A democracia sob chantagem

12-05-2020
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A democracia sob chantagem

On Dezembro 31, 2016 Por CGPIn Diversos

Tem muita razão o André em defender Augusto Santos Silva que, numa conversa privada, usou uma expressão que, no contexto, não tem nada de errado. Escusado será dizer que se tivesse sido um ministro de outro partido a fazê-lo não se pediria menos do que a sua cabeça (porventura, o próprio Augusto Santos Silva estaria a fazê-lo). Também não encontraríamos nenhum comentador de esquerda a escrever um artigo como este do André.
Na mesma linha, o ministro da Saúde tem razão ao afirmar que mortes nas urgências em período de Inverno são normais. É evidente que são. Ninguém vai para as urgências por estar bem de saúde, por isso é normal que morram mais pessoas nas urgências do que no Solinca da Foz. Há dois anos quando afirmámos isto aqui neste blog e nas redes sociais, fomos acusados de insensibilidade. As mortes nessa altura não eram normais, eram o resultado da austeridade. A gritaria e o histerismo eram ensurdecedores.
Isto podem parecer notas sem grande importância, mas são sintomas de uma democracia doente em que diferentes situações despertam diferentes reacções consoante os actores no poder. Chegamos ao ponto em que há eleitores que preferem um governo um pouco pior a troco de paz social. É esse exactamente o objectivo de movimentos sindicais politicamente dominados e orgãos de imprensa ideologicamente enviezados. Isto não é política, é chantagem social. Não vai acabar bem.

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A democracia sob chantagem

On Dezembro 31, 2016 Por CGPIn Diversos

Tem muita razão o André em defender Augusto Santos Silva que, numa conversa privada, usou uma expressão que, no contexto, não tem nada de errado. Escusado será dizer que se tivesse sido um ministro de outro partido a fazê-lo não se pediria menos do que a sua cabeça (porventura, o próprio Augusto Santos Silva estaria a fazê-lo). Também não encontraríamos nenhum comentador de esquerda a escrever um artigo como este do André.
Na mesma linha, o ministro da Saúde tem razão ao afirmar que mortes nas urgências em período de Inverno são normais. É evidente que são. Ninguém vai para as urgências por estar bem de saúde, por isso é normal que morram mais pessoas nas urgências do que no Solinca da Foz. Há dois anos quando afirmámos isto aqui neste blog e nas redes sociais, fomos acusados de insensibilidade. As mortes nessa altura não eram normais, eram o resultado da austeridade. A gritaria e o histerismo eram ensurdecedores.
Isto podem parecer notas sem grande importância, mas são sintomas de uma democracia doente em que diferentes situações despertam diferentes reacções consoante os actores no poder. Chegamos ao ponto em que há eleitores que preferem um governo um pouco pior a troco de paz social. É esse exactamente o objectivo de movimentos sindicais politicamente dominados e orgãos de imprensa ideologicamente enviezados. Isto não é política, é chantagem social. Não vai acabar bem.

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