COM QUE ENTÃO...!

24-03-2020
marcar artigo

O presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Dr. Filipe Menezes respondeu e bem à presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento Drª Maria João Monte. Esta Senhora, há dias, veio denunciar, com um tom claramente político-partidário, os "caloteiros" da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo (SDPS). Segundo se ficou a saber são reclamadas rendas em atraso, superiores a um milhão de euros pela utilização do edifício de serviços públicos. E porquê? Porque o senhor Roberto Silva, ex-presidente da Câmara, segundo ainda ontem li no DN-Madeira, assumiu um contrato ruinoso de € 30.000,00 por mês, durante meio século e ainda por cima com a desvantagem do edifício não ficar como seu património. Um negócio da China! Isto é, um sujeito vai à banca, por exemplo, contratualiza dinheiro para uma habitação, paga durante cinquenta anos e, findo os quais, a casa é do banco. Fantástico!

Eu, nessas circunstâncias, face às gravíssimas dificuldades das gentes do Porto Santo, arrumava toda a tralha e regressaria ao velhinho edifício, nem que os serviços tivessem de ficar dispersos e menos bem acomodados. Só que o senhor Roberto Silva foi na história, voltando as costas às necessidades primeiras do povo, para seu gáudio político, isto é, para ficar bem na foto da família partidária. Assume o Dr. Filipe Menezes e eu subscrevo: Tenho de "zelar pelo interesse da população, que está a braços com dificuldades graves a nível social e, por outro lado, repor a legalidade, repor a verdade em determinadas situações ao ponto de sabermos com o que poderemos contar para todas as partes. (...) o edifício onde estamos instalados nunca valerá 11 milhões de euros. Não é preciso ser entendido na matéria, nem de longe nem de perto" (...) Daí que proponha como renda limite € 5.000,00 mensais e nem mais um cêntimo. 

No meio desta história o problema não é apenas de definição de um valor pela utilização de um espaço. Politicamente, a questão é outra. Perante numerosas situações de obras megalómanas construídas pelas sociedades de desenvolvimento, muitas em estado de abandono e de progressiva degradação, obras completamente desajustadas das necessidades locais, como pode a presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento atrever-se a falar de caloteiros (a palavra é minha) quando o próprio governo tem dívidas superiores a seis mil milhões, quando deve a tantos empresários, quando é público e notório que, durante anos a fio, entre outros, assistimos a um desperdiçar de dinheiros públicos em obras não prioritárias. Mas a Câmara do Porto Santo, essa Câmara de cor política diferente, é que é a caloteira. Percebo. Não são necessárias outras explicações. 

Ilustração: Google Imagens.

O presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Dr. Filipe Menezes respondeu e bem à presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento Drª Maria João Monte. Esta Senhora, há dias, veio denunciar, com um tom claramente político-partidário, os "caloteiros" da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo (SDPS). Segundo se ficou a saber são reclamadas rendas em atraso, superiores a um milhão de euros pela utilização do edifício de serviços públicos. E porquê? Porque o senhor Roberto Silva, ex-presidente da Câmara, segundo ainda ontem li no DN-Madeira, assumiu um contrato ruinoso de € 30.000,00 por mês, durante meio século e ainda por cima com a desvantagem do edifício não ficar como seu património. Um negócio da China! Isto é, um sujeito vai à banca, por exemplo, contratualiza dinheiro para uma habitação, paga durante cinquenta anos e, findo os quais, a casa é do banco. Fantástico!

Eu, nessas circunstâncias, face às gravíssimas dificuldades das gentes do Porto Santo, arrumava toda a tralha e regressaria ao velhinho edifício, nem que os serviços tivessem de ficar dispersos e menos bem acomodados. Só que o senhor Roberto Silva foi na história, voltando as costas às necessidades primeiras do povo, para seu gáudio político, isto é, para ficar bem na foto da família partidária. Assume o Dr. Filipe Menezes e eu subscrevo: Tenho de "zelar pelo interesse da população, que está a braços com dificuldades graves a nível social e, por outro lado, repor a legalidade, repor a verdade em determinadas situações ao ponto de sabermos com o que poderemos contar para todas as partes. (...) o edifício onde estamos instalados nunca valerá 11 milhões de euros. Não é preciso ser entendido na matéria, nem de longe nem de perto" (...) Daí que proponha como renda limite € 5.000,00 mensais e nem mais um cêntimo. 

No meio desta história o problema não é apenas de definição de um valor pela utilização de um espaço. Politicamente, a questão é outra. Perante numerosas situações de obras megalómanas construídas pelas sociedades de desenvolvimento, muitas em estado de abandono e de progressiva degradação, obras completamente desajustadas das necessidades locais, como pode a presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento atrever-se a falar de caloteiros (a palavra é minha) quando o próprio governo tem dívidas superiores a seis mil milhões, quando deve a tantos empresários, quando é público e notório que, durante anos a fio, entre outros, assistimos a um desperdiçar de dinheiros públicos em obras não prioritárias. Mas a Câmara do Porto Santo, essa Câmara de cor política diferente, é que é a caloteira. Percebo. Não são necessárias outras explicações. 

Ilustração: Google Imagens.

marcar artigo