Pandemia 'roubou' 15 mil milhões de euros às contas do Estado

16-11-2020
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Já se sabia que a covid-19 tinha destruído por completo as contas do Governo. O Orçamento do Estado para 2020, ainda feito com Mário Centeno nas Finanças, tinha como meta um excedente de 0,2% do PIB e, este ano, o Estado vai fechar com um dos maiores défices dos últimos anos. Mas não se sabia, com precisão, a dimensão do estrago. A primeira estimativa surge no Orçamento do Estado para 2021 entregue esta segunda-feira na Assembleia da República.

O documento faz as contas ao impacto da pandemia nas contas públicas. Em vez de um resultado positivo de 533 milhões de euros, previstos na versão original do documento elaborado em dezembro do ano passado, prevêem-se agora 14424 milhões de euros negativos. Esta descida a pique, de quase 15 mil milhões de euros, corresponde a 7,5% do PIB que irá levar o défice até 7,3% do PIB.

Explica o documento que “a redução de 7,5 p.p. estimada para o saldo orçamental em percentagem do PIB reflete: o aumento da despesa e a redução da receita fiscal, em resultado do funcionamento dos estabilizadores automáticos com efeitos na quebra da atividade económica (4,8 p.p.) e a implementação de medidas de mitigação dos efeitos sanitários, sociais e económicos da pandemia (2,7 p.p.)”.

Ou seja, a maior parte da degradação das contas este ano teve mais a ver com a menor receita de impostos conseguida (porque o PIB esteve em queda) e menos com medidas tomadas deliberadamente para conter os efeitos da pandemia e da crise económica. Ainda que as anti-covid representem 5357 milhões de euros. É o facto de a maior parte da derrapagem ter a ver com o efeito do ciclo económoica que explica como é que em 2021, um ano em que até são tomadas medidas adicionais, o défice se reduz de 7,3% para 4,3% num ano em que até são tomadas medidas adicionais.

Já se sabia que a covid-19 tinha destruído por completo as contas do Governo. O Orçamento do Estado para 2020, ainda feito com Mário Centeno nas Finanças, tinha como meta um excedente de 0,2% do PIB e, este ano, o Estado vai fechar com um dos maiores défices dos últimos anos. Mas não se sabia, com precisão, a dimensão do estrago. A primeira estimativa surge no Orçamento do Estado para 2021 entregue esta segunda-feira na Assembleia da República.

O documento faz as contas ao impacto da pandemia nas contas públicas. Em vez de um resultado positivo de 533 milhões de euros, previstos na versão original do documento elaborado em dezembro do ano passado, prevêem-se agora 14424 milhões de euros negativos. Esta descida a pique, de quase 15 mil milhões de euros, corresponde a 7,5% do PIB que irá levar o défice até 7,3% do PIB.

Explica o documento que “a redução de 7,5 p.p. estimada para o saldo orçamental em percentagem do PIB reflete: o aumento da despesa e a redução da receita fiscal, em resultado do funcionamento dos estabilizadores automáticos com efeitos na quebra da atividade económica (4,8 p.p.) e a implementação de medidas de mitigação dos efeitos sanitários, sociais e económicos da pandemia (2,7 p.p.)”.

Ou seja, a maior parte da degradação das contas este ano teve mais a ver com a menor receita de impostos conseguida (porque o PIB esteve em queda) e menos com medidas tomadas deliberadamente para conter os efeitos da pandemia e da crise económica. Ainda que as anti-covid representem 5357 milhões de euros. É o facto de a maior parte da derrapagem ter a ver com o efeito do ciclo económoica que explica como é que em 2021, um ano em que até são tomadas medidas adicionais, o défice se reduz de 7,3% para 4,3% num ano em que até são tomadas medidas adicionais.

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