CDS quer ouvir administradores que saíram do Novo Banco antes do fim do mandato

29-12-2020
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Da lista de audições que o CDS pretende que sejam realizadas na comissão de inquérito ao Novo Banco constam o nome de dois administradores que abandonaram a instituição financeira em novembro, antes do final do seu mandato e, segundo o jornal Público, em divergência com as escolhas da Lone Star e a gestão de António Ramalho.

“Há algum tempo percebi que não fazia parte da equipa core [estratégica] da Lone Star e portanto decidi que o melhor seria não renovar”, foi a resposta que Vítor Fernandes, ex-administrador do banco, deu ao Público para explicar a sua saída. Agora, está na lista de 20 nomes chamados pelo CDS, representado na comissão de inquérito por Cecília Meireles, juntamente com Jorge Cardoso, administrador que saiu do banco também antecipadamente (também José Eduardo Bettencourt saiu do banco antes do fim do mandato, mas não é convocado).

Para o CDS, é importante também ouvir os atuais gestores do banco, não só Ramalho, mas também Rui Fontes e Luísa Soares da Silva. Byron Haynes, do conselho geral e de supervisão, é outro dos convocados. Os ex-CEO Eduardo Stock da Cunha e Vítor Bento são igualmente chamados.

O requerimento centrista vive do passado e do futuro, elencando Mário Centeno, na condição de ex-ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal, e Carlos Costa, seu antecessor no supervisor bancário. O atual presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, e o anterior ocupante do cargo, José Ramalho, são chamados, bem como o presidente da comissão de acompanhamento do Novo Banco, José Bracinha Vieira (assume o posto a 1 de janeiro de 2021), e o até aqui líder desse órgão, José Rodrigues de Jesus. João Freitas, secretário-geral do Fundo, também está na lista.

A auditora EY e a Oliver Wyman, que verifica a adequação dos cálculos do Novo Banco que estão na base dos pedidos de ajuda ao Fundo de Resolução, são igualmente convocados. Matteo Castelvetri e Alistair Wallace Bell, presidente e administrador da Gamalife, a compradora da seguradora GNB Vida, fecham o elenco.

Espólio do BES anexado

O requerimento de Cecília Meireles pede ainda que o inquérito às perdas do Novo Banco imputadas ao Fundo de Resolução possa receber o espólio deixado pela comissão de inquérito à gestão do BES e do GES. Mesmo a informação confidencial.

“De igual forma se requer que sejam enviados a esta Comissão de Inquérito os documentos relacionados com o seu objeto que se encontrem na Comissão de Orçamento e Finanças, incluindo documentos confidenciais, e designadamente o Relatório de Auditoria Especial realizado nos termos da Lei n.º 15/2019, de 12 de fevereiro, o contrato de venda do Novo Banco e o acordo de capital contingente celebrado entre o Novo Banco e o Fundo de Resolução”, adianta ainda o pedido do CDS.

Todos os partidos tinham de entregar as suas propostas de audições e documentação até esta segunda-feira, 28 de dezembro, sendo que depois terá de haver uma consensualização sobre quais as propostas prioritárias, até porque a comissão de inquérito só dura até abril.

Da lista de audições que o CDS pretende que sejam realizadas na comissão de inquérito ao Novo Banco constam o nome de dois administradores que abandonaram a instituição financeira em novembro, antes do final do seu mandato e, segundo o jornal Público, em divergência com as escolhas da Lone Star e a gestão de António Ramalho.

“Há algum tempo percebi que não fazia parte da equipa core [estratégica] da Lone Star e portanto decidi que o melhor seria não renovar”, foi a resposta que Vítor Fernandes, ex-administrador do banco, deu ao Público para explicar a sua saída. Agora, está na lista de 20 nomes chamados pelo CDS, representado na comissão de inquérito por Cecília Meireles, juntamente com Jorge Cardoso, administrador que saiu do banco também antecipadamente (também José Eduardo Bettencourt saiu do banco antes do fim do mandato, mas não é convocado).

Para o CDS, é importante também ouvir os atuais gestores do banco, não só Ramalho, mas também Rui Fontes e Luísa Soares da Silva. Byron Haynes, do conselho geral e de supervisão, é outro dos convocados. Os ex-CEO Eduardo Stock da Cunha e Vítor Bento são igualmente chamados.

O requerimento centrista vive do passado e do futuro, elencando Mário Centeno, na condição de ex-ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal, e Carlos Costa, seu antecessor no supervisor bancário. O atual presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, e o anterior ocupante do cargo, José Ramalho, são chamados, bem como o presidente da comissão de acompanhamento do Novo Banco, José Bracinha Vieira (assume o posto a 1 de janeiro de 2021), e o até aqui líder desse órgão, José Rodrigues de Jesus. João Freitas, secretário-geral do Fundo, também está na lista.

A auditora EY e a Oliver Wyman, que verifica a adequação dos cálculos do Novo Banco que estão na base dos pedidos de ajuda ao Fundo de Resolução, são igualmente convocados. Matteo Castelvetri e Alistair Wallace Bell, presidente e administrador da Gamalife, a compradora da seguradora GNB Vida, fecham o elenco.

Espólio do BES anexado

O requerimento de Cecília Meireles pede ainda que o inquérito às perdas do Novo Banco imputadas ao Fundo de Resolução possa receber o espólio deixado pela comissão de inquérito à gestão do BES e do GES. Mesmo a informação confidencial.

“De igual forma se requer que sejam enviados a esta Comissão de Inquérito os documentos relacionados com o seu objeto que se encontrem na Comissão de Orçamento e Finanças, incluindo documentos confidenciais, e designadamente o Relatório de Auditoria Especial realizado nos termos da Lei n.º 15/2019, de 12 de fevereiro, o contrato de venda do Novo Banco e o acordo de capital contingente celebrado entre o Novo Banco e o Fundo de Resolução”, adianta ainda o pedido do CDS.

Todos os partidos tinham de entregar as suas propostas de audições e documentação até esta segunda-feira, 28 de dezembro, sendo que depois terá de haver uma consensualização sobre quais as propostas prioritárias, até porque a comissão de inquérito só dura até abril.

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