Cadeiras vagas no Banco de Portugal à espera de Centeno

21-09-2020
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Elisa Ferreira era vice-governadora e estava bem posicionada para a sucessão de Carlos Costa no Banco de Portugal, mas saiu para a Comissão Europeia. Hélder Rosalino, também administrador, terminou o seu mandato em setembro — e aguarda substituição. Mas o próprio Carlos Costa, que sairá do cargo em julho, achou mais sensato deixar a decisão para o Governo: como entrará um novo governador, que o Governo terá de escolher no primeiro semestre de 2020, pode fazer mais sentido ser este a decidir com o Executivo quem serão estes dois elementos da sua equipa. O caso é mais sensível porque um dos candidatos que se perfilam para o cargo é o próprio Mário Centeno (que recusou na entrevista ao Expresso haver “qualquer incompatibilidade” nessa passagem). Mas é precisamente para as Finanças que o gabinete do primeiro-ministro remete a decisão. Contactado pelo Expresso, o Ministério das Finanças não respondeu.

Para perceber o impasse, é preciso conhecer o procedimento: quem indica os administradores do Banco de Portugal é o governador do BdP, mas os nomes que este propõe têm de obter o consenso do Governo. Nos últimos quatro anos, Carlos Costa e Centeno tiveram de negociar todos os nomes propostos — numa tensão visível, que espelha as relações tensas entre os dois. Mas, de saída, o atual governador preferiu deixar o Governo à vontade. Dentro do Governo, o tema é de difícil digestão, precisamente pela indefinição sobre o futuro do ministro das Finanças.

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Elisa Ferreira era vice-governadora e estava bem posicionada para a sucessão de Carlos Costa no Banco de Portugal, mas saiu para a Comissão Europeia. Hélder Rosalino, também administrador, terminou o seu mandato em setembro — e aguarda substituição. Mas o próprio Carlos Costa, que sairá do cargo em julho, achou mais sensato deixar a decisão para o Governo: como entrará um novo governador, que o Governo terá de escolher no primeiro semestre de 2020, pode fazer mais sentido ser este a decidir com o Executivo quem serão estes dois elementos da sua equipa. O caso é mais sensível porque um dos candidatos que se perfilam para o cargo é o próprio Mário Centeno (que recusou na entrevista ao Expresso haver “qualquer incompatibilidade” nessa passagem). Mas é precisamente para as Finanças que o gabinete do primeiro-ministro remete a decisão. Contactado pelo Expresso, o Ministério das Finanças não respondeu.

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