a (quase) todos os partidos... mas que corre o risco de não satisfazer verdadeiramente a ninguém. Há mais dinheiro para a Saúde (apesar do desgosto da ministra Marta Temido), há benefícios fiscais e aumentos para funcionários públicos (classificados como “inaceitáveis” e “ridículos” por sindicatos e ex-parceiros de esquerda), há apoios para empresas (apesar do universo minimal a que vão ser destinados), há (outra vez) aumento de impostos indiretos e renovados apoios à natalidade e aos mais jovens. E ainda uns pozinhos para piscar a piscar o olho ao PSD/Madeira (o pagamento de metade do hospital da Madeira estará fechado e a renegociação da dívida “bem encaminhada”), enquanto o PAN é seduzido por medidas como o aumento do IVA da Tourada.

No sábado, quando aprovou a proposta de Orçamento do Estado para 2020, António Costa recorreu ao Twitter para sintetizar a coisa nestes termos: é um Orçamento que dá “continuidade à política orçamental que iniciámos em 2016, de melhoria de rendimentos, apoio à modernização das empresas, reforço do investimento na qualidade dos serviços públicos... Com contas certas”. Os destinatários da mensagem estavam no subtexto: Bloco de Esquerda e PCP. Por outras palavras, se o Orçamento é de continuidade e mantém a chancela ‘geringonça’, a esquerda não tem argumentos políticos para o chumbar.

Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler (também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso).

marcar artigo