Cristas não larga Costa: “Não é possível continuar a responder que não sabe de nada”

28-06-2020
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Mais um dia de campanha, mais um ataque de Assunção Cristas ao Governo sobre… isso mesmo, Tancos. Podia ser uma notícia repetida, não fosse o facto de a líder dos centristas endurecer o tom a cada dia que passa - e de estar marcada para quarta-feira, a apenas quatro dias das eleições legislativas, uma conferência de líderes no Parlamento sobre o tema.

Desta vez, Cristas disparou direta a António Costa, sobre quem faz questão de não retirar pressão. “Não é possível o primeiro-ministro continuar a responder que não sabe de nada e já disse tudo, além do mais com sinais evidentes de que o Governo parece não perceber a gravidade do assunto”, declarou, questionada pelos jornalistas, à saída de uma visita à empresa da indústria farmacêutica Bluepharma, em Coimbra.

E que sinais evidentes são esses? Por um lado, o facto de “vermos um candidato a deputado [Tiago Barbosa Ribeiro, do PS, a quem Azeredo Lopes terá confessado que sabia da operação para recuperar as armas] a andar na rua em campanha como se nada fosse”. E, por outro, a recusa do PS em aprovar a realização de uma reunião da comissão permanente da Assembleia da República para analisar o caso: “O PS está mal em não querer vir debater e esclarecer este ponto mas acima de tudo está mal o secretário-geral do PS e também primeiro-ministro, que tem de dar explicações a este país. As duas ações são condizentes”.

Podia ter sido uma questão espoletada apenas pelas questões dos jornalistas, não fosse o facto de Assunção Cristas vir visivelmente preparada: na mão trazia uma folha de papel com as declarações de António Costa sobre o caso de Tancos e a confiança que disse, no Parlamento, depositar em Azeredo Lopes. “Vou relembrar, para não me enganar. Vou citar”, avisou, antes de ler: “O professor doutor Azeredo Lopes desempenhou com lealdade as funções de ministro da Defesa, transmitindo-me sempre, em todos os assuntos, a informação que considerou relevante ou que eu solicitei”.

O que o CDS exige é que Costa venha esclarecer precisamente se, à luz do que se conhece hoje do despacho de acusação do Ministério Público, mantém essa avaliação da conduta de Azeredo enquanto ministro e as garantias de que recebeu e solicitou informações “relevantes” - como as relativas a Tancos. Sem resposta do primeiro-ministro, os centristas prometem não largar o assunto na reta final da campanha. Faltam quatro dias para perceberem se, no que toca a votos, a estratégia resulta.

Mais um dia de campanha, mais um ataque de Assunção Cristas ao Governo sobre… isso mesmo, Tancos. Podia ser uma notícia repetida, não fosse o facto de a líder dos centristas endurecer o tom a cada dia que passa - e de estar marcada para quarta-feira, a apenas quatro dias das eleições legislativas, uma conferência de líderes no Parlamento sobre o tema.

Desta vez, Cristas disparou direta a António Costa, sobre quem faz questão de não retirar pressão. “Não é possível o primeiro-ministro continuar a responder que não sabe de nada e já disse tudo, além do mais com sinais evidentes de que o Governo parece não perceber a gravidade do assunto”, declarou, questionada pelos jornalistas, à saída de uma visita à empresa da indústria farmacêutica Bluepharma, em Coimbra.

E que sinais evidentes são esses? Por um lado, o facto de “vermos um candidato a deputado [Tiago Barbosa Ribeiro, do PS, a quem Azeredo Lopes terá confessado que sabia da operação para recuperar as armas] a andar na rua em campanha como se nada fosse”. E, por outro, a recusa do PS em aprovar a realização de uma reunião da comissão permanente da Assembleia da República para analisar o caso: “O PS está mal em não querer vir debater e esclarecer este ponto mas acima de tudo está mal o secretário-geral do PS e também primeiro-ministro, que tem de dar explicações a este país. As duas ações são condizentes”.

Podia ter sido uma questão espoletada apenas pelas questões dos jornalistas, não fosse o facto de Assunção Cristas vir visivelmente preparada: na mão trazia uma folha de papel com as declarações de António Costa sobre o caso de Tancos e a confiança que disse, no Parlamento, depositar em Azeredo Lopes. “Vou relembrar, para não me enganar. Vou citar”, avisou, antes de ler: “O professor doutor Azeredo Lopes desempenhou com lealdade as funções de ministro da Defesa, transmitindo-me sempre, em todos os assuntos, a informação que considerou relevante ou que eu solicitei”.

O que o CDS exige é que Costa venha esclarecer precisamente se, à luz do que se conhece hoje do despacho de acusação do Ministério Público, mantém essa avaliação da conduta de Azeredo enquanto ministro e as garantias de que recebeu e solicitou informações “relevantes” - como as relativas a Tancos. Sem resposta do primeiro-ministro, os centristas prometem não largar o assunto na reta final da campanha. Faltam quatro dias para perceberem se, no que toca a votos, a estratégia resulta.

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