Ramalho enviou carta a Rio a explicar vendas do Novo Banco

21-09-2020
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As suspeitas de Rui Rio em relação às vendas do Novo Banco vêm crescendo há muito. Há pelo menos três meses já se comentava na direção do PSD os “negócios estranhos” do banco presidido por António Ramalho e offshores de que ninguém conhecia o rasto. As suspeitas nem eram originais: Helena Roseta, então deputada do PS, já tinha levantado a lebre em março de 2019. Mas foi já no final de maio que o líder social-democrata decidiu levar o tema ao Parlamento, exigindo ao Governo que esclarecesse se havia ou não créditos do Novo Banco vendidos “ao desbarato”.

Perante as suspeitas, António Ramalho enviou uma carta a Rio, datada de 8 de julho, em que tenta esclarecer as dúvidas do social-democrata. Nessa missiva, a que o Expresso teve acesso, começa por recusar a ideia de que o banco “carregou” nas imparidades para crédito e por rejeitar a ideia de que foram constituídas imparidades para o banco poder beneficiar do auxílio do Fundo de Resolução — e dos contribuintes. O gestor argumenta igualmente, e para isso usa gráficos e tabelas, que o comportamento do banco nesta rubrica não difere muito do da Caixa Geral de Depósitos e do do BCP em 2016 e 2017. A liderança do banco adianta ainda detalhes sobre carteiras de imóveis que foram vendidas em 2018 e 2019 (os chamados projetos Viriato e Sertorius), dando indicações sobre os imóveis vendidos e os respetivos preços (mas não sobre o impacto direto nos resultados da instituição).

As suspeitas de Rui Rio em relação às vendas do Novo Banco vêm crescendo há muito. Há pelo menos três meses já se comentava na direção do PSD os “negócios estranhos” do banco presidido por António Ramalho e offshores de que ninguém conhecia o rasto. As suspeitas nem eram originais: Helena Roseta, então deputada do PS, já tinha levantado a lebre em março de 2019. Mas foi já no final de maio que o líder social-democrata decidiu levar o tema ao Parlamento, exigindo ao Governo que esclarecesse se havia ou não créditos do Novo Banco vendidos “ao desbarato”.

Perante as suspeitas, António Ramalho enviou uma carta a Rio, datada de 8 de julho, em que tenta esclarecer as dúvidas do social-democrata. Nessa missiva, a que o Expresso teve acesso, começa por recusar a ideia de que o banco “carregou” nas imparidades para crédito e por rejeitar a ideia de que foram constituídas imparidades para o banco poder beneficiar do auxílio do Fundo de Resolução — e dos contribuintes. O gestor argumenta igualmente, e para isso usa gráficos e tabelas, que o comportamento do banco nesta rubrica não difere muito do da Caixa Geral de Depósitos e do do BCP em 2016 e 2017. A liderança do banco adianta ainda detalhes sobre carteiras de imóveis que foram vendidas em 2018 e 2019 (os chamados projetos Viriato e Sertorius), dando indicações sobre os imóveis vendidos e os respetivos preços (mas não sobre o impacto direto nos resultados da instituição).

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