Centeno: Depois de “tudo o que for preciso”, o caminho deve ser agora “tudo o que vale” – O Jornal Económico

11-09-2020
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Mário Centeno pediu há alguns meses “tudo o que for preciso” para salvar a Europa da crise provocada pela pandemia, mas agora quer ir mais além. Na primeira intervenção pública desde que assumiu funções como governador do Banco de Portugal, apontou o caminho: “a fase do ‘tudo o que for preciso’, deve ser seguida pela ‘tudo o que vale”.

Em Berlim, no Eurofi Financial Forum 2020, o ex-presidente do Eurogrupo e ex-ministro das Finanças advertiu que retirar os estímulos monetários e orçamentais de forma “prematura” pode ser “prejudicial para a recuperação das nossas economias”.

“Precisamos mantê-los pelo tempo que forem necessários”, vincou, alertando que ainda que o nível de endividamento dos países está mais elevado, pelo que a sustentabilidade das dívidas “depende das decisões tomadas nesta fase”.

“Um uso inteligente dos fundos irá permitir que as nossas economias superem o problema das dívidas”, disse. Para Mário Centeno, “a nível nacional, os decisores terão que assegurar que os fundos serão utilizados para financiar investimentos e reformas adequadas”, colocando em seguida a tónica na Europa, a quem pede a “garantia de igualdade de condições entre setores e Estados-membros”.

“É crucial que o processo de convergência não seja interrompido, mas sim promovido. A ausência de uma convergência sólida dos Estados-membros da zona euro, põe em causa um crescimento sólido e robusto na zona euro. É por isso que precisamos de políticas monetárias e orçamentais ao mesmo tempo”, afirmou, segundo o discurso publicado esta sexta-feira na página do regulador bancário.

O sucessor de Carlos Costa sublinhou que todas as crises “envolvem alguma forma de realização”, considerando que a atual crise aponta para um “V”, mas “os quilómetros finais deste processo” serão marcados por “turbulência” no mercado de trabalho.

“A realocação é precisa , mas devem ser dadas condições para aumentar a eficiência e o crescimento”, disse, assinalando o “papel determinante” que terá o sistema financeiro e realçando que “a flexibilidade proporcionada pelos supervisores deve continuar a ser utilizada para a concessão de crédito à economia”.

Mário Centeno pediu há alguns meses “tudo o que for preciso” para salvar a Europa da crise provocada pela pandemia, mas agora quer ir mais além. Na primeira intervenção pública desde que assumiu funções como governador do Banco de Portugal, apontou o caminho: “a fase do ‘tudo o que for preciso’, deve ser seguida pela ‘tudo o que vale”.

Em Berlim, no Eurofi Financial Forum 2020, o ex-presidente do Eurogrupo e ex-ministro das Finanças advertiu que retirar os estímulos monetários e orçamentais de forma “prematura” pode ser “prejudicial para a recuperação das nossas economias”.

“Precisamos mantê-los pelo tempo que forem necessários”, vincou, alertando que ainda que o nível de endividamento dos países está mais elevado, pelo que a sustentabilidade das dívidas “depende das decisões tomadas nesta fase”.

“Um uso inteligente dos fundos irá permitir que as nossas economias superem o problema das dívidas”, disse. Para Mário Centeno, “a nível nacional, os decisores terão que assegurar que os fundos serão utilizados para financiar investimentos e reformas adequadas”, colocando em seguida a tónica na Europa, a quem pede a “garantia de igualdade de condições entre setores e Estados-membros”.

“É crucial que o processo de convergência não seja interrompido, mas sim promovido. A ausência de uma convergência sólida dos Estados-membros da zona euro, põe em causa um crescimento sólido e robusto na zona euro. É por isso que precisamos de políticas monetárias e orçamentais ao mesmo tempo”, afirmou, segundo o discurso publicado esta sexta-feira na página do regulador bancário.

O sucessor de Carlos Costa sublinhou que todas as crises “envolvem alguma forma de realização”, considerando que a atual crise aponta para um “V”, mas “os quilómetros finais deste processo” serão marcados por “turbulência” no mercado de trabalho.

“A realocação é precisa , mas devem ser dadas condições para aumentar a eficiência e o crescimento”, disse, assinalando o “papel determinante” que terá o sistema financeiro e realçando que “a flexibilidade proporcionada pelos supervisores deve continuar a ser utilizada para a concessão de crédito à economia”.

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