Costa encarnou Sócrates?

21-09-2020
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Os dois anos de governo da geringonça foram celebrados com uma verdadeira peça trágico-cómica. Ao que parece, a Universidade de Aveiro terá sido a “autora do estudo”, mas a verdade é que, na prática, apenas cedeu as instalações para que António Costa pudesse encenar uma peça à sua imagem e semelhança: uma sessão onde supostamente os portugueses seriam arguentes e avaliadores imparciais da ação do governo, tornou-se afinal numa encenação paga pelos contribuintes e “controlada” pela empresa de sondagens preferida do governo. Não deixa de ser irónico que dois anos de governação teatral tenham semelhante “prova de fogo”.

Para compor o enredo, o Bloco de Esquerda “encenou” ontem uma divergência com o Governo e com o PS para dizer que “discordam”, mas no final aprovam. O último dia do debate do orçamento foi apenas um remake do que tem sido esta coligação: BE e PCP discordam de quase tudo mas aprovam e camuflam todos os erros e disparates de António Costa. Discordam, mas apenas em abstrato.

Este é o governo e a coligação do abstrato.

Da mesma forma que o governo iria descongelar as carreiras dos professores e que assim, segundo o Primeiro-Ministro, estes recuperariam – “em abstrato” - os seus rendimentos, também só “em abstrato” é que as reformas estruturais estão a ser feitas.

Pelo que ouvi ao longo destes dois anos, também “em abstrato” quem provocou a pré-bancarrota foi o PSD e até parece ser Passos Coelho quem é acusado de corrupção. O défice em 2011 era afinal de 3%, mas só “em abstrato”, o congelamento de carreiras, o corte de salários, o PEC1, PEC2 e PEC3, “em abstrato” são afinal todos da autoria do PSD e do CDS. Afinal este governo tem um novo caminho, mas só “em abstrato”, porque na realidade em que vivemos, os impostos aumentaram, as cativações galoparam e os serviços públicos deterioraram-se.

Como diria António Costa a austeridade acabou, mas apenas “em abstrato”.

No encerramento do debate do OE2018 também fiquei convencido que só em abstrato é que o memorando de entendimento e as suas medidas de austeridade terão sido negociadas por José Sócrates, Vieira da Silva, Santos Silva e Teixeira dos Santos.

Ao ouvir ontem o BE no plenário da Assembleia da República fiquei também convencido que, mais uma vez em abstrato, foi o PSD que aprovou o OE2018 tal como já tinha aprovado o de 2016 e 2017. Em abstrato, para Catarina Martins o OE para a Cultura é vergonhoso, mas na realidade é a própria que o aprova. Tal como também aprovou a cedência “aos lobbies das energias renováveis” o que representa uma “traição” do PS que afinal o BE também aprovou com o seu voto final ao OE2018.

Na realidade, o Governo tem andado a enganar o país e infelizmente nada disso é em abstrato. Em abstrato alguns sindicatos protestam, mas na realidade são coniventes. Em abstrato Mário Nogueira e a FENPROF criticam, mas na realidade andaram dois anos a camuflar os disparates do Ministro da Educação. Em abstrato a CGTP também critica, mas na realidade tem feito de “amortecedor” ao defraudar das expectativas criadas pela geringonça.

Em abstrato o Plano Macroeconómico de Mário Centeno, Galamba e companhia (que falava no aumento do consumo interno como fator de crescimento) está a resultar, mas na realidade são as exportações, o turismo e o crescimento da zona euro, que fazem a economia crescer.

Em abstrato a reforma laboral feita por PSD/CDS é uma “indignidade”, mas na realidade, e após dois anos e três orçamentos de Estado, não lhe tocaram. Na realidade, o Ministério das Finanças apresenta-a internacionalmente como uma das grandes reformas que o país fez como aliás indica o panfleto promocional do IGCP.

Em abstrato, e como disse o Secretário Estado dos Assuntos Parlamentares, o “PS não precisa da direita” para nada, mas na realidade querem o apoio do PSD e CDS para as grandes reformas estruturais pois já sabem que só contam com o BE, PCP e Verdes para a propaganda e para distribuir a “chapa ganha”.

Até o Infarmed era para ir para o Porto, em abstrato, porque na realidade fica em Lisboa. Tudo não passou de uma “intenção” quando na verdade foi uma verdadeira encenação.

Em abstrato temos um governo, mas na realidade temos uma reencarnação política de José Sócrates, mas desta vez com o aplauso do PCP, BE e Verdes.

Os dois anos de governo da geringonça foram celebrados com uma verdadeira peça trágico-cómica. Ao que parece, a Universidade de Aveiro terá sido a “autora do estudo”, mas a verdade é que, na prática, apenas cedeu as instalações para que António Costa pudesse encenar uma peça à sua imagem e semelhança: uma sessão onde supostamente os portugueses seriam arguentes e avaliadores imparciais da ação do governo, tornou-se afinal numa encenação paga pelos contribuintes e “controlada” pela empresa de sondagens preferida do governo. Não deixa de ser irónico que dois anos de governação teatral tenham semelhante “prova de fogo”.

Para compor o enredo, o Bloco de Esquerda “encenou” ontem uma divergência com o Governo e com o PS para dizer que “discordam”, mas no final aprovam. O último dia do debate do orçamento foi apenas um remake do que tem sido esta coligação: BE e PCP discordam de quase tudo mas aprovam e camuflam todos os erros e disparates de António Costa. Discordam, mas apenas em abstrato.

Este é o governo e a coligação do abstrato.

Da mesma forma que o governo iria descongelar as carreiras dos professores e que assim, segundo o Primeiro-Ministro, estes recuperariam – “em abstrato” - os seus rendimentos, também só “em abstrato” é que as reformas estruturais estão a ser feitas.

Pelo que ouvi ao longo destes dois anos, também “em abstrato” quem provocou a pré-bancarrota foi o PSD e até parece ser Passos Coelho quem é acusado de corrupção. O défice em 2011 era afinal de 3%, mas só “em abstrato”, o congelamento de carreiras, o corte de salários, o PEC1, PEC2 e PEC3, “em abstrato” são afinal todos da autoria do PSD e do CDS. Afinal este governo tem um novo caminho, mas só “em abstrato”, porque na realidade em que vivemos, os impostos aumentaram, as cativações galoparam e os serviços públicos deterioraram-se.

Como diria António Costa a austeridade acabou, mas apenas “em abstrato”.

No encerramento do debate do OE2018 também fiquei convencido que só em abstrato é que o memorando de entendimento e as suas medidas de austeridade terão sido negociadas por José Sócrates, Vieira da Silva, Santos Silva e Teixeira dos Santos.

Ao ouvir ontem o BE no plenário da Assembleia da República fiquei também convencido que, mais uma vez em abstrato, foi o PSD que aprovou o OE2018 tal como já tinha aprovado o de 2016 e 2017. Em abstrato, para Catarina Martins o OE para a Cultura é vergonhoso, mas na realidade é a própria que o aprova. Tal como também aprovou a cedência “aos lobbies das energias renováveis” o que representa uma “traição” do PS que afinal o BE também aprovou com o seu voto final ao OE2018.

Na realidade, o Governo tem andado a enganar o país e infelizmente nada disso é em abstrato. Em abstrato alguns sindicatos protestam, mas na realidade são coniventes. Em abstrato Mário Nogueira e a FENPROF criticam, mas na realidade andaram dois anos a camuflar os disparates do Ministro da Educação. Em abstrato a CGTP também critica, mas na realidade tem feito de “amortecedor” ao defraudar das expectativas criadas pela geringonça.

Em abstrato o Plano Macroeconómico de Mário Centeno, Galamba e companhia (que falava no aumento do consumo interno como fator de crescimento) está a resultar, mas na realidade são as exportações, o turismo e o crescimento da zona euro, que fazem a economia crescer.

Em abstrato a reforma laboral feita por PSD/CDS é uma “indignidade”, mas na realidade, e após dois anos e três orçamentos de Estado, não lhe tocaram. Na realidade, o Ministério das Finanças apresenta-a internacionalmente como uma das grandes reformas que o país fez como aliás indica o panfleto promocional do IGCP.

Em abstrato, e como disse o Secretário Estado dos Assuntos Parlamentares, o “PS não precisa da direita” para nada, mas na realidade querem o apoio do PSD e CDS para as grandes reformas estruturais pois já sabem que só contam com o BE, PCP e Verdes para a propaganda e para distribuir a “chapa ganha”.

Até o Infarmed era para ir para o Porto, em abstrato, porque na realidade fica em Lisboa. Tudo não passou de uma “intenção” quando na verdade foi uma verdadeira encenação.

Em abstrato temos um governo, mas na realidade temos uma reencarnação política de José Sócrates, mas desta vez com o aplauso do PCP, BE e Verdes.

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